Gostaríamos primeiramente de dissertamos um pouquinho sobre o que acreditamos ser cultura para depois fazermos um breve relato da cultura ou contra-cultura dos anos 60 no Brasil.
Primeiramente gostaríamos de deixar um conceito do que entendemos por cultura, como sendo tudo aquilo que o ser humano faz e produz, que se modifica com o passar do tempo e que muda a vida e o comportamento de homens e mulheres de seu tempo. Acreditamos que a cultura do povo brasileiro seja extremamente rica, pois tem muitas variantes, até pelo fato de que desde o momento em que se inicia o “processo de colonização” pelos europeus, além dos povos que aqui já se encontravam, uma imensidade de culturas foi acrescida, através da migração de milhares de pessoas dos mais diversos lugares do planeta, bem como da mistura principal de nossa etnia, seja ela formada por brancos, negros e índios. Isto faz com que a nossa cultura seja riquíssima em detalhes e por isso seja tão diferente da de outros povos.
Entendemos também que a cultura, com certeza, conduz o projeto de sociedade que temos ou que queremos. É claro, que em determinados momentos da nossa história, o projeto de sociedade é que foi o eixo condutor de nossa cultura, pois através do pensamento do século XIX, que queria “branquear” o povo brasileiro, os povos europeus, dentre eles alemães, italianos e outros foram trazidos para o Brasil, cada qual com sua cultura peculiar. Isso fez com que houvesse nesse momento uma mistura étnica e cultural no Brasil. Não acredito na teoria da democracia racial, mas temos que concordar que houve miscigenação em todas as partes do Brasil, seja ela forçada ou não e isto fez com que a cultura fosse aspecto interessante para a formação da sociedade vigente.
A cultura se faz presente tanto na margem quanto no centro, não de forma separada, distanciada, até porque é produzida coletivamente. Não poderíamos aqui elencar qual seria a cultura “erudita” ou a cultura “popular”, mas apenas refletirmos que ambas estão interligadas pela força que atrai uma e outra. A sociedade brasileira como um todo, mesmo estando as classes antagônicas tão separadas, permitem-se experimentar uma e outra cultura.
Não podemos acreditar que haja uma cultura melhor que outra, pois estaríamos incorrendo num erro gravíssimo como o que ocorreu com os europeus que se consideraram superiores, porque acreditavam que tinham a única religião verdadeira, o cristianismo, que sua raça “branca” era superior às demais e que eram os únicos povos civilizados em todo mundo conhecido até o século XV ou XVI. Por estas e outras questões que não acreditamos na superioridade da cultura de uns sobre as de outros. Acreditamos que as diversas formas de cultura são manifestações de cada povo e de cada época.
Quanto ao pensamento cultural da sociedade brasileira na década de 60, de forma muito peculiar até pelo fato de que vivíamos momentos de golpes e revoluções, principalmente entre a juventude, podemos citar que se respirava o ar de política a todo o momento.
Podemos dizer que era uma cultura politizada, ou seja, tínhamos um movimento de contra-cultura em todos os sentidos. Na verdade, o que acontecia era um movimento de oposição ao que acontecia no mundo e no Brasil, até porque passávamos por uma grave crise, principalmente pela censura que se instaurara dentro dos meios de comunicação, graças a ditadura militar e até mesmo antes do golpe.
Mulheres que eram estudantes universitárias, conquistavam cada vez mais o seu espaço. Todos liam Marx, Engels, Lênin, Jean-Paul Sartre, dentre outros. Os livros passaram a fazer parte da juventude progressista, leia-se de esquerda, que queria revolucionar o mundo. Muitos engajaram-se na luta política aberta, sem medo de ser feliz.
O próprio cinema brasileiro deu um salto qualitativo, ou seja, filmavam o cotidiano do povo, com filmes que levavam os espectadores a pensar sua situação social, política, econômica e religiosa. O interessante era participar ativamente. Os círculos aumentavam cada vez mais suas esferas.
O teatro brasileiro estava cada vez mais forte e articulado com as massas de forma decisiva, ou seja, criticando e argumentando por um novo modelo de sociedade.
A música brasileira passou a ser mais crítica, com conteúdos políticos, contra a ditadura militar e contra os valores morais da época, ensaiando e fomentando o movimento de contracultura em todo território nacional. Os festivais nacionais de música entoavam cada vez mais a revolução social, cultural e política, fazendo o povo participar abertamente, até porque em todo mundo havia um movimento de renovação dos valores morais e éticos, respirando-se a verdadeira revolução.
A expectativa é de que todos participassem do movimento Brasil tropicália, de ordem decisiva em vários momentos, principalmente através de seus autores consagrados que ainda hoje estão presentes em momentos decisivos de nossa história.
Concordamos que houveram mudanças significativas, até porque hoje, graças àqueles que deram sua vida em busca de liberdade e igualdade, podemos escrever estas coisas maravilhosas e discutir abertamente assuntos que no momento eram tidos como tabus ou mesmo proibidos.
Primeiramente gostaríamos de deixar um conceito do que entendemos por cultura, como sendo tudo aquilo que o ser humano faz e produz, que se modifica com o passar do tempo e que muda a vida e o comportamento de homens e mulheres de seu tempo. Acreditamos que a cultura do povo brasileiro seja extremamente rica, pois tem muitas variantes, até pelo fato de que desde o momento em que se inicia o “processo de colonização” pelos europeus, além dos povos que aqui já se encontravam, uma imensidade de culturas foi acrescida, através da migração de milhares de pessoas dos mais diversos lugares do planeta, bem como da mistura principal de nossa etnia, seja ela formada por brancos, negros e índios. Isto faz com que a nossa cultura seja riquíssima em detalhes e por isso seja tão diferente da de outros povos.
Entendemos também que a cultura, com certeza, conduz o projeto de sociedade que temos ou que queremos. É claro, que em determinados momentos da nossa história, o projeto de sociedade é que foi o eixo condutor de nossa cultura, pois através do pensamento do século XIX, que queria “branquear” o povo brasileiro, os povos europeus, dentre eles alemães, italianos e outros foram trazidos para o Brasil, cada qual com sua cultura peculiar. Isso fez com que houvesse nesse momento uma mistura étnica e cultural no Brasil. Não acredito na teoria da democracia racial, mas temos que concordar que houve miscigenação em todas as partes do Brasil, seja ela forçada ou não e isto fez com que a cultura fosse aspecto interessante para a formação da sociedade vigente.
A cultura se faz presente tanto na margem quanto no centro, não de forma separada, distanciada, até porque é produzida coletivamente. Não poderíamos aqui elencar qual seria a cultura “erudita” ou a cultura “popular”, mas apenas refletirmos que ambas estão interligadas pela força que atrai uma e outra. A sociedade brasileira como um todo, mesmo estando as classes antagônicas tão separadas, permitem-se experimentar uma e outra cultura.
Não podemos acreditar que haja uma cultura melhor que outra, pois estaríamos incorrendo num erro gravíssimo como o que ocorreu com os europeus que se consideraram superiores, porque acreditavam que tinham a única religião verdadeira, o cristianismo, que sua raça “branca” era superior às demais e que eram os únicos povos civilizados em todo mundo conhecido até o século XV ou XVI. Por estas e outras questões que não acreditamos na superioridade da cultura de uns sobre as de outros. Acreditamos que as diversas formas de cultura são manifestações de cada povo e de cada época.
Quanto ao pensamento cultural da sociedade brasileira na década de 60, de forma muito peculiar até pelo fato de que vivíamos momentos de golpes e revoluções, principalmente entre a juventude, podemos citar que se respirava o ar de política a todo o momento.
Podemos dizer que era uma cultura politizada, ou seja, tínhamos um movimento de contra-cultura em todos os sentidos. Na verdade, o que acontecia era um movimento de oposição ao que acontecia no mundo e no Brasil, até porque passávamos por uma grave crise, principalmente pela censura que se instaurara dentro dos meios de comunicação, graças a ditadura militar e até mesmo antes do golpe.
Mulheres que eram estudantes universitárias, conquistavam cada vez mais o seu espaço. Todos liam Marx, Engels, Lênin, Jean-Paul Sartre, dentre outros. Os livros passaram a fazer parte da juventude progressista, leia-se de esquerda, que queria revolucionar o mundo. Muitos engajaram-se na luta política aberta, sem medo de ser feliz.
O próprio cinema brasileiro deu um salto qualitativo, ou seja, filmavam o cotidiano do povo, com filmes que levavam os espectadores a pensar sua situação social, política, econômica e religiosa. O interessante era participar ativamente. Os círculos aumentavam cada vez mais suas esferas.
O teatro brasileiro estava cada vez mais forte e articulado com as massas de forma decisiva, ou seja, criticando e argumentando por um novo modelo de sociedade.
A música brasileira passou a ser mais crítica, com conteúdos políticos, contra a ditadura militar e contra os valores morais da época, ensaiando e fomentando o movimento de contracultura em todo território nacional. Os festivais nacionais de música entoavam cada vez mais a revolução social, cultural e política, fazendo o povo participar abertamente, até porque em todo mundo havia um movimento de renovação dos valores morais e éticos, respirando-se a verdadeira revolução.
A expectativa é de que todos participassem do movimento Brasil tropicália, de ordem decisiva em vários momentos, principalmente através de seus autores consagrados que ainda hoje estão presentes em momentos decisivos de nossa história.
Concordamos que houveram mudanças significativas, até porque hoje, graças àqueles que deram sua vida em busca de liberdade e igualdade, podemos escrever estas coisas maravilhosas e discutir abertamente assuntos que no momento eram tidos como tabus ou mesmo proibidos.
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