AMIGOS DO PROFESSOR ZÉ WILSON

quinta-feira, 11 de junho de 2009

RESENHA: A sociedade cavaleiresca

DUBY, Georges. A sociedade cavaleiresca. São Paulo: Martins Fontes, 1989. pp. 3-55.

Os cavaleiros na Idade Média

É fantástico analisar toda a estrutura e organização social da Idade Média, desde o simples camponês que tem como atributo a produção de alimentos e bens necessários para que todos os grupos que a compõe possam sobreviver; o clero, que, como representantes do Sagrado tem a função de rezar e pedir pela salvação ou danação dos seus fiéis, e, o grupo dos senhores, nobres, pessoas com ou sem nome, que passam a ser aqueles que tem a função tática da proteção de todos nesta sociedade.
Neste pequeno texto, vamos abordar algumas questões acerca do cavaleiro medieval, grupo que ainda em nosso dias provoca anseios e nos remete a um mundo romântico e guerreiro, a um mundo onde tudo é capaz. Este grupo desperta inquietudes e paixões, desde os mais convictos historiadores, até as mais simples donzelas a espera de seu príncipe ou cavaleiro.
Estes cavaleiros foram um grupo andante que conquistou a “imaginação popular da Europa Medieval” e ainda está dentro de nossas ilusões.
Quando, o poder dos reis se esfacela no mundo feudal, e o senhor feudal começa a organizar-se no campo, junto de seus servos e outros nobres, há necessidade de um grupo que possa proteger a todos, e para isso, se faz necessário armar esse grupo.
Os senhores feudais necessitando de segurança, fazem armar os nobres e vassalos, criando uma força paramilitar no feudo, que aos poucos vai tendo a condição de cavaleiro, seja por andar a cavalo, seja por defender o feudo.
Com o avanço da técnica e mesmo com a inserção do “estribo”, se permite a esse “cavaleiro firmar-se melhor sobre o cavalo”, tendo agora “as mãos livres” para se defender e atacar.
Quando falamos que os nobres e vassalos, bem como seus descendentes ou mesmo filhos do senhor feudal, nobres desterrados (sem terras), é que vão se tornar os cavaleiros medievais, nos reportamos que esses guerreiros “precisavam de armas, cavalos, armaduras”, o que era muito dispendioso e, portanto, não caberia aos servos essa função por não terem acesso a praticamente nenhum bem, além do que, era necessária uma dedicação exclusiva “a carreira das armas”.
Quem constituía o grupo dos cavaleiros era na grande maioria, dono de terras e outros bens, não apenas de seu cavalo, custeando dessa forma “seu próprio aprendizado”, ou, ainda, “de boa linhagem familiar, mas de escassos recursos”, dependendo “de algum rico senhor” que pudesse prover as necessidades desse cavaleiro.

Um comentário:

  1. Pelo que eu entendi, para ser um nobre ou um guerreiro, não bastava ter só um cavalo já precisava ter uma ligação com a nobreza desde muito cedo, pessoas pobres de pouca renda não poderiam se tornar guerreiros, nobres etc
    Quando, o poder dos reis se esfacela no mundo feudal, e o senhor feudal começa a organizar-se no campo, junto de seus servos e outros nobres, há necessidade de um grupo que possa proteger a todos, e para isso, se faz necessário armar esse grupo para isso se necessitavam de guerreiros de confiança mais que não fossem simples guerreiros.

    Heliton Muniz

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