Este trabalho tem como objetivo analisar o processo histórico capitalista no Brasil, considerando a política neoliberal como condutor de formação do país. Faz-se em primeiro momento uma discussão sobre a influência do sistema capitalista nos governos do Estado brasileiro, onde é notória a fragilidade da estrutura de nosso país em se tratando de princípios éticos e morais no que tange ao corpo político de condução de massa.
Brevemente, relatamos a trajetória do sistema capitalista entre os séculos XVIII e XX , partindo de princípios liberais de acúmulo de capital, onde, países como o Brasil, ficam reféns do sistema financeiro mundial (Bancos).
Apresentamos, também, o uso que o sistema faz do que venha a ser democracia, nesse caso, considerando que o Brasil, apesar do discurso, não a possui ainda.
Por fim, fazemos uma perspectiva futura da influência do sistema neoliberal no Estado brasileiro, levando-se em conta a precariedade política do país.
1 O CAPITALISMO E SUA POLÍTICA NEOLIBERAL NO BRASIL
Quando falamos em Brasil, muitas vezes, nos defrontamos com vários fatores que explicam as dificuldades políticas e econômicas em relação a países desenvolvidos. Tais fatores, acompanhados através do viés histórico político, emergem no cotidiano das massas, as quais de caráter totalmente subordinado, não por passividade, mas sim, pela confusão ideológica de condução nacional, ocasionando dessa forma uma desarmonia natural, levando a não coletividade e desunião de classes.
Quando analisamos os governos brasileiros, por exemplo, na sua amplitude histórica, podemos notar diretamente uma política subordinada, mostrando, dessa maneira, as divergências ideológicas em que está inserido o governo brasileiro. Dessa forma, os governos surgem no contexto do final do século XX, como uma máquina a serviço do poder da doutrina neoliberal, originando dessa forma uma incoerência de extrema importância que nos permite conhecer a verdadeira face do Brasil: Um país de extrema grandeza conduzida por uma política neocolonial, responsável pelo auge capitalista da América Anglo-saxônica e a maioria dos países europeus. Por esse viés, fica clara a fragilidade do Brasil, que vê na política neoliberal a solução para seus problemas, realizando, por ironia, uma política voltada para a subordinação imposta pelo Banco Mundial, na qual o capital é enfatizado.
O capitalismo e sua trajetória histórica entre o século XVIII ao século XX enfatizam o que venha a ser a nova doutrina liberal – neoliberalismo – na qual, parâmetros de produção e comercialização são remodelados.
Considerando a crise de 1929, podemos fazer uma análise dos países emergentes no mundo industrial, entre os quais o Brasil. A industrialização nacional-populista desses países tem como tutor o Estado que em contrapartida tem forte aliança com o sindicalismo, originando assim, um anti-antagonismo que, logicamente, acabou causando uma subordinação populacional que somente foi notado com a introdução política neoliberal.
Podemos diferenciar o neoliberalismo do liberalismo, considerando a doutrina neoliberal responsável pelo aniquilamento da política social, pois enfatiza a economia, algo, aliás, fator impeditivo para um desenvolvimento político social em países subdesenvolvidos devido a precariedade ideológica existente. O Brasil vem de longa data sofrendo a interferência da doutrina neoliberal, algo notório no sistema socioeconômico, político e ideológico.
Podemos deixar claro, também, que a ideologia neoliberal é falha em dois sentidos: primeiramente por considerar a democracia fator determinante, onde se sabe que, em países como o Brasil, fica praticamente impossível delinear o que venha a ser democracia, pois a grande massa não foi conduzida a discussão social em questão. Em outras palavras, como país emergente, não adota uma política voltada para o social, originando, por essa visão, o empobrecimento da economia interna do país. No segundo momento, por esse viés, podemos considerar que o Brasil não chega a um consenso político, econômico e social, pelo simples fato de não possuir uma definição ideológica a ser seguida, juntamente com fatores de corrupção e má distribuição de renda, ocasionadas pela legitimidade do sistema, que por ironia, imposta pela própria massa através das votações eleitorais e também pela concentração de renda na mão de uns poucos privilegiados.
Finalizando, o sistema capitalista, com sua relação de troca, tem como característica, a capacidade de sobreviver a qualquer risco que ponha seus interesses em jogo e, atualmente, com o avanço do neoliberalismo no processo de globalização, nosso país, o Brasil, por ser um país que não possui instabilidade econômica e principalmente política, tem tendências de ser explorado pelo avanço da privatização, salvo, se a curto e médio prazo, seja feita uma reforma política, econômica, cultural e social, na qual os interesses sejam exclusivamente voltados para o social, nesse caso, minimizando as desigualdades impostas pelo sistema neoliberal.
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como consideração final, fica clara a interferência do sistema capitalista, representado pelas teorias neoliberais, no processo de condução do Estado brasileiro, sendo que, historicamente, os governos que antecederam a direção do país serviram de máquina a serviço do capital multinacional e transnacional.
Fica claro, também, que apesar dos avanços do país na economia externa, pouco de fez para minimizar os problemas sociais do país, criados pelo avanço do neoliberalismo. Cabe, dessa forma, uma reestruturação nas bases políticas do país para minimizar os problemas. Para tanto faz-se necessário um trabalho de politização da massa, que, deveras, pela forte influência neoliberal existente no país, só será possível a médio/longo prazo.
Considero muito essas palavras... Somos amigos e acredito muito no seu bom senso.
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