AMIGOS DO PROFESSOR ZÉ WILSON

sábado, 31 de março de 2012

EU ESTAVA LÁ... EU VI EXATAMENTE ISSO MESMO...

Andresa acf diz: 31 de março de 2012 Eles não se cansam... O convite para “a tarde de trabalho” como foi chamada pela Gered da Regional de Lages, enfatizava que os professores não poderiam dispensar os alunos para participar de tão “produtivo” debate. Portanto: Falácias e mais falácias. Mas segundo a página da SED as reuniões foram um sucesso, com adesão dos profissionais. Quais?? Os comissionados?? Só pode!! Em Lages, a reunião aconteceu no dia 30/03/12 e com uma peculiaridade: a presença da Secretária Adjunta Elza Moretto, ex-professora de muitos de nós. E, por a conhecermos, não foi nenhuma surpresa o que presenciamos naquela tarde. Descrita no convite como uma “ ...Reunião de trabalho, no Salão de Atos da EEB Vidal Ramos Júnior, com a Secretária Adjunta de Estado da Educação, Elza Moretto...”, o que se viu, foi um clima de Déjà vu. Lembrou-nos das aulas na faculdade,onde ela enrolava, enrolava... . Só faltaram as velas e a música. De concreto, apenas a indignação dos professores e a posição firme do Sinte em não aceitar promessas vazias. Foi consenso antes, e uma certeza comprovada por todos nós depois. O seu estilo não mudou : frases de “autoajuda” e responsabilidades sendo diluídas em uma fala mansa, que responsabiliza o outro pelos seus equívocos. Sobre este último, um absurdo sem, pois não se cansou de repetir que no RS, o governador não paga o piso, e portanto... . Acrescente a insensibilidade ao tentar nos comover , citando uma história pessoal, onde afirmou ter tido uma perna quebrada por uma aluno, e que é claro, não adotou a postura de “coitadinha” comum nos professores, ela “seguiu em frente” e hoje, o tal aluno é engenheiro. Que ótimo! Total sintonia com a realidade escolar. Alunos batendo em professores, a violência sem controle, Conselhos Tutelares sem saber o que fazer, pais perdidos, e a Secretária Adjunta de Educação vem com um exemplo destes!!! Discussão séria sobre a Municipalização, Piso, Plano de Carreira, falta de autonomia da escolas, apenas por meio de uma rápida leitura de slides. Complementada pela vã tentativa de “cortar” os protestos dos professores, e por uma atitude que nos pareceu carregada de insegurança, pois, durante as intervenções dos professores repetia frases destes, em um tom de quem estava sempre tentando encerrar a conversa. Foi patético. Mas os professores que lá estavam foram firmes. O Sinte Regional, também. Governo nenhum tem o direito de nos pedir paciência, pois ultrapassamos o limite do aceitável. Não somos criancinhas para tentar nos doutrinar com voz mansa. Tampouco amadores que não conhecem seus direitos e se deixam levar por discursos vagos. Nossa Regional não irá tolerar mais o desrespeito deste governo. http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2012/03/30/secretario-deschamps-faz-relato-sobre-encontros-regionais/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 31/03/2012.

domingo, 11 de março de 2012

Piso: "Aos mestres, sem carinho"

Piso: "Aos mestres, sem carinho"
10 de março de 2012

Do jornalista Zuenir Ventura, em "O Globo" de hoje, em coluna intitulada "Aos mestres, sem carinho":

"Por experiência própria, alguns dos países mais bem colocados no ranking de qualidade da educação — China, Coreia do Sul e Finlândia, principalmente — sabem que a isso se deve muito do seu desenvolvimento socioeconômico, sem falar no cultural.

O Brasil, ou parte dele, parece não saber. Bastou o Ministério da Educação divulgar o novo piso salarial dos professores da rede pública, a fortuna de R$ 1.451,00, para que governadores e prefeitos protestassem e alegassem falta de recursos para adotar uma lei que já fora confirmada pelo STF.

Onze deles se deslocaram até Brasília para pressionar pela mudança do parâmetro usado nos reajustes.

Choraram miséria, falaram em nome da austeridade, mas acharam natural gastar na viagem, com passagens e diárias, o que dava para pagar um mês do novo salário de dezenas de profissionais de ensino.

O caso mais gritante é o do Rio Grande Sul, que ostenta o piso mais baixo, 791,00 (o de Roraima é R$ 2.142,00), e onde foi preciso que a Justiça obrigasse o governo a cumprir suas obrigações legais.

Como observou o colunista Carlos Brickman, o governador petista Tarso Genro, “cuja função certamente não é tão útil quanto a de um professor, recebe quase R$ 30 mil mensais, fora casa, comida e muitas mordomias”.

E parece não concordar com a opinião de seu colega de partido, o ministro Aluizio Mercadante, de que “a valorização do professor começa pelo piso”.

Por essas e outras é que quase ninguém mais quer ser docente aqui, enquanto em outros lugares acontece o contrário. Numa recente entrevista a Leonardo Cazes, o finlandês especialista em educação Pasi Sahlberg informou que “o magistério é a carreira mais popular entre os jovens do seu país”.

Não por acaso, a Finlândia ocupa o terceiro lugar no ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) e o Brasil o 53 entre 65 países.

Talvez não seja coincidência também que o Distrito Federal, com o piso mais elevado (R$ 2.315,00), apresente o melhor resultado, segundo os critérios do Pisa.

É bom saber que o Brasil acaba de ser declarado a sexta economia mundial. Mas é triste constatar que em qualidade de educação estamos lá embaixo, atrás de Trinidad e Tobago, Bulgária e México.

E que uma das razões é que dedicamos aos nossos mestres pouco carinho e remuneração insuficiente. "

http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2012/03/10/piso-aos-mestres-sem-carinho/?topo=67,2,18,,,67#respond - Acesso em 11/03/2012.