XIII FECANP foi um sucesso em Urupema
O XIII FECANP – Festival da Canção Popular de Urupema – aconteceu no último sábado, dia 26, no Salão de Festas com um público de aproximadamente 600 pessoas. O evento é realizado anualmente, desde 1998 com o objetivo de resgatar os valores culturais da região e proporcionar a descoberta de novos talentos.
Esta edição aconteceu numa parceria com a 8ª série I e II e o Terceirão da EEB. Manoel Pereira de Medeiros, sob a coordenação dos Professores José Wilson do Prado e Joel Carvalho Velho com apoio Prefeitura Municipal de Urupema.
No total subiram ao palco 38 intérpretes sendo 17 apresentações na categoria Infantil, 2 na juvenil e 19 na adulta e teve a participação de pessoas de vários municípios além de Urupema, como Curitibanos, Lages e São Joaquim. Após o festival a animação ficou por conta do grupo musical ART 10, de Lages.
Na avaliação do professor José Wilson do Prado, o evento foi um sucesso, “Com certeza um dos maiores que já realizamos, e o nível dos candidatos mais elevado em comparação aos anos anteriores. A participação da comunidade e de pessoas de municípios vizinhos foi fundamental para a grandiosidade do evento, assim como o apoio da Prefeitura Municipal, pois com isso conseguimos aumentar a premiação e conseqüentemente o número de inscrições”, concluiu.
Obs.: O evento contou com a cobertura do Grupo SCC e as imagens serão exibidas no Programa Oh de Casa no próximo domingo, a partir das 10h.
http://saojoaquimonline.com.br/xiii-fecanp-foi-um-sucesso-em-urupema - Acesso em 30/11/2011.
SALVE!!!! SALVE!!!! Alegria e felicidade sempre... Sejam todas e todos bem vindos. Esta é a página para quem tem prazer em ler artigos sobre Educação, História, Filosofia, Ciências da Religião, Sociologia, Ética, Política, Antropologia, Meio Ambiente, Geografia Humana, etc. Leia, comente e divulgue entre seus contatos. Paz e luz. Abraços Serranos...
AMIGOS DO PROFESSOR ZÉ WILSON
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
XIII FECANP - FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
O Festival da Canção Popular de Urupema – FECANP teve início em 1998, com o Grupo de Jovens JOLISC. Sob coordenação do Professor Joel de Carvalho Velho, teve edições em 1998, 1999, 2000, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, sempre resgatando os valores musicais da nossa região. A edição 2011 acontecerá numa parceria com a 8ª SÉRIE I e II e o TERCEIRÃO da EEB. Manoel Pereira de Medeiros, sob coordenação do Professor José Wilson do Prado e do Professor Joel de Carvalho Velho e promovido pela PREFEITURA MUNICIPAL DE URUPEMA.
O evento acontecerá dia 26 de novembro de 2011, com ensaios a partir das 14h e o Festival a partir das 20h, no Salão de Festas de Urupema/SC e terá animação do Grupo Musical ART 10 de Lages.
Convidamos você a participar do nosso evento, contribuindo para o engrandecimento da cultura da Serra Catarinense. Este é com certeza o maior evento de músicos amadores da Serra Catarinense.
Contamos com sua presença!!!
Comissão Organizadora do XIII FECANP
Informações: (49) 3236-1247 (escola) 3236-1356 (casa) e 9116-1227 (Zé Wilson)
E-mail: wilsonprado13@yahoo.com.br
Professor José Wilson do Prado
Professor Joel de Carvalho Velho
PREFEITURA MUNICIPAL DE URUPEMA
REGULAMENTO XIII FECANP - XII FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
Art. 1 - O XIII FECANP será apresentado nos seguintes Gêneros Musicais: Popular, Sertanejo, Gaúcho (não serão aceitas músicas em língua estrangeira).
Art. 2 - O XIII FECANP será apresentado em Três Categorias: Individual/Dupla Adulto, Individual/Dupla Juvenil (de 14 a 16 anos) e Individual/Dupla Infantil (até 14 anos).
Art. 3 - Não poderão participar candidatos profissionais.
Art. 4 - Só poderão ser interpretadas músicas já gravadas por cantores e compositores dos gêneros mencionados no Art. 01.
Art. 5 - Poderão participar representantes de outros municípios e estados.
Art. 6 - Das inscrições: As inscrições poderão ser feitas pelo e-mail wilsonprado13@yahoo.com.br ou telefone (049) 3236-1247, 3236-1356 ou 9116-1227 até o dia 26/11/2011.
Art. 7 - Deverão ser entregues até dia 26/11/2011, às 17h, no Salão de Festas de Urupema, as inscrições para participar do XIII FECANP.
CONSIDERAÇÕES I – Disposições Gerais
01 – No sábado dia 26/11/2011 a partir das 14h o GRUPO MUSICAL ART 10, estará à disposição dos inscritos para ensaios.
02 – Os inscritos poderão se apresentar no dia do Festival acompanhados somente de 1(um) instrumento musical (tocado por si próprio ou terceiro) e/ou pelo GRUPO MUSICAL ART 10.
03 – O início do XIII FECANP será às 20h do dia 26/11/2011, no Salão Paroquial de Urupema, Santa Catarina.
04 – Serão julgados os seguintes aspectos (quesitos) musicais: interpretação, ritmo, entonação, dicção, postura em palco, vestuário de acordo com a interpretação.
05 – Não será cobrada TAXA DE INSCRIÇÃO para participar do XIII FECANP.
06 – Os candidatos poderão inscrever-se somente uma vez, com uma única música.
Obs: Em caso de empate será repetida a participação.
CONSIDERAÇÕES II – Dos Jurados
01 – Não poderão ter grau de parentesco com os candidatos.
02 – Serão conhecedores dos gêneros musicais e contratados especialmente para o evento.
03 – Serão escolhidos pela Comissão Organizadora do Evento.
CONSIDERAÇÕES III – Das premiações
01 – Serão premiados com CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO, TROFÉU XIII FECANP e DINHEIRO os três primeiros colocados em cada.
Categoria Adulto
1º Lugar – R$ 500,00 (Quinhentos reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
Categoria Juvenil
1º Lugar – R$ 100,00 (Cem reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 70,00 (Setenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 50,00 (Cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
Categoria Infantil
1º Lugar – R$ 100,00 (Cem reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 50,00 (Cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 30,00 (Trinta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
01 – O XIII FECANP será realizado no Salão Paroquial de Urupema, Santa Catarina e terá acompanhamento do GRUPO MUSICAL ART 10 de Lages(SC), no festival e no baile.
02 – Quem participar do festival está de acordo com o regulamento e se responsabiliza por qualquer irregularidade de sua parte.
03 – A Promoção do XIII FECANP é de responsabilidade da 8ª SÉRIE I e II e do TERCEIRÃO 2011 da EEB. Manoel Pereira de Medeiros de Urupema (SC), Professor José Wilson do Prado e Professor Joel de Carvalho Velho e da Prefeitura Municipal de Urupema.
Obs.: Os casos descritos e os omissos neste regulamento serão respondidos pela Comissão Organizadora do Evento.
FICHA DE INSCRIÇÃO XIII FECANP - FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
Nome 1: ........................................................................................
Nome 2: ........................................................................................
Sexo Intérprete 1: ( ) M ( ) F Sexo Intérprete 2: ( ) M ( ) F
Música: ........................................................................................
Intérprete: ....................................................................................
Gênero: ........................................................................................
Já participou de outros festivais? ( ) Sim ( ) Não
Fone: ( ) ..................................................................................
E-maill: .......................................................................................
O evento acontecerá dia 26 de novembro de 2011, com ensaios a partir das 14h e o Festival a partir das 20h, no Salão de Festas de Urupema/SC e terá animação do Grupo Musical ART 10 de Lages.
Convidamos você a participar do nosso evento, contribuindo para o engrandecimento da cultura da Serra Catarinense. Este é com certeza o maior evento de músicos amadores da Serra Catarinense.
Contamos com sua presença!!!
Comissão Organizadora do XIII FECANP
Informações: (49) 3236-1247 (escola) 3236-1356 (casa) e 9116-1227 (Zé Wilson)
E-mail: wilsonprado13@yahoo.com.br
Professor José Wilson do Prado
Professor Joel de Carvalho Velho
PREFEITURA MUNICIPAL DE URUPEMA
REGULAMENTO XIII FECANP - XII FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
Art. 1 - O XIII FECANP será apresentado nos seguintes Gêneros Musicais: Popular, Sertanejo, Gaúcho (não serão aceitas músicas em língua estrangeira).
Art. 2 - O XIII FECANP será apresentado em Três Categorias: Individual/Dupla Adulto, Individual/Dupla Juvenil (de 14 a 16 anos) e Individual/Dupla Infantil (até 14 anos).
Art. 3 - Não poderão participar candidatos profissionais.
Art. 4 - Só poderão ser interpretadas músicas já gravadas por cantores e compositores dos gêneros mencionados no Art. 01.
Art. 5 - Poderão participar representantes de outros municípios e estados.
Art. 6 - Das inscrições: As inscrições poderão ser feitas pelo e-mail wilsonprado13@yahoo.com.br ou telefone (049) 3236-1247, 3236-1356 ou 9116-1227 até o dia 26/11/2011.
Art. 7 - Deverão ser entregues até dia 26/11/2011, às 17h, no Salão de Festas de Urupema, as inscrições para participar do XIII FECANP.
CONSIDERAÇÕES I – Disposições Gerais
01 – No sábado dia 26/11/2011 a partir das 14h o GRUPO MUSICAL ART 10, estará à disposição dos inscritos para ensaios.
02 – Os inscritos poderão se apresentar no dia do Festival acompanhados somente de 1(um) instrumento musical (tocado por si próprio ou terceiro) e/ou pelo GRUPO MUSICAL ART 10.
03 – O início do XIII FECANP será às 20h do dia 26/11/2011, no Salão Paroquial de Urupema, Santa Catarina.
04 – Serão julgados os seguintes aspectos (quesitos) musicais: interpretação, ritmo, entonação, dicção, postura em palco, vestuário de acordo com a interpretação.
05 – Não será cobrada TAXA DE INSCRIÇÃO para participar do XIII FECANP.
06 – Os candidatos poderão inscrever-se somente uma vez, com uma única música.
Obs: Em caso de empate será repetida a participação.
CONSIDERAÇÕES II – Dos Jurados
01 – Não poderão ter grau de parentesco com os candidatos.
02 – Serão conhecedores dos gêneros musicais e contratados especialmente para o evento.
03 – Serão escolhidos pela Comissão Organizadora do Evento.
CONSIDERAÇÕES III – Das premiações
01 – Serão premiados com CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO, TROFÉU XIII FECANP e DINHEIRO os três primeiros colocados em cada.
Categoria Adulto
1º Lugar – R$ 500,00 (Quinhentos reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
Categoria Juvenil
1º Lugar – R$ 100,00 (Cem reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 70,00 (Setenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 50,00 (Cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
Categoria Infantil
1º Lugar – R$ 100,00 (Cem reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
2º Lugar – R$ 50,00 (Cinquenta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
3º Lugar – R$ 30,00 (Trinta reais) + TROFÉU XIII FECANP + Certificado de participação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
01 – O XIII FECANP será realizado no Salão Paroquial de Urupema, Santa Catarina e terá acompanhamento do GRUPO MUSICAL ART 10 de Lages(SC), no festival e no baile.
02 – Quem participar do festival está de acordo com o regulamento e se responsabiliza por qualquer irregularidade de sua parte.
03 – A Promoção do XIII FECANP é de responsabilidade da 8ª SÉRIE I e II e do TERCEIRÃO 2011 da EEB. Manoel Pereira de Medeiros de Urupema (SC), Professor José Wilson do Prado e Professor Joel de Carvalho Velho e da Prefeitura Municipal de Urupema.
Obs.: Os casos descritos e os omissos neste regulamento serão respondidos pela Comissão Organizadora do Evento.
FICHA DE INSCRIÇÃO XIII FECANP - FESTIVAL DA CANÇÃO POPULAR
Nome 1: ........................................................................................
Nome 2: ........................................................................................
Sexo Intérprete 1: ( ) M ( ) F Sexo Intérprete 2: ( ) M ( ) F
Música: ........................................................................................
Intérprete: ....................................................................................
Gênero: ........................................................................................
Já participou de outros festivais? ( ) Sim ( ) Não
Fone: ( ) ..................................................................................
E-maill: .......................................................................................
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Trabalhos realizados pelo 1º ANO 1, da EEB. Manoel Pereira de Medeiros, de Urupema, SC, sob orientação do Professor José Wilson do Prado, sobre o tema Desenvolvimento e sustentabilidade.
DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SERRANA
A serra catarinense é a região mais pobre do estado de Santa Catarina. Embora não percebendo os erros diante dos nossos olhos, podemos perceber que a realidade é bem diferente do que imaginamos ou queríamos.
Estamos vivendo na época da ciência, tecnologia, dos robôs, dos computadores, das máquinas substituindo a força de trabalho humana em muitas atividades. As regiões mais bem preparadas para se desenvolver são aqueles que investiram ou investem na educação de sua população, base da formação de mão de obra qualificada (mas dependem de ter universidades que dão acesso para pessoas mais pobres).
Onde está o erro? Nos políticos? Ou na população que os coloca no poder? Há várias respostas que conseguimos obter através de questionamentos. As mudanças terão que começar pelos eleitores, optando pelo melhor candidato que mude realmente a nossa região, não optando pelo voto de protestos ou aqueles que não fazem NADA, mas sempre prometem coisas fora do seu alcance.
Ouvimos diariamente que temos que viver em um mundo e uma vida sustentável, mas nossos hábitos consumistas insaciáveis estão presentes no nosso cotidiano. Aí fica a pergunta: quem consome mais?
Há uma desigualdade muito grande. Enquanto a maioria da população consumia menos alimentos e dispunha de menos tempo para o lazer ou pouco recursos para os estudos dos filhos, uma elite privilegiada tem condições de trocar seus automóveis todos os anos, comprar casas ou apartamentos de luxo, roupas sofisticadas, etc.
Onde está o desenvolvimento sustentável? Muitas pessoas vão embora por falta de incentivo, não tem melhores oportunidades em determinado lugar. Que expectativas vão esperar de um lugar onde a oportunidade é rara? E acabam indo para outros lugares em busca de um emprego seguro onde ganha bem para satisfazer suas necessidades e que haja lugar de trabalhos de acordo com sua profissionalização.
Partes do processo de desenvolvimento são boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc... Mas isso tem um preço, provavelmente muitas vezes quem paga é a natureza. Acompanhamos no dia a dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo, as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o meio ambiente, pois dependemos para sobreviver neste planeta. Desenvolvimento sustentável significa obter o necessário desenvolvimento econômico, garantindo o equilíbrio ecológico.
VISENTINE, José William, 1950. Geografia crítica: geografia do terceiro mundo, v.4 - São Paulo: Ática, 1996.
Educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html - Acesso em 17/08/2011.
Aline Sbecker Rodrigues
Larissa Ramos da Costa
Larissa Souza Arruda
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Primeiramente a região serrana precisa de mais emprego. Pois assim os jovens não precisariam sair de sua terra, para outras cidades em busca de novas oportunidades. Precisaríamos de mais empresas sustentáveis, ou seja, que dessem emprego com bons salários e não prejudicassem o meio ambiente, pois o meio ambiente garante a qualidade de vida, não apenas na nossa região, mais em todas.
Um exemplo de empresa sustentável é a malharia, porque ela gera bastante emprego e não prejudica o meio ambiente.
A população da nossa região está diminuindo porque as pessoas estão indo embora em busca de novas condições de emprego. Se na nossa região tivesse essas condições, as pessoas ficariam aqui e gerariam riquezas para sua própria região.
Muitas vezes as pessoas não conseguem seguir a profissão desejada, pois a perspectiva é muito baixa. Devemos pensar bem antes de votar e colocar as pessoas no poder, temos que pensar naquilo que elas estão prometendo e fazer com que as promessas ditas sejam cumpridas.
Fazer também com que deem e façam o melhor para nossa cidade, que possamos ter uma cidade sustentável sem o consumo excessivo e desumano da natureza, sempre estimulando mais cursos e empregos aos jovens iniciantes.
Ingrid Cristiani Costa
Ruandra Fagundes Schweitzer
Carla Souza Arruda
Ana Carolina Pereira
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Acredito que há muito pouco desenvolvimento em nossa região, pelo fato de que as pessoas, estão indo se especializar em alguma área, e em outras cidades e não estão voltando para suas cidades de origem.
Bem, nossa região é constituída por vários municípios, alguns deles bem desenvolvidos, e outros não. A sustentabilidade não é bem distribuída, porque cada um faz um pouco, exemplo: Urupema, ganha recursos com os turistas que vem visitar os pontos turísticos, ou seja, a cidade aproveita o frio e investe em pousadas e hotéis. Isso faz com que seja bem desenvolvida. Fazendo com que mais pessoas tenham melhores oportunidades de empregos. Talvez seja por isso, que a nossa região não se desenvolve.
O que precisamos é de empresas para fornecer empregos com bons salários, assim também as pessoas não sairiam do nosso município atrás de empregos melhores.
Carlos Eduardo Zimmermann
Marciano Silva de Oliveira
Natan Oliveira
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Para que o local específico, serra catarinense, se desenvolva, acredito que deverá haver institutos que qualifiquem as pessoas em seu local, onde não saiam. Que hajam empresas que venham se instalar com incentivo de pessoas influentes, que queiram que o município e o estado cresçam.
Onde creio que com esses meios tenham a melhor distribuição de impostos que fique no local. Para que ocorra o crescimento investindo os impostos em benefício da sustentabilidade das pessoas, ocorrendo isso acredito que haverá um instantâneo crescimento do local, tanto econômico quanto populacional, gerando economia.
Dener Souza da Cruz
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE. O QUE FAZER PARA QUE O PROGRESSO CHEGUE EM NOSSA REGIÃO E MUNICÍPIO?
Para que nosso município aumente cada vez mais, devemos sair de nossas cidades para fazer faculdades, cursos técnicos, entre outros e nos preparar para trazer esse bem para nossa região; porque aqui nos não temos esses recursos .
Tem muitos jovens que saem fazer faculdades pra fora e não voltam, se eles pelo menos voltassem para a cidades em que eles moravam poderiam desenvolver o município com o seu trabalho e sua mão de obra especializada, assim poderiam gerar mais empregos aumentando cada vez mais a sua população, e os jovens não precisariam sair de suas cidades para arranjar empregos.
Se as pessoas saíssem para fazer cursos de gastronomia, atendimento ao público, hotelaria, guia turístico e investir em nosso município poderiam atrair cada vez mais pessoas para conhecer nossas cidades, porque na maioria das vezes os turistas vem e geralmente não acham restaurantes abertos, lugares pra dormirem e muito dificilmente encontram pessoas para mostrar as belezas de nossa serra.
Amanda Sousa de Oliveira
Gabriela Camargo de Souza
Thaís Pereira Pagani de Arruda
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Poderia ter mais empresas, para que nossas produções ficassem aqui na nossa região. Isso iria gerar mais empregos e muitas pessoas não sairiam do lugar onde vivem em busca de oportunidades.
Deveríamos receber mais incentivos a cada trabalho feito por nós mesmos e em outras atividades.
Os políticos que deveriam ajudar, estamos sendo roubados, mas se eles nos ajudassem administrar o desenvolvimento de tudo, a nossa região mudaria bastante.
Bruno Cardoso Silvano
Bruno Muniz Andrade
DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SERRANA
A serra catarinense é a região mais pobre do estado de Santa Catarina. Embora não percebendo os erros diante dos nossos olhos, podemos perceber que a realidade é bem diferente do que imaginamos ou queríamos.
Estamos vivendo na época da ciência, tecnologia, dos robôs, dos computadores, das máquinas substituindo a força de trabalho humana em muitas atividades. As regiões mais bem preparadas para se desenvolver são aqueles que investiram ou investem na educação de sua população, base da formação de mão de obra qualificada (mas dependem de ter universidades que dão acesso para pessoas mais pobres).
Onde está o erro? Nos políticos? Ou na população que os coloca no poder? Há várias respostas que conseguimos obter através de questionamentos. As mudanças terão que começar pelos eleitores, optando pelo melhor candidato que mude realmente a nossa região, não optando pelo voto de protestos ou aqueles que não fazem NADA, mas sempre prometem coisas fora do seu alcance.
Ouvimos diariamente que temos que viver em um mundo e uma vida sustentável, mas nossos hábitos consumistas insaciáveis estão presentes no nosso cotidiano. Aí fica a pergunta: quem consome mais?
Há uma desigualdade muito grande. Enquanto a maioria da população consumia menos alimentos e dispunha de menos tempo para o lazer ou pouco recursos para os estudos dos filhos, uma elite privilegiada tem condições de trocar seus automóveis todos os anos, comprar casas ou apartamentos de luxo, roupas sofisticadas, etc.
Onde está o desenvolvimento sustentável? Muitas pessoas vão embora por falta de incentivo, não tem melhores oportunidades em determinado lugar. Que expectativas vão esperar de um lugar onde a oportunidade é rara? E acabam indo para outros lugares em busca de um emprego seguro onde ganha bem para satisfazer suas necessidades e que haja lugar de trabalhos de acordo com sua profissionalização.
Partes do processo de desenvolvimento são boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc... Mas isso tem um preço, provavelmente muitas vezes quem paga é a natureza. Acompanhamos no dia a dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo, as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o meio ambiente, pois dependemos para sobreviver neste planeta. Desenvolvimento sustentável significa obter o necessário desenvolvimento econômico, garantindo o equilíbrio ecológico.
VISENTINE, José William, 1950. Geografia crítica: geografia do terceiro mundo, v.4 - São Paulo: Ática, 1996.
Educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html - Acesso em 17/08/2011.
Aline Sbecker Rodrigues
Larissa Ramos da Costa
Larissa Souza Arruda
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Primeiramente a região serrana precisa de mais emprego. Pois assim os jovens não precisariam sair de sua terra, para outras cidades em busca de novas oportunidades. Precisaríamos de mais empresas sustentáveis, ou seja, que dessem emprego com bons salários e não prejudicassem o meio ambiente, pois o meio ambiente garante a qualidade de vida, não apenas na nossa região, mais em todas.
Um exemplo de empresa sustentável é a malharia, porque ela gera bastante emprego e não prejudica o meio ambiente.
A população da nossa região está diminuindo porque as pessoas estão indo embora em busca de novas condições de emprego. Se na nossa região tivesse essas condições, as pessoas ficariam aqui e gerariam riquezas para sua própria região.
Muitas vezes as pessoas não conseguem seguir a profissão desejada, pois a perspectiva é muito baixa. Devemos pensar bem antes de votar e colocar as pessoas no poder, temos que pensar naquilo que elas estão prometendo e fazer com que as promessas ditas sejam cumpridas.
Fazer também com que deem e façam o melhor para nossa cidade, que possamos ter uma cidade sustentável sem o consumo excessivo e desumano da natureza, sempre estimulando mais cursos e empregos aos jovens iniciantes.
Ingrid Cristiani Costa
Ruandra Fagundes Schweitzer
Carla Souza Arruda
Ana Carolina Pereira
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Acredito que há muito pouco desenvolvimento em nossa região, pelo fato de que as pessoas, estão indo se especializar em alguma área, e em outras cidades e não estão voltando para suas cidades de origem.
Bem, nossa região é constituída por vários municípios, alguns deles bem desenvolvidos, e outros não. A sustentabilidade não é bem distribuída, porque cada um faz um pouco, exemplo: Urupema, ganha recursos com os turistas que vem visitar os pontos turísticos, ou seja, a cidade aproveita o frio e investe em pousadas e hotéis. Isso faz com que seja bem desenvolvida. Fazendo com que mais pessoas tenham melhores oportunidades de empregos. Talvez seja por isso, que a nossa região não se desenvolve.
O que precisamos é de empresas para fornecer empregos com bons salários, assim também as pessoas não sairiam do nosso município atrás de empregos melhores.
Carlos Eduardo Zimmermann
Marciano Silva de Oliveira
Natan Oliveira
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Para que o local específico, serra catarinense, se desenvolva, acredito que deverá haver institutos que qualifiquem as pessoas em seu local, onde não saiam. Que hajam empresas que venham se instalar com incentivo de pessoas influentes, que queiram que o município e o estado cresçam.
Onde creio que com esses meios tenham a melhor distribuição de impostos que fique no local. Para que ocorra o crescimento investindo os impostos em benefício da sustentabilidade das pessoas, ocorrendo isso acredito que haverá um instantâneo crescimento do local, tanto econômico quanto populacional, gerando economia.
Dener Souza da Cruz
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE. O QUE FAZER PARA QUE O PROGRESSO CHEGUE EM NOSSA REGIÃO E MUNICÍPIO?
Para que nosso município aumente cada vez mais, devemos sair de nossas cidades para fazer faculdades, cursos técnicos, entre outros e nos preparar para trazer esse bem para nossa região; porque aqui nos não temos esses recursos .
Tem muitos jovens que saem fazer faculdades pra fora e não voltam, se eles pelo menos voltassem para a cidades em que eles moravam poderiam desenvolver o município com o seu trabalho e sua mão de obra especializada, assim poderiam gerar mais empregos aumentando cada vez mais a sua população, e os jovens não precisariam sair de suas cidades para arranjar empregos.
Se as pessoas saíssem para fazer cursos de gastronomia, atendimento ao público, hotelaria, guia turístico e investir em nosso município poderiam atrair cada vez mais pessoas para conhecer nossas cidades, porque na maioria das vezes os turistas vem e geralmente não acham restaurantes abertos, lugares pra dormirem e muito dificilmente encontram pessoas para mostrar as belezas de nossa serra.
Amanda Sousa de Oliveira
Gabriela Camargo de Souza
Thaís Pereira Pagani de Arruda
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Poderia ter mais empresas, para que nossas produções ficassem aqui na nossa região. Isso iria gerar mais empregos e muitas pessoas não sairiam do lugar onde vivem em busca de oportunidades.
Deveríamos receber mais incentivos a cada trabalho feito por nós mesmos e em outras atividades.
Os políticos que deveriam ajudar, estamos sendo roubados, mas se eles nos ajudassem administrar o desenvolvimento de tudo, a nossa região mudaria bastante.
Bruno Cardoso Silvano
Bruno Muniz Andrade
domingo, 7 de agosto de 2011
Defenda a liberdade na internet!
DOMINGO, 7 DE AGOSTO DE 2011
Defenda a liberdade na internet!
Na semana que vem, o Congresso poderá votar um projeto de lei que restringiria radicalmente a liberdade da internet no Brasil, criminalizando atividades on-line cotidianas tais como compartilhar músicas e restringir práticas essenciais para blogs. Temos apenas seis dias para barrar a votação.
A pressão da opinião pública derrotou um ataque contra a liberdade da internet em 2009 e nós podemos fazer isso de novo! O projeto de lei tramita neste momento em três comissões da Câmara dos Deputados e esses políticos estão observando atentamente a reação da opinião pública nos dias que antecedem à grande votação. Agora é nossa chance de lançar um protesto nacional e forçá-los a proteger as liberdades da internet.
O Brasil tem mais de 75 milhões de internautas e se nos unirmos nossas vozes poderão ser ensurdecedoras. Envie uma mensagem agora mesmo às lideranças das comissões de Constituição e Justiça, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública e depois divulgue a campanha entre seus amigos e familiares em todo o Brasil!
VAMOS TODOS ASSINAR ESSA CAUSA!!!! Clique aqui para assinar
PL 84/99: DIGA NÃO à ditadura digital
Para entender mais sobre o assunto, recomendamos que veja o vídeo abaíxo:
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Fonte:
http://www.degracaemaisgostoso.org/liberdade.html#more-74014
http://sofilmacosfenix.blogspot.com/ - Acesso em 07/08/2011
Defenda a liberdade na internet!
Na semana que vem, o Congresso poderá votar um projeto de lei que restringiria radicalmente a liberdade da internet no Brasil, criminalizando atividades on-line cotidianas tais como compartilhar músicas e restringir práticas essenciais para blogs. Temos apenas seis dias para barrar a votação.
A pressão da opinião pública derrotou um ataque contra a liberdade da internet em 2009 e nós podemos fazer isso de novo! O projeto de lei tramita neste momento em três comissões da Câmara dos Deputados e esses políticos estão observando atentamente a reação da opinião pública nos dias que antecedem à grande votação. Agora é nossa chance de lançar um protesto nacional e forçá-los a proteger as liberdades da internet.
O Brasil tem mais de 75 milhões de internautas e se nos unirmos nossas vozes poderão ser ensurdecedoras. Envie uma mensagem agora mesmo às lideranças das comissões de Constituição e Justiça, Ciência e Tecnologia e Segurança Pública e depois divulgue a campanha entre seus amigos e familiares em todo o Brasil!
VAMOS TODOS ASSINAR ESSA CAUSA!!!! Clique aqui para assinar
PL 84/99: DIGA NÃO à ditadura digital
Para entender mais sobre o assunto, recomendamos que veja o vídeo abaíxo:
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Fonte:
http://www.degracaemaisgostoso.org/liberdade.html#more-74014
http://sofilmacosfenix.blogspot.com/ - Acesso em 07/08/2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Revolução do magistério
Revolução do magistério
25 de julho de 2011
Texto do advogado e economista Carlos Fernando Priess:
A greve dos professores, criticada por uns, elogiada por outros, nos traz uma grande lição, na qual temos que refletir. Num país, reconhecidamente, em pleno desenvolvimento, onde deputados e senadores percebem uma fortuna, impossível entender, como os professores ganha tão mal.
Os professores exercem sua atividade, depois de um longo preparo, de um saber especializado, adquirido depois de processo de aprendizagem, que permite preparar as crianças, os jovens em todas suas etapas, adultos igualmente, capacitando de forma a enfrentar a vida, o trabalho, a sobrevivência, formando também novos mestres.
A docência, o magistério, como atividade profissional exige uma formação especializada, para que os resultados sejam promissores, no entanto, são mal pagos e reconhecidos.
Pensamos, refletimos, sobre os prejuízos, em termos imediatos, sofridos pelos alunos, mas a situação dos professores em geral, é muito grave e o nível de insatisfação dos mesmos, também, dos que sabem avaliar o papel importante dos mestres, é muito grande.
O salário mínimo do professor brasileiro, segundo os acordos impostos a classe, está na ordem de R$1.187,08, para um trabalho de 40 horas, enquanto Deputados e Senadores passaram a perceber um teto de R$26.700,00.
Os parlamentares tiveram um aumento de 61,8%, os trabalhadores em geral 5,9%, elevando o salário mínimo para R$540,00 e os professores neste ano, apenas 8,5%.
Importante lembrar o desvio do dinheiro da merenda escolar, em vários municípios brasileiros, como foi divulgado pelo Fantástico, onde a criança, com fome não aprende, esbarrando na certeza de impunidade desses políticos, que, desgraçadamente como o eleitor ¿não tem memória¿, continua votando nesses corruptos.
Diante desse quadro, ficamos extremamente assustados e preocupados, pois os chamados representantes do povo, como delegados da população, não têm a mínima noção da educação.
A greve dos professores, que assistimos recentemente, precisa ser entendida como um movimento necessário, até para nós eleitores, para não cometermos o erro de reeleger os parlamentares, que nos envergonham e atentam contra a democracia.
Vivemos, quem sabe, sem qualquer exagero, uma revolução do magistério.
Importante que se compare, até, com a situação da França no século XVIII, que vivia uma extrema injustiça social, em seu antigo regime absolutista e com a sua revolução, derrubou todos os privilégios e conceitos daquela sociedade, dando ao mundo e não só aos franceses, uma nova situação social.
Foi um marco na história moderna, trazendo direitos sociais que passaram a ser respeitados, consagrando os direitos do homem e do cidadão.
Portanto, a greve dos professores, ocorrida em quase todos Estados, foi antes de tudo um movimento que, esperamos, tenha chamado a atenção da sociedade para o descontentamento da categoria, com a política governamental, que remunera de forma vergonhosa o magistério em nosso país.
Os professores precisam, antes de tudo, de salários decentes.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/07/25/revolucao-do-magisterio/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 27/07/2011.
25 de julho de 2011
Texto do advogado e economista Carlos Fernando Priess:
A greve dos professores, criticada por uns, elogiada por outros, nos traz uma grande lição, na qual temos que refletir. Num país, reconhecidamente, em pleno desenvolvimento, onde deputados e senadores percebem uma fortuna, impossível entender, como os professores ganha tão mal.
Os professores exercem sua atividade, depois de um longo preparo, de um saber especializado, adquirido depois de processo de aprendizagem, que permite preparar as crianças, os jovens em todas suas etapas, adultos igualmente, capacitando de forma a enfrentar a vida, o trabalho, a sobrevivência, formando também novos mestres.
A docência, o magistério, como atividade profissional exige uma formação especializada, para que os resultados sejam promissores, no entanto, são mal pagos e reconhecidos.
Pensamos, refletimos, sobre os prejuízos, em termos imediatos, sofridos pelos alunos, mas a situação dos professores em geral, é muito grave e o nível de insatisfação dos mesmos, também, dos que sabem avaliar o papel importante dos mestres, é muito grande.
O salário mínimo do professor brasileiro, segundo os acordos impostos a classe, está na ordem de R$1.187,08, para um trabalho de 40 horas, enquanto Deputados e Senadores passaram a perceber um teto de R$26.700,00.
Os parlamentares tiveram um aumento de 61,8%, os trabalhadores em geral 5,9%, elevando o salário mínimo para R$540,00 e os professores neste ano, apenas 8,5%.
Importante lembrar o desvio do dinheiro da merenda escolar, em vários municípios brasileiros, como foi divulgado pelo Fantástico, onde a criança, com fome não aprende, esbarrando na certeza de impunidade desses políticos, que, desgraçadamente como o eleitor ¿não tem memória¿, continua votando nesses corruptos.
Diante desse quadro, ficamos extremamente assustados e preocupados, pois os chamados representantes do povo, como delegados da população, não têm a mínima noção da educação.
A greve dos professores, que assistimos recentemente, precisa ser entendida como um movimento necessário, até para nós eleitores, para não cometermos o erro de reeleger os parlamentares, que nos envergonham e atentam contra a democracia.
Vivemos, quem sabe, sem qualquer exagero, uma revolução do magistério.
Importante que se compare, até, com a situação da França no século XVIII, que vivia uma extrema injustiça social, em seu antigo regime absolutista e com a sua revolução, derrubou todos os privilégios e conceitos daquela sociedade, dando ao mundo e não só aos franceses, uma nova situação social.
Foi um marco na história moderna, trazendo direitos sociais que passaram a ser respeitados, consagrando os direitos do homem e do cidadão.
Portanto, a greve dos professores, ocorrida em quase todos Estados, foi antes de tudo um movimento que, esperamos, tenha chamado a atenção da sociedade para o descontentamento da categoria, com a política governamental, que remunera de forma vergonhosa o magistério em nosso país.
Os professores precisam, antes de tudo, de salários decentes.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/07/25/revolucao-do-magisterio/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 27/07/2011.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Terceirização da merenda escolar: professores improvisam cozinha no banheiro
Professores preparam suas refeições em um banheiro em construção porque estão proibidos de entrar na cozinha.
O governador Raimundo Colombo já disse que quer acabar com a terceirização da merenda nas escolas estaduais de Santa Catarina.
E se isso realmente ocorrer, acabará também o drama de professores de uma pequena cidade da região serrana.
Quando foi inaugurada a readequação da cozinha comunitária da Escola de Educação Básica Manoel Pereira de Medeiros, em Urupema, em março de 2008, professores e alunos utilizavam o espaço para as refeições diárias.
A cozinha, semi-industrial, foi construída para sediar o Programa de Educação Ambiental e Alimentar (Ambial), e poderia ser utilizada também para a realização de cursos gratuitos junto à comunidade urupemense, de 2,5 mil moradores.
Mas com a terceirização da merenda escolar, desde agosto do ano passado os professores perderam o direito à merenda e ao uso da estrutura.
Assim, como alguns são de Lages, a 50 quilômetros de Urupema, e passam o dia todo na escola, eles passaram a improvisar a sua própria cozinha em um banheiro em construção.
Os profissionais alegam que os R$ 6 por dia de vale-alimentação, ou vale-coxinha, como muitos deles dizem, não são suficientes para que possam comer três vezes por dia em restaurantes. Assim, levam comida de casa e preparam suas refeições no banheiro inacabado.
Uma “vaquinha” foi feita para comprar um fogão e um botijão de gás e uma geladeira foi emprestada para incrementar o inusitado espaço.
Andréia Berlanda Aguiar (língua portuguesa), Angela Maria Almeida (ciências e matemática), Inês Andréia Andrade (geografia), José Wilson do Prado (história, ensino religioso, filosofia e sociologia) e Vanessa Muniz (história), cinco profissionais que comem no banheiro, desabafam:
_ É desanimador e humilhante. Uma falta de respeito. Não merecemos isso!
Pablo Gomes, Urupema
http://wp.clicrbs.com.br/diariodaserra/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 19/07/2011.
O governador Raimundo Colombo já disse que quer acabar com a terceirização da merenda nas escolas estaduais de Santa Catarina.
E se isso realmente ocorrer, acabará também o drama de professores de uma pequena cidade da região serrana.
Quando foi inaugurada a readequação da cozinha comunitária da Escola de Educação Básica Manoel Pereira de Medeiros, em Urupema, em março de 2008, professores e alunos utilizavam o espaço para as refeições diárias.
A cozinha, semi-industrial, foi construída para sediar o Programa de Educação Ambiental e Alimentar (Ambial), e poderia ser utilizada também para a realização de cursos gratuitos junto à comunidade urupemense, de 2,5 mil moradores.
Mas com a terceirização da merenda escolar, desde agosto do ano passado os professores perderam o direito à merenda e ao uso da estrutura.
Assim, como alguns são de Lages, a 50 quilômetros de Urupema, e passam o dia todo na escola, eles passaram a improvisar a sua própria cozinha em um banheiro em construção.
Os profissionais alegam que os R$ 6 por dia de vale-alimentação, ou vale-coxinha, como muitos deles dizem, não são suficientes para que possam comer três vezes por dia em restaurantes. Assim, levam comida de casa e preparam suas refeições no banheiro inacabado.
Uma “vaquinha” foi feita para comprar um fogão e um botijão de gás e uma geladeira foi emprestada para incrementar o inusitado espaço.
Andréia Berlanda Aguiar (língua portuguesa), Angela Maria Almeida (ciências e matemática), Inês Andréia Andrade (geografia), José Wilson do Prado (história, ensino religioso, filosofia e sociologia) e Vanessa Muniz (história), cinco profissionais que comem no banheiro, desabafam:
_ É desanimador e humilhante. Uma falta de respeito. Não merecemos isso!
Pablo Gomes, Urupema
http://wp.clicrbs.com.br/diariodaserra/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 19/07/2011.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
LUTO
Luto
15 de julho de 2011
Texto da professora de Química e Biologia Patrícia Reis da Silva
Passei dois dias na assembleia legislativa,
Fui até lá para ver sepultados, todos os meus sonhos profissionais, minha carreira e a Educação do Estado de Santa Catarina. O que não espera era ver ser sepultada ali sobre aquele tapete vermelho toda a minha fé na justiça, na lei e na constituição.
Ali eu me senti, violentada. Vi o regimento da assembleia ser rasgado, vi ser desvalorizada, desprezada a constituição desse país, vi que deputados da oposição também não tem direitos. Foi um massacre, simplesmente burlaram e usaram de todos os artifícios pra massacrar uma minoria de deputados que ficaram ao lado dos professores. Acabaram com o plano de carreira como se estivessem assoprando uma vela, sem nem mesmo se alterar.
Dentro da assembleia e nos corredores, professores gritavam em protesto, vaiavam, choravam, batiam nos vidros, o sentimento é indescritível! E nada, ninguém se comoveu! Votaram e sepultaram a educação, sem nem mesmo ter a coragem de pedir a palavra e explicar porque nossos direitos estavam sendo suprimidos, porque se é “um avanço” para educação, havia ali 4000 professores protestando contra a aprovação?
A única atitude próxima de um ser humano normal e digno que tiveram, foi o medo! Sentiram medo e chamaram o BOPE, para nos intimidar, nos calar e nos impedir de alguma violência. Violência que tínhamos, sim, vontade de cometer, afinal, somos humanos. Mas, que jamais seria cometida, não está em nós esse tipo de atitude, a situação justificaria, mas professores são por natureza, pacíficos.
Apesar de toda dor que senti, penso: ainda bem que ainda estava em greve, que bom que fui até lá. Lá eu protestei, gritei, confesso que até bati naquele vidro e chorei, muito! Vi tudo o que tinha de professor em mim, ser sepultado. Hoje, estou de luto! Meu coração ainda dói, acho que é pra me mandar um recado de que ainda vivo! “Viver apesar de”.
Como a águia, preciso “arrancar minhas velhas penas, unhas e bico”, renovar minhas forças para voltar. Preciso me recompor, os alunos merecem um bom professor, tentarei fazer o meu melhor! Confesso, que aquele amor que parecia incondicional, o velho amor pela educação, nesse momento parece morto, assim como eu! A parte de mim que continua viva e forte lutará com todas as forças, por outro caminho que não mais a escola pública. Mas, enquanto ainda for professora irei honrar o juramento que fiz, por duas vezes nas duas licenciaturas!
E Jamais esquecerei o governo de Raimundo Colombo e o nome de todos os deputados que votaram contra a educação, anotei em um caderninho em que anoto aquilo que precisa ser sempre lembrado, repetirei como oração, em todas as oportunidades, está lá sob o título: “inimigos da Educação”.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 15/07/2011.
15 de julho de 2011
Texto da professora de Química e Biologia Patrícia Reis da Silva
Passei dois dias na assembleia legislativa,
Fui até lá para ver sepultados, todos os meus sonhos profissionais, minha carreira e a Educação do Estado de Santa Catarina. O que não espera era ver ser sepultada ali sobre aquele tapete vermelho toda a minha fé na justiça, na lei e na constituição.
Ali eu me senti, violentada. Vi o regimento da assembleia ser rasgado, vi ser desvalorizada, desprezada a constituição desse país, vi que deputados da oposição também não tem direitos. Foi um massacre, simplesmente burlaram e usaram de todos os artifícios pra massacrar uma minoria de deputados que ficaram ao lado dos professores. Acabaram com o plano de carreira como se estivessem assoprando uma vela, sem nem mesmo se alterar.
Dentro da assembleia e nos corredores, professores gritavam em protesto, vaiavam, choravam, batiam nos vidros, o sentimento é indescritível! E nada, ninguém se comoveu! Votaram e sepultaram a educação, sem nem mesmo ter a coragem de pedir a palavra e explicar porque nossos direitos estavam sendo suprimidos, porque se é “um avanço” para educação, havia ali 4000 professores protestando contra a aprovação?
A única atitude próxima de um ser humano normal e digno que tiveram, foi o medo! Sentiram medo e chamaram o BOPE, para nos intimidar, nos calar e nos impedir de alguma violência. Violência que tínhamos, sim, vontade de cometer, afinal, somos humanos. Mas, que jamais seria cometida, não está em nós esse tipo de atitude, a situação justificaria, mas professores são por natureza, pacíficos.
Apesar de toda dor que senti, penso: ainda bem que ainda estava em greve, que bom que fui até lá. Lá eu protestei, gritei, confesso que até bati naquele vidro e chorei, muito! Vi tudo o que tinha de professor em mim, ser sepultado. Hoje, estou de luto! Meu coração ainda dói, acho que é pra me mandar um recado de que ainda vivo! “Viver apesar de”.
Como a águia, preciso “arrancar minhas velhas penas, unhas e bico”, renovar minhas forças para voltar. Preciso me recompor, os alunos merecem um bom professor, tentarei fazer o meu melhor! Confesso, que aquele amor que parecia incondicional, o velho amor pela educação, nesse momento parece morto, assim como eu! A parte de mim que continua viva e forte lutará com todas as forças, por outro caminho que não mais a escola pública. Mas, enquanto ainda for professora irei honrar o juramento que fiz, por duas vezes nas duas licenciaturas!
E Jamais esquecerei o governo de Raimundo Colombo e o nome de todos os deputados que votaram contra a educação, anotei em um caderninho em que anoto aquilo que precisa ser sempre lembrado, repetirei como oração, em todas as oportunidades, está lá sob o título: “inimigos da Educação”.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 15/07/2011.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Considerações Finais
Considerações Finais
13 de julho de 2011
“Sou professora da rede estadual de ensino e fazer greve sempre foi contra meus princípios, mas minha adesão a esta greve, veio de encontro aos meus direitos e a qualidade do ensino do meu filho que estuda em escola pública. Hoje humildemente compreendo as palavras de Martin Luther King: “A greve é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O movimento é desgastante emocionalmente, mas recompensador no aprendizado. Fazer parte, contribuir e participar efetivamente das manifestações foi algo indescritível. Raiva, prazer, impotência, amor, ódio, ansiedade, indignação, são algumas gamas do sentimento humano, vivenciadas num processo como este. Sentimentos estes, que compartilhei com meus familiares, amigos e com a sociedade. Mediante diversificadas informações e atitudes, tive momentos de fragilidade… mas me fortalecia com os bons exemplos de pessoas que foram imprescindíveis nesta caminhada. Minhas considerações finais:
- Ao Governador Serrano, faço das palavras dele, título de sua obra, as minhas:
“O povo tem rosto, nome e endereço” Raimundo Colombo
E acrescento… e tem Memória!
- Aos Educadores: Categoria somos todos nós!
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin
- Aos Alunos e aos Pais:
Somos Professores, assumimos os nossos deveres, não abdicamos dos nossos direitos!
“Educar é minha vida, lutar foi minha atitude!”
- A Imprensa/Mídia: Credibilidade se conquista com imparcialidade e informações coerentes.
Aos que tiveram ética e profissionalismo meus parabéns! especialmente ao meu guru Moacir Pereira.
Mesmo contrariada, mas respeitando minhas limitações como ser humano, após 58 dias em greve, retorno de cabeça erguida para escola, por ter cumprido a árdua missão de ser coerente com a verdade e tentar requerer meus direitos como cidadã.
Quanto aos meus direitos… “Grandes Conquistas”? no meu entendimento estas faziam parte do processo. Agradeço a todos que contribuíram e tiveram o discernimento de compreender este movimento que foi em prol da EDUCAÇÃO! Meu muito obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você,(…)
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem. (….)
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída.” Mahatma Gandhi
Lages(S.C.), 13 de julho de 2011. ANA PAULA RAMOS
Professora Serrana, Grevista e Solidária!”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 13/06/2011
13 de julho de 2011
“Sou professora da rede estadual de ensino e fazer greve sempre foi contra meus princípios, mas minha adesão a esta greve, veio de encontro aos meus direitos e a qualidade do ensino do meu filho que estuda em escola pública. Hoje humildemente compreendo as palavras de Martin Luther King: “A greve é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O movimento é desgastante emocionalmente, mas recompensador no aprendizado. Fazer parte, contribuir e participar efetivamente das manifestações foi algo indescritível. Raiva, prazer, impotência, amor, ódio, ansiedade, indignação, são algumas gamas do sentimento humano, vivenciadas num processo como este. Sentimentos estes, que compartilhei com meus familiares, amigos e com a sociedade. Mediante diversificadas informações e atitudes, tive momentos de fragilidade… mas me fortalecia com os bons exemplos de pessoas que foram imprescindíveis nesta caminhada. Minhas considerações finais:
- Ao Governador Serrano, faço das palavras dele, título de sua obra, as minhas:
“O povo tem rosto, nome e endereço” Raimundo Colombo
E acrescento… e tem Memória!
- Aos Educadores: Categoria somos todos nós!
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin
- Aos Alunos e aos Pais:
Somos Professores, assumimos os nossos deveres, não abdicamos dos nossos direitos!
“Educar é minha vida, lutar foi minha atitude!”
- A Imprensa/Mídia: Credibilidade se conquista com imparcialidade e informações coerentes.
Aos que tiveram ética e profissionalismo meus parabéns! especialmente ao meu guru Moacir Pereira.
Mesmo contrariada, mas respeitando minhas limitações como ser humano, após 58 dias em greve, retorno de cabeça erguida para escola, por ter cumprido a árdua missão de ser coerente com a verdade e tentar requerer meus direitos como cidadã.
Quanto aos meus direitos… “Grandes Conquistas”? no meu entendimento estas faziam parte do processo. Agradeço a todos que contribuíram e tiveram o discernimento de compreender este movimento que foi em prol da EDUCAÇÃO! Meu muito obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você,(…)
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem. (….)
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída.” Mahatma Gandhi
Lages(S.C.), 13 de julho de 2011. ANA PAULA RAMOS
Professora Serrana, Grevista e Solidária!”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 13/06/2011
sábado, 9 de julho de 2011
NÃO DIGA QUE A CANÇÃO ESTÁ PERDIDA... TENHA FÉ EM DEUS... TENHA FÉ NA VIDA... TENTE OUTRA VEZ...
"Mesmo que coloquem o mundo contra mim. Mesmo que usem todo o poder existente. Mesmo que impeçam de divulgar a justiça. Mesmo se forem cegos ao povo. Mesmo se forem surdos ao povo. Mesmo se atarem as mãos do povo. Eu lutarei. E meu conhecimento e coragem serão a unicas armas de que precisarei. E mesmo que me tirem tudo, não me tirarão a coragem e o conhecimento." (Ernesto Che Guevara)
http://lagesnareal.blogspot.com/
RAQUEL LIMA PROFESSORA SERRANA,GREVISTA E SOLIDÁRIA..
Concordo, mas mesmo assim li e reli o velho CHÊ e encontrei:"HAY QUE ENDURECERSE, PERO SIN PERDE LA TERNURA JAMÁS."; ou seja, nossos alunos em primeiro lugar sempre...
Estou na LUTA, tu SABES, mas não esqueço dos compromissos que assumi...
PAZ E LUZ.
"Mesmo que coloquem o mundo contra mim. Mesmo que usem todo o poder existente. Mesmo que impeçam de divulgar a justiça. Mesmo se forem cegos ao povo. Mesmo se forem surdos ao povo. Mesmo se atarem as mãos do povo. Eu lutarei. E meu conhecimento e coragem serão a unicas armas de que precisarei. E mesmo que me tirem tudo, não me tirarão a coragem e o conhecimento." (Ernesto Che Guevara)
http://lagesnareal.blogspot.com/
RAQUEL LIMA PROFESSORA SERRANA,GREVISTA E SOLIDÁRIA..
Concordo, mas mesmo assim li e reli o velho CHÊ e encontrei:"HAY QUE ENDURECERSE, PERO SIN PERDE LA TERNURA JAMÁS."; ou seja, nossos alunos em primeiro lugar sempre...
Estou na LUTA, tu SABES, mas não esqueço dos compromissos que assumi...
PAZ E LUZ.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
OS ACAMPADOS DA EDUCAÇÃO
Os acampados da Educação
6 de julho de 2011
A educação pública estadual de Santa Catarina nunca mais será a mesma. Pelo menos para os 47 professores que estão acampados há dez dias ao redor do prédio da Secretaria da Educação, na rua João Pinto, em Florianópolis. Mudou, também, para os próprios diretores e servidores da Secretaria que todos os dias passam pelo amistoso corredor polonês instalado no térreo, bem naentrada. É outra, igualmente, para os comerciantes e os clientes das lojas estabelecidas nas imediações.
O acampamento da Educação é outro registro inédito nesta histórica greve do magistério que hoje define o futuro na assembléia estadual da Passarela Nego Quirido.
Os relatos de professores e professores da rede estadual são comoventes. Serenos, determinados, conscientes, saudosos de suas familias e de suas comunidades, eles ali estão para fortalecer as aspirações gerais de uma educação melhor para as crianças de Santa Catarina. Alguns conseguem se blindar na reação de seus sentimentos, preservando-os na intimidade de seus dilemas profissionais. Outros não conseguem conter a dor da ausência.
– Pai, volta prá casa! - pediu Felipe, um ano e quatro meses, ao professor Luiz Fernando Ferrari, 41 anos, de Pinhalzinho, um dos acampados. Com 12 anos de magistério, leciona em tres escolas e tem 600 alunos. Seu salário é uma vergonha, sabendo-se que tem credenciais. Professor de História com pós graduação em Ciências Sociais. Quando relata o apelo do filho explode em lágrimas, saudoso e comovido, mas com esperanças de novos dias. O abraço imediato de seus colegas é o consolo do momento.
O professor Marcos Paulo de Barros, de Pouso Redondo, é outro lutador que lamenta as noites extremamente frias,dentro de uma das 12 pequenas barracas improvisadas. Tem uma filha de 13 anos. Numa das ligações, a menina informou que professores de sua escola estavam voltando a dar aulas. Indagada por sua professora, respondeu que continuaria sem aulas, mesmo com o retorno dos mestres.
– Pai, enquanto a greve não acabar não volto para a escola – afirmou.
O regime adoado pelos 47 voluntários é semelhante ao adotado pelos militares. Há hora para recolhimento: 22,00. É proibido fumar. Bebida alcoólica, nem pensar. Discussões partidárias vedadas a todos, ainda que alguns tenham suas preferências pessoais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações – Sinteel, com sede bem na frente dos acampados, liberou o “wireless” para facilitar as comunicações pela internet. Cinco senhas foram autorizadas para ligação de notebooks. Dali, eles enviam e recebem mensagens. Estão conectados com o Estado e o mundo. Levaram máquinas fotográficas e fimadores. Tem registros impressionantes. Como o violento vento sul, geladissimo, que arrancou duas barracas na noite de sábado. Ou manifestações de voluntários e visitantes.
O dono da loja “Caçula”, bem defronte o prédio, ofereceu equipamento de som para os acampados. Eles passaram a se comunicar com os servidores da Educação e com os pedestres que por ali transitavam. O sistema virou a “Rádio Piso”
O proprietário da Panificadora São Francisco, na esquina da Tiradentes com Nunes Machado, oferece alimentação com frequência. Fica a disposição para fornecer material. E, assim, os colaboradores vão se apresentando com doces, alimentos e livros para os acampados. Aí, incluídos, servidores da própria Secretaria da Educação.
Chuva, frio, vento sul, fome, saudade da familia, dos amigos, das escolas e das cidades em que vivem são os maiores problemas. Mas eles enfrentam sem reclamar. Todos, sem exceção, com depoimentos tranquilos, mas firmes em suas posições e convicçoes, na esperança de melhores dias para a educação catarinense.
Adversidades que enfrentam antes mesmo de iniciarem o plantão. Um ônibus que trazia o grupo do oeste teve congelamento do óleo de filtro. Ficou parado horas. Temperaturas baixissimas, sem ar condiconado e o corpo exposto, sem roupa quente adequada.
Entre as motivações, a música sempre presente, as amizades conquistadas no convívio das barracas e as visitas incentivadoras. Entre elas, numa noite congelada, da ministra Ideli Salvati, uma das principais lideranças do Sinte na décadas de 1990.
E um registro que também os anima: só manifestaçòes de apoio, carinho e solidariedade. Sem registrar uma única hostilidade.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/06/2011.
6 de julho de 2011
A educação pública estadual de Santa Catarina nunca mais será a mesma. Pelo menos para os 47 professores que estão acampados há dez dias ao redor do prédio da Secretaria da Educação, na rua João Pinto, em Florianópolis. Mudou, também, para os próprios diretores e servidores da Secretaria que todos os dias passam pelo amistoso corredor polonês instalado no térreo, bem naentrada. É outra, igualmente, para os comerciantes e os clientes das lojas estabelecidas nas imediações.
O acampamento da Educação é outro registro inédito nesta histórica greve do magistério que hoje define o futuro na assembléia estadual da Passarela Nego Quirido.
Os relatos de professores e professores da rede estadual são comoventes. Serenos, determinados, conscientes, saudosos de suas familias e de suas comunidades, eles ali estão para fortalecer as aspirações gerais de uma educação melhor para as crianças de Santa Catarina. Alguns conseguem se blindar na reação de seus sentimentos, preservando-os na intimidade de seus dilemas profissionais. Outros não conseguem conter a dor da ausência.
– Pai, volta prá casa! - pediu Felipe, um ano e quatro meses, ao professor Luiz Fernando Ferrari, 41 anos, de Pinhalzinho, um dos acampados. Com 12 anos de magistério, leciona em tres escolas e tem 600 alunos. Seu salário é uma vergonha, sabendo-se que tem credenciais. Professor de História com pós graduação em Ciências Sociais. Quando relata o apelo do filho explode em lágrimas, saudoso e comovido, mas com esperanças de novos dias. O abraço imediato de seus colegas é o consolo do momento.
O professor Marcos Paulo de Barros, de Pouso Redondo, é outro lutador que lamenta as noites extremamente frias,dentro de uma das 12 pequenas barracas improvisadas. Tem uma filha de 13 anos. Numa das ligações, a menina informou que professores de sua escola estavam voltando a dar aulas. Indagada por sua professora, respondeu que continuaria sem aulas, mesmo com o retorno dos mestres.
– Pai, enquanto a greve não acabar não volto para a escola – afirmou.
O regime adoado pelos 47 voluntários é semelhante ao adotado pelos militares. Há hora para recolhimento: 22,00. É proibido fumar. Bebida alcoólica, nem pensar. Discussões partidárias vedadas a todos, ainda que alguns tenham suas preferências pessoais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações – Sinteel, com sede bem na frente dos acampados, liberou o “wireless” para facilitar as comunicações pela internet. Cinco senhas foram autorizadas para ligação de notebooks. Dali, eles enviam e recebem mensagens. Estão conectados com o Estado e o mundo. Levaram máquinas fotográficas e fimadores. Tem registros impressionantes. Como o violento vento sul, geladissimo, que arrancou duas barracas na noite de sábado. Ou manifestações de voluntários e visitantes.
O dono da loja “Caçula”, bem defronte o prédio, ofereceu equipamento de som para os acampados. Eles passaram a se comunicar com os servidores da Educação e com os pedestres que por ali transitavam. O sistema virou a “Rádio Piso”
O proprietário da Panificadora São Francisco, na esquina da Tiradentes com Nunes Machado, oferece alimentação com frequência. Fica a disposição para fornecer material. E, assim, os colaboradores vão se apresentando com doces, alimentos e livros para os acampados. Aí, incluídos, servidores da própria Secretaria da Educação.
Chuva, frio, vento sul, fome, saudade da familia, dos amigos, das escolas e das cidades em que vivem são os maiores problemas. Mas eles enfrentam sem reclamar. Todos, sem exceção, com depoimentos tranquilos, mas firmes em suas posições e convicçoes, na esperança de melhores dias para a educação catarinense.
Adversidades que enfrentam antes mesmo de iniciarem o plantão. Um ônibus que trazia o grupo do oeste teve congelamento do óleo de filtro. Ficou parado horas. Temperaturas baixissimas, sem ar condiconado e o corpo exposto, sem roupa quente adequada.
Entre as motivações, a música sempre presente, as amizades conquistadas no convívio das barracas e as visitas incentivadoras. Entre elas, numa noite congelada, da ministra Ideli Salvati, uma das principais lideranças do Sinte na décadas de 1990.
E um registro que também os anima: só manifestaçòes de apoio, carinho e solidariedade. Sem registrar uma única hostilidade.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/06/2011.
OS ACAMPADOS DA PRAÇA
Os acampados da Praça
6 de julho de 2011
Idealismo, determinação, solidariedade, vocação, renúncia e espírito corporativo são algumas das características dos professores que há três semanas estão acampados em 10 pequenas barracas na Praça Tancredo Neves, ao lado do riacho e de um quiosque e bem próximo da Assembléia Legislativa, em Florianópolis.
Situação dramática pelas precárias condições de pernoite, principalmente. As noites gélidas deste rigoroso inverno em Florianópolis agravam o sofrimento destes professores, a maioria da região de Itajaí. Chega o vento sul e a sensação térmica pode chegar a zero grau. Sem fogo para aquecer.
Antigas e novas bandeiras motivam os acampados, homens e mulheres, jovens e já próximos da terceira idade. A realização do concurso de ingresso no magistério, promessa de todos os candidatos e calote de todos os governos. O pagamento do piso salarial na carreira, definição da lei federal e ratificação do Supremo, a principal razão da luta. A manutenção da regência de classe, conquista que vem do governo Jorge Bornhausen,e que o governo Colombo acaba de reduzir, acertando um tiro no peito dos integrantes do magistério.
Energia que vem de fora. Motoristas de táxi, outros colegas que levam sopa para esquentar o corpo e o ânimo dos 20 professores. Alimentos que chegam de doadores voluntários e visitas freqüentes de desconhecidos que levam palavras de conforto e de incentivo.
A higiene pessoal é um dos problemas. Executada graças a direção do Sesc, que cedeu as instalações do Ginásio coberto, e pela liberação da Assembléia Legislativa.
Depoimentos dramáticos repetem-se na chegada de um novo visitante. Uma professora com 31 anos de magistério, mestrado, 60 horas de aula por semana (três turnos, portanto), mostra o contra-cheque: R$ 2.200,00. Trabalha em duas escolas e tem 2 mil alunos. Desumano!
Outra colega intervém para mostrar a realidade da educação pública estadual. Trabalha na Escola Vitor Meirelles, que completará 100 anos em 2012. A Secretaria da Educação comprou aparelhos de ar condicionado para viabilizar aulas no verão quente. Os “splits” com 30 mil BTUs foram fixados na parede, mas não funcionam. Ligam o aparelho, cai a energia. A rede elétrica não suporta. Só em Itajaí? Negativo, exemplos iguais se espalham pelo Estado, garantem os grevistas.
A merenda escolar foi terceirizada. Só os alunos podem ser servidos. Alegação: professores recebem vale alimentação. Valor: R$ 6,00. Apelidado de “vale coxinha”. Paga, no máximo, uma média com leite e um sanduiche de queijo.
Nos relatos tristes há casos patéticos. Numa escola, um professor serviu-se da merenda que sobrava. Quando ia se alimentar foi flagrado pela Diretora da Escola. Que determinou na hora e na frente dos alunos que os alimentos fossem depositados no lixo. Perdeu-se a merenda e o professor continuou com fome. Pior: desmoralizado, humilhado perante seus próprios alunos.
Na maioria das escolas estaduais, os professores se alimentam com marmitas que levam de casa. Filas se multiplicam para uso do micro-ondas, quando existem. Os mais pobres valem-se dos antigos fogões “jacaré”.
Os 20 acampados vão hoje para a assembléia estadual que decidirá sobre o futuro da greve. Separaram-se de seus familiares, de suas casas e de suas comunidades por acreditarem em dias melhores para a educação catarinense. Independente de resultado, seu gesto de solidariedade, seu espírito de luta, as atitudes de renúncia e o companheirismo revelados nos dias chuvosos a espalhar lama nas barracas e noites friorentas a invadir o corpo, representavam alguns dos fatos marcantes desta histórica greve dos professores de Santa Catarina.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/07/2011.
6 de julho de 2011
Idealismo, determinação, solidariedade, vocação, renúncia e espírito corporativo são algumas das características dos professores que há três semanas estão acampados em 10 pequenas barracas na Praça Tancredo Neves, ao lado do riacho e de um quiosque e bem próximo da Assembléia Legislativa, em Florianópolis.
Situação dramática pelas precárias condições de pernoite, principalmente. As noites gélidas deste rigoroso inverno em Florianópolis agravam o sofrimento destes professores, a maioria da região de Itajaí. Chega o vento sul e a sensação térmica pode chegar a zero grau. Sem fogo para aquecer.
Antigas e novas bandeiras motivam os acampados, homens e mulheres, jovens e já próximos da terceira idade. A realização do concurso de ingresso no magistério, promessa de todos os candidatos e calote de todos os governos. O pagamento do piso salarial na carreira, definição da lei federal e ratificação do Supremo, a principal razão da luta. A manutenção da regência de classe, conquista que vem do governo Jorge Bornhausen,e que o governo Colombo acaba de reduzir, acertando um tiro no peito dos integrantes do magistério.
Energia que vem de fora. Motoristas de táxi, outros colegas que levam sopa para esquentar o corpo e o ânimo dos 20 professores. Alimentos que chegam de doadores voluntários e visitas freqüentes de desconhecidos que levam palavras de conforto e de incentivo.
A higiene pessoal é um dos problemas. Executada graças a direção do Sesc, que cedeu as instalações do Ginásio coberto, e pela liberação da Assembléia Legislativa.
Depoimentos dramáticos repetem-se na chegada de um novo visitante. Uma professora com 31 anos de magistério, mestrado, 60 horas de aula por semana (três turnos, portanto), mostra o contra-cheque: R$ 2.200,00. Trabalha em duas escolas e tem 2 mil alunos. Desumano!
Outra colega intervém para mostrar a realidade da educação pública estadual. Trabalha na Escola Vitor Meirelles, que completará 100 anos em 2012. A Secretaria da Educação comprou aparelhos de ar condicionado para viabilizar aulas no verão quente. Os “splits” com 30 mil BTUs foram fixados na parede, mas não funcionam. Ligam o aparelho, cai a energia. A rede elétrica não suporta. Só em Itajaí? Negativo, exemplos iguais se espalham pelo Estado, garantem os grevistas.
A merenda escolar foi terceirizada. Só os alunos podem ser servidos. Alegação: professores recebem vale alimentação. Valor: R$ 6,00. Apelidado de “vale coxinha”. Paga, no máximo, uma média com leite e um sanduiche de queijo.
Nos relatos tristes há casos patéticos. Numa escola, um professor serviu-se da merenda que sobrava. Quando ia se alimentar foi flagrado pela Diretora da Escola. Que determinou na hora e na frente dos alunos que os alimentos fossem depositados no lixo. Perdeu-se a merenda e o professor continuou com fome. Pior: desmoralizado, humilhado perante seus próprios alunos.
Na maioria das escolas estaduais, os professores se alimentam com marmitas que levam de casa. Filas se multiplicam para uso do micro-ondas, quando existem. Os mais pobres valem-se dos antigos fogões “jacaré”.
Os 20 acampados vão hoje para a assembléia estadual que decidirá sobre o futuro da greve. Separaram-se de seus familiares, de suas casas e de suas comunidades por acreditarem em dias melhores para a educação catarinense. Independente de resultado, seu gesto de solidariedade, seu espírito de luta, as atitudes de renúncia e o companheirismo revelados nos dias chuvosos a espalhar lama nas barracas e noites friorentas a invadir o corpo, representavam alguns dos fatos marcantes desta histórica greve dos professores de Santa Catarina.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/07/2011.
terça-feira, 28 de junho de 2011
“Uma vida, duas vidas, um sorriso”
“Uma vida, duas vidas, um sorriso”
28 de junho de 2011
“Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia. Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte. Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.
O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio. Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.
Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.
Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:
Você é pai?
A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.
Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.
Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.
Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: “Amo você. Você é a razão da minha vida.” Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?
O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.
O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.
As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.
Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingueta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.
O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.
O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.
O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.
Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
* * *
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.
Entretanto, as vozes da Imortalidade cantam. Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.
Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar e lutar.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 28/06/2011.
28 de junho de 2011
“Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia. Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte. Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.
O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio. Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.
Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.
Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:
Você é pai?
A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.
Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.
Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.
Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: “Amo você. Você é a razão da minha vida.” Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?
O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.
O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.
As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.
Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingueta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.
O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.
O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.
O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.
Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
* * *
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.
Entretanto, as vozes da Imortalidade cantam. Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.
Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar e lutar.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 28/06/2011.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Estudante do oeste: “Eu acredito!”
Estudante do oeste: “Eu acredito!”
26 de junho de 2011
“Olá Nobre Jornalista.
Bom, tenho 17 anos estou me formando esse ano no Ensino Médio, assim como qualquer jovem tenho sonhos e acredito em ações e atitudes das pessoas. Sim, ainda acredito. Sabe amigo, você passa 13 anos na escola, você cria amigos, é verdade que você terá muitas discussões com professores, direção, pais e colegas. Mas sabe o melhor disso tudo, Somos uma Família. E como família, nossas desavenças geram união, existem excessões, mas formaturas são emocionantes muito mais pelos laços que se quebrarão entre alunos e alunos, e alunos e professores. Sabe, hoje agradeço muito por ter tido no Ensino Médio professores que me fizeram pensar, vejo a cada a podridão desse sistema. Vejo bombeiro sendo presos por salvarem vidas, vejo professores esnobados por formarem vidas, e vejo deputados ganhando muito por destruirem vidas.
E sabe como eu, como estudante, integrante da chamada futura geração me sinto nisso tudo? Um lixo, e não tem sentimento maior, do que você olhar para livros, assuntos, vestibulares e se sentir impotente. Não tem sentimento pior do que ver professores, aqueles mesmo com quem ja discuti e muito, sofrendo, rezando, se emocionando.
Já me perguntaram por que eu faço tudo isso, por que Guilherme? A resposta está lá no início, EU ACREDITO, nas pessoas, nos estudos, nos relacionamentos e na sociedade. Os motivos para acreditar são pouquíssimos, mas eu acredito por que tive na 5ª série uma professora que me disse, Ler é Fantástico. Mas eu acredito, por que quando iniciei o Ensino Médio, um professor me perguntou, você é só isso que diz? Mas eu acredito, por que minha escola teve direções que me deram desafios. E venci aqueles que me foram propostos. E sabe por que? Por que eu ACREDITEI.
E como fica o Guilherme nessa história? Ele fica até tarde falando aos professores, não desistam. E muitos me perguntam, por que tu Guilherme apoias os professores? Eu não apoio somente professores, eu apoio o Futuro, um futuro no qual eu ainda ACREDITO.
Muitos estudantes não se interessam, pais esnobam esses assuntos. Só digo a eles, estão destruindo a vida de seus filhos.
Estou decepcionado com tudo nobre jornalista, com governo, pessoas e sociedade em geral, mas não deixarei de ACREDITAR, pois no fundo do túnel há uma luz e quando ela chegar, estarei lá dizendo: VENHAM AMIGOS, PESSOAS, PAIS, CRIANÇAS, VAMOS JUNTOS FAZER UM NOVO COMEÇO!
Mas enquanto isso, Guilherme se reserva a escrever ao nobre jornalista, e de manifestar seu apoio aos professores.
Não desistam professores, por favor não desistam. Se hoje penso, e existo é graças a vocês, que me deram um livro ao invés de drogas, que me deram uma critica ao invés de elogio, que me deram um desafio ao invés de um sofá.
Lhes digo de coração: NÃO DESISTAM. A batalha é árdua, a luta difícil, mas a união é imbatível.- Que fique claro nobre jornalista eu não vou 4 horas diárias a um lugar de quatro paredes usado como deposito de crianças, EU VOU A UMA ESCOLA COM MUITO ORGULHO!
Abraços,Guilherme Wagner, São João do Oeste.”
-
Moacir responde: “Acabei de receber esta mensagem. Tocou-me profundamente. Nunca imaginei que um jovem de São João do Oeste tivesse tanta maturidade, tanta ingelitência, tanta consciência crítica. E por que? Porque teve e tem excelente família, contou e conta com excelentes professores. Mas, sou sincero, a rigor, não me surpreende. Capital catarinense da língua alemã, com 6 mil habitantes, São João do Oeste conta majoritariamente com descendentes germânicos, este povo excepcional que deu contribuição gigantesca ao desenvolvimento do Estado. Só tenho a dizer-lhe e a todos os jovens que nos honram com o prestígio da leitura: ACREDITE SIM, NÃO DESISTA NUNCA,LEIA MUITO, ASSISTA BONS FILMES, SELECIONE OS MELHORES DA MÚSICA CLÁSSICA, CONHEÇA AS ÁRIAS DAS ÓPERAS MAIS POPULARES, CURTA A MUSICA POPULAR BRASILEIRA, MEDITE COM A BOA MÚSICA “NEW AGE”, SEJA ELO DE UNIÃO DE SUA FAMILIA, CELEBRE COM OS AMIGOS SINCEROS, NÁO SE ESQUEÇA QUE A GRATIDÁO É A PRINCIPAL VIRTUDE HUMANA E…SEJA MUITO FELIZ. SEU IDEALISMO, ENTUSIASMA. SUA DETERMINA, ESTIMULA. ESTOU CERTO QUE EM BREVE VOCE, QUE JÁ É, SERÁ MAIOR ORGULHO DE SUA FAMILIA, DE SEUS AMIGOS, DE SAO JOAO DO OESTE E DE TODA SANTA CATARINA. COM O ABRAÇO FRATERNO DE INCENTIVO E AGRADECIDO, DO MOACIR PEREIRA
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/page/2/?topo=67%2C2%2C18%2C%2C%2C67 - Acesso em 27/06/2011.
26 de junho de 2011
“Olá Nobre Jornalista.
Bom, tenho 17 anos estou me formando esse ano no Ensino Médio, assim como qualquer jovem tenho sonhos e acredito em ações e atitudes das pessoas. Sim, ainda acredito. Sabe amigo, você passa 13 anos na escola, você cria amigos, é verdade que você terá muitas discussões com professores, direção, pais e colegas. Mas sabe o melhor disso tudo, Somos uma Família. E como família, nossas desavenças geram união, existem excessões, mas formaturas são emocionantes muito mais pelos laços que se quebrarão entre alunos e alunos, e alunos e professores. Sabe, hoje agradeço muito por ter tido no Ensino Médio professores que me fizeram pensar, vejo a cada a podridão desse sistema. Vejo bombeiro sendo presos por salvarem vidas, vejo professores esnobados por formarem vidas, e vejo deputados ganhando muito por destruirem vidas.
E sabe como eu, como estudante, integrante da chamada futura geração me sinto nisso tudo? Um lixo, e não tem sentimento maior, do que você olhar para livros, assuntos, vestibulares e se sentir impotente. Não tem sentimento pior do que ver professores, aqueles mesmo com quem ja discuti e muito, sofrendo, rezando, se emocionando.
Já me perguntaram por que eu faço tudo isso, por que Guilherme? A resposta está lá no início, EU ACREDITO, nas pessoas, nos estudos, nos relacionamentos e na sociedade. Os motivos para acreditar são pouquíssimos, mas eu acredito por que tive na 5ª série uma professora que me disse, Ler é Fantástico. Mas eu acredito, por que quando iniciei o Ensino Médio, um professor me perguntou, você é só isso que diz? Mas eu acredito, por que minha escola teve direções que me deram desafios. E venci aqueles que me foram propostos. E sabe por que? Por que eu ACREDITEI.
E como fica o Guilherme nessa história? Ele fica até tarde falando aos professores, não desistam. E muitos me perguntam, por que tu Guilherme apoias os professores? Eu não apoio somente professores, eu apoio o Futuro, um futuro no qual eu ainda ACREDITO.
Muitos estudantes não se interessam, pais esnobam esses assuntos. Só digo a eles, estão destruindo a vida de seus filhos.
Estou decepcionado com tudo nobre jornalista, com governo, pessoas e sociedade em geral, mas não deixarei de ACREDITAR, pois no fundo do túnel há uma luz e quando ela chegar, estarei lá dizendo: VENHAM AMIGOS, PESSOAS, PAIS, CRIANÇAS, VAMOS JUNTOS FAZER UM NOVO COMEÇO!
Mas enquanto isso, Guilherme se reserva a escrever ao nobre jornalista, e de manifestar seu apoio aos professores.
Não desistam professores, por favor não desistam. Se hoje penso, e existo é graças a vocês, que me deram um livro ao invés de drogas, que me deram uma critica ao invés de elogio, que me deram um desafio ao invés de um sofá.
Lhes digo de coração: NÃO DESISTAM. A batalha é árdua, a luta difícil, mas a união é imbatível.- Que fique claro nobre jornalista eu não vou 4 horas diárias a um lugar de quatro paredes usado como deposito de crianças, EU VOU A UMA ESCOLA COM MUITO ORGULHO!
Abraços,Guilherme Wagner, São João do Oeste.”
-
Moacir responde: “Acabei de receber esta mensagem. Tocou-me profundamente. Nunca imaginei que um jovem de São João do Oeste tivesse tanta maturidade, tanta ingelitência, tanta consciência crítica. E por que? Porque teve e tem excelente família, contou e conta com excelentes professores. Mas, sou sincero, a rigor, não me surpreende. Capital catarinense da língua alemã, com 6 mil habitantes, São João do Oeste conta majoritariamente com descendentes germânicos, este povo excepcional que deu contribuição gigantesca ao desenvolvimento do Estado. Só tenho a dizer-lhe e a todos os jovens que nos honram com o prestígio da leitura: ACREDITE SIM, NÃO DESISTA NUNCA,LEIA MUITO, ASSISTA BONS FILMES, SELECIONE OS MELHORES DA MÚSICA CLÁSSICA, CONHEÇA AS ÁRIAS DAS ÓPERAS MAIS POPULARES, CURTA A MUSICA POPULAR BRASILEIRA, MEDITE COM A BOA MÚSICA “NEW AGE”, SEJA ELO DE UNIÃO DE SUA FAMILIA, CELEBRE COM OS AMIGOS SINCEROS, NÁO SE ESQUEÇA QUE A GRATIDÁO É A PRINCIPAL VIRTUDE HUMANA E…SEJA MUITO FELIZ. SEU IDEALISMO, ENTUSIASMA. SUA DETERMINA, ESTIMULA. ESTOU CERTO QUE EM BREVE VOCE, QUE JÁ É, SERÁ MAIOR ORGULHO DE SUA FAMILIA, DE SEUS AMIGOS, DE SAO JOAO DO OESTE E DE TODA SANTA CATARINA. COM O ABRAÇO FRATERNO DE INCENTIVO E AGRADECIDO, DO MOACIR PEREIRA
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/page/2/?topo=67%2C2%2C18%2C%2C%2C67 - Acesso em 27/06/2011.
sábado, 25 de junho de 2011
“Antes da Primavera”
“Antes da Primavera”
24 de junho de 2011
Enviado pelo internauta Gustavo Silva:
“Olá Moacir, segue abaixo o texro de um professor de conheci em um curso…um belo texto que serve exatamente para os dias de hoje, peeço que publique se possível. obrigado.
“Antes de terminar a primavera, Josué cumpria sempre o mesmo ritual, que no seu entender de homem simples e organizado, era de sua obrigação. Assim como era obrigação do homem do lampião acender todas as noites, pontualmente às sete horas, todos os lampiões da vila. Assim como era obrigação do guarda noturno velar pelos sonhos alheios.
Josué era um homem de obrigações, obrigações que lhe foram chegando com os anos vividos… Era também um ser solitário, pois os seus também foram partindo com os anos vividos. E ele ficara sem entender como a solidão se aconchegou em sua alma.
Na pequena vila, distante de tudo e de todos, Josué levava uma vida pacata, que mudava quando a primavera estava para acabar, e a presença das flores ainda coloria o vale.
Era então chegada à hora de Josué cumprir a sua tarefa, era o momento sublime da vida rotineira e solitária de Josué.
O homem então, dentro da sua razão de homem incumbido de algo divino a realizar, esperava ansioso o dia amanhecer, e quando o homem do lampião apagava o último lume, quando o guarda noturno dava seu último apito, Josué saia pelos campos orvalhados pela noite, acompanhado de suas idéias e obrigações, ia colhendo com cuidado todas as flores que encontrava pelo caminho e guardava-as em um saco já bastante surrado pelos anos de uso. Assim, Josué passava o resto do dia, catando flores e mais flores, até o anoitecer.
Aí então, ele esperava a vila dormir e o guarda noturno cochilar nas escadarias da igreja (segredo que só Josué conhecia) e saía pelas ruas espalhando as flores colhidas durante o dia… Espalhando-as generosamente nas calçadas, na frente das casas do comércio, na cadeia local, na pequena escolinha, e até mesmo na área de uma casa, que segundo suspeitas dos moradores locais, funcionava um cabaré!
O saco aos poucos, ficava vazio, preenchido pelo forte perfume das flores.
Quando a vila acordava Josué já estava longe, já não tinha mais obrigações!
E o povo da vila mais uma vez despertava com o perfume das flores embriagando suas vidas, e ninguém conseguia descobrir o autor de tão maravilhosa obra.
E assim Josué foi enterrado em uma vala comum, na terra úmida e escura. E não me lembro de ter visto algum vaso com flores na sua sepultura!
E também nunca mais o povo da vila acordou com o perfume das flores…
Sejamos todos nós, professores, entregadores de flores… Não importa o lugar, não importa quem as receba, nem mesmo se seremos recompensados pelos governos que passarão diante de nossos olhos.
O mais importante é que em nossas mãos ficarão os perfumes das flores ofertadas, e os nossos ensinamentos se perpetuarão nos corações dos nossos educandos.
AUTOR: Professor Angelo de Souza. Apae de Braço do Norte.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/page/2/?topo=77%2C2%2C18 - Acesso em 25/06/2011.
24 de junho de 2011
Enviado pelo internauta Gustavo Silva:
“Olá Moacir, segue abaixo o texro de um professor de conheci em um curso…um belo texto que serve exatamente para os dias de hoje, peeço que publique se possível. obrigado.
“Antes de terminar a primavera, Josué cumpria sempre o mesmo ritual, que no seu entender de homem simples e organizado, era de sua obrigação. Assim como era obrigação do homem do lampião acender todas as noites, pontualmente às sete horas, todos os lampiões da vila. Assim como era obrigação do guarda noturno velar pelos sonhos alheios.
Josué era um homem de obrigações, obrigações que lhe foram chegando com os anos vividos… Era também um ser solitário, pois os seus também foram partindo com os anos vividos. E ele ficara sem entender como a solidão se aconchegou em sua alma.
Na pequena vila, distante de tudo e de todos, Josué levava uma vida pacata, que mudava quando a primavera estava para acabar, e a presença das flores ainda coloria o vale.
Era então chegada à hora de Josué cumprir a sua tarefa, era o momento sublime da vida rotineira e solitária de Josué.
O homem então, dentro da sua razão de homem incumbido de algo divino a realizar, esperava ansioso o dia amanhecer, e quando o homem do lampião apagava o último lume, quando o guarda noturno dava seu último apito, Josué saia pelos campos orvalhados pela noite, acompanhado de suas idéias e obrigações, ia colhendo com cuidado todas as flores que encontrava pelo caminho e guardava-as em um saco já bastante surrado pelos anos de uso. Assim, Josué passava o resto do dia, catando flores e mais flores, até o anoitecer.
Aí então, ele esperava a vila dormir e o guarda noturno cochilar nas escadarias da igreja (segredo que só Josué conhecia) e saía pelas ruas espalhando as flores colhidas durante o dia… Espalhando-as generosamente nas calçadas, na frente das casas do comércio, na cadeia local, na pequena escolinha, e até mesmo na área de uma casa, que segundo suspeitas dos moradores locais, funcionava um cabaré!
O saco aos poucos, ficava vazio, preenchido pelo forte perfume das flores.
Quando a vila acordava Josué já estava longe, já não tinha mais obrigações!
E o povo da vila mais uma vez despertava com o perfume das flores embriagando suas vidas, e ninguém conseguia descobrir o autor de tão maravilhosa obra.
E assim Josué foi enterrado em uma vala comum, na terra úmida e escura. E não me lembro de ter visto algum vaso com flores na sua sepultura!
E também nunca mais o povo da vila acordou com o perfume das flores…
Sejamos todos nós, professores, entregadores de flores… Não importa o lugar, não importa quem as receba, nem mesmo se seremos recompensados pelos governos que passarão diante de nossos olhos.
O mais importante é que em nossas mãos ficarão os perfumes das flores ofertadas, e os nossos ensinamentos se perpetuarão nos corações dos nossos educandos.
AUTOR: Professor Angelo de Souza. Apae de Braço do Norte.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/page/2/?topo=77%2C2%2C18 - Acesso em 25/06/2011.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
A solidariedade dos diretores do sul
23 de junho de 2011
“Carta enviada por email A TODOS OS PROFESSORES….SOLIDARIEDADE DOS DIRETORES,
Criciúma, 27 de maio de 2011.
Exmo. Governador do Estado de Santa Catarina
Sr. Raimundo Colombo
Nós, diretores e assessores da 21ª GERED – Gerência de Educação, no anseio de buscar sempre a melhoria da qualidade da Educação Catarinense, preocupados com o desempenho do Governo do Estado do qual participamos ativamente da campanha eleitoral, e temos trabalhado sempre na intenção de que este governo dê certo, fazendo uma excelente administração. No entanto, de alguma forma, compreendemos também que, em algum momento, o governo não teve o suporte necessário para munir-se de informações suficientes, a fim de conhecer a realidade vivida por dezenas de escolas e milhares de professores catarinenses. Na continuidade deste relato, tentaremos explicitar estas angústias que compartilhamos juntos, já que, embora estejamos na situação de gestores, somos, acima de tudo, docentes que amam sua profissão!
O Plano de Carreira dos profissionais da Educação é um fato. É fruto do trabalho docente, de uma categoria que esteve sempre em luta por seu merecido respeito e reconhecimento, tanto da Educação quanto do Governo. O que percebemos no atual momento é que este Governo não chegou a, de fato, ouvir o que esta categoria tem a dizer! Pela leitura feita das discussões em torno da nova tabela salarial, junto aos Governos Estadual e Federal, compreendemos que o nosso Plano de Carreira deveria ter sido respeitado e, pelo acompanhamento que temos tido pela mídia, a intolerância tem partido sempre do Governo! Temos certeza de que, caso apareçam as suficientes informações para que as negociações de fato aconteçam, teremos um outro quadro no Magistério catarinense em breve e a greve cessará rapidamente.
Como gestores, ainda gostaríamos de listar alguns problemas que temos compartilhado há algum tempo, sem retorno, e que nos têm deixado bastante preocupados e já sem muitos argumentos diante da comunidade escolar, justamente porque tentamos manter a boa imagem do Governo do Estado de Santa Catarina:
1) Primeiramente, o ano letivo iniciou-se conturbado, devido à falta de professores (tanto efetivos quanto de ACTs).
A percepção geral foi a de total falta de organização na Secretaria de Educação.
Houve muita demora na indicação dos diretores, o que causou certo desconforto entre os atuais gestores, secretárias e corpo docente.
A licitação de material de expediente, que até hoje não aconteceu, é um dos mais graves problemas que a escola vem sofrendo até o momento: como trabalhar sem materiais como folhas de papel, caneta esferográfica, clipes, lápis…?
2) Em segundo lugar, a estrutura de inúmeras escolas vem sofrendo com a falta de muitas coisas.
As instalações elétricas são inadequadas. O princípio de incêndio é iminente em várias Unidades de Ensino, cujas instalações já foram fotografadas, feitos relatórios, projetos, mas nada ainda foi resolvido. Não queremos e não podemos aguardar uma tragédia ocorrer e parar na mídia negativa, precisamos evitar estes acontecimentos o mais depressa possível.
As reformas estão sendo aguardadas há muito tempo. Há problemas na estrutura física, paredes rachadas, calçadas quebradas, falta de manutenção em prédios antigos, janelas e portas apodrecidas, azulejos quebrados, pisos de sala de aula com tacos antigos, cheios de cupim ou faltando unidades, o que passa a ser perigoso ao bem-estar tanto do aluno quanto do professor; além de visivelmente negativo quando aberto ao público, dando mais uma vez, uma impressão negativa da escola (Projetos como Feiras, Gincanas, Escola Aberta, Concursos Públicos, Palestras, Reportagens…).
Há trabalho sem material suficiente, falta material de higiene pessoal e limpeza, cujas licitações até hoje também não foram realizadas!
3) Em terceiro lugar, gostaríamos de falar quanto à qualificação de nossos pares, os profissionais da Educação, o que incluem os ACTs.
É preciso ressaltar que estamos muito preocupados em como administrar a escola com a falta de profissionais habilitados em sala de aula. Precisamos de docentes que sejam formados em Licenciatura; uma vez que temos recebido muitos profissionais liberais e/ou sem formação docente na área de atuação, o que compromete a qualidade de ensino.
É importante ressaltar ainda que, se Santa Catarina registra importantes e positivos índices no cenário Nacional, isso se deve aos professores efetivos e/ou habilitados que, mesmo não contando com melhores condições de trabalho, fazem um excelente trabalho, dando o melhor de si em sala de aula. Mérito desta mesma categoria que luta pelo seu Plano de Carreira e salários um pouco melhor!
4) Em quarto lugar, queremos registrar, mais uma vez, a necessidade de demonstração de respeito ao profissional de Educação.
O achatamento da tabela salarial, apresentado no projeto enviado, vai desmotivar ainda mais esta categoria, inviabilizando ao professor formado a contínua Especialização. Qual o profissional da Educação quererá seguir em uma Pós-Graduação? E o professor que terminou a Especialização, como terá estímulos para seguir um Mestrado ou Doutorado? E o que já é Mestre ou Doutor, por quais motivos quererá permanecer no Magistério, tendo outras oportunidades que lhe pagarão mais?
Esse desrespeito da nova tabela implicará em um grande esvaziamento de habilitados, falta de procura por cursos de licenciatura nas universidades e um queda irreparável na Educação, trazendo mais mídia negativa e outros inúmeros problemas de ordem comportamental na escola, uma vez que os que estarão lecionando, não terão metodologia nem didática para lidar com os problemas escolares.
5) Em quinto e último lugar, mas não menos importante, precisamos deixar a pergunta: como administrar a escola, diante da negativa do Governo Estadual, após a greve?
Nós, antes de sermos cargos comissionados, somos professores. Diante desse desrespeito, como lidaremos com nossos colegas, na volta da greve? Como administraremos o retorno de nossos companheiros que também estarão lutando por um salário que também é nosso, já que daqui a algum tempo, estaremos de volta às salas de aula?
São questões delicadas como estas que nos deixam preocupados, pois queremos garantir a ordem e o respeito ao Governo do Estado, mas queremos também garantir que seremos todos respeitados como docentes, profissionais de carreira.
Por todas as observações e justificativas acima elencadas, gostaríamos de fazer um pedido nada mais que justo: que fossem reabertas as negociações, mas que, desta vez, o grupo de professores fosse de fato ouvido e que fosse levado em consideração o Plano de Cargos e Salários desta categoria, uma vez que é ele quem garante a formação continuada do profissional da Educação e a conseqüente e permanente qualidade do ensino no Estado de Santa Catarina.
Por termos a certeza de que seremos atendidos e as negociações reabertas, despedimo-nos, mui respeitosamente.
Atenciosamente, Diretores e Assessores da 21ª GERED.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acessoe em 23/06/2011.
“Carta enviada por email A TODOS OS PROFESSORES….SOLIDARIEDADE DOS DIRETORES,
Criciúma, 27 de maio de 2011.
Exmo. Governador do Estado de Santa Catarina
Sr. Raimundo Colombo
Nós, diretores e assessores da 21ª GERED – Gerência de Educação, no anseio de buscar sempre a melhoria da qualidade da Educação Catarinense, preocupados com o desempenho do Governo do Estado do qual participamos ativamente da campanha eleitoral, e temos trabalhado sempre na intenção de que este governo dê certo, fazendo uma excelente administração. No entanto, de alguma forma, compreendemos também que, em algum momento, o governo não teve o suporte necessário para munir-se de informações suficientes, a fim de conhecer a realidade vivida por dezenas de escolas e milhares de professores catarinenses. Na continuidade deste relato, tentaremos explicitar estas angústias que compartilhamos juntos, já que, embora estejamos na situação de gestores, somos, acima de tudo, docentes que amam sua profissão!
O Plano de Carreira dos profissionais da Educação é um fato. É fruto do trabalho docente, de uma categoria que esteve sempre em luta por seu merecido respeito e reconhecimento, tanto da Educação quanto do Governo. O que percebemos no atual momento é que este Governo não chegou a, de fato, ouvir o que esta categoria tem a dizer! Pela leitura feita das discussões em torno da nova tabela salarial, junto aos Governos Estadual e Federal, compreendemos que o nosso Plano de Carreira deveria ter sido respeitado e, pelo acompanhamento que temos tido pela mídia, a intolerância tem partido sempre do Governo! Temos certeza de que, caso apareçam as suficientes informações para que as negociações de fato aconteçam, teremos um outro quadro no Magistério catarinense em breve e a greve cessará rapidamente.
Como gestores, ainda gostaríamos de listar alguns problemas que temos compartilhado há algum tempo, sem retorno, e que nos têm deixado bastante preocupados e já sem muitos argumentos diante da comunidade escolar, justamente porque tentamos manter a boa imagem do Governo do Estado de Santa Catarina:
1) Primeiramente, o ano letivo iniciou-se conturbado, devido à falta de professores (tanto efetivos quanto de ACTs).
A percepção geral foi a de total falta de organização na Secretaria de Educação.
Houve muita demora na indicação dos diretores, o que causou certo desconforto entre os atuais gestores, secretárias e corpo docente.
A licitação de material de expediente, que até hoje não aconteceu, é um dos mais graves problemas que a escola vem sofrendo até o momento: como trabalhar sem materiais como folhas de papel, caneta esferográfica, clipes, lápis…?
2) Em segundo lugar, a estrutura de inúmeras escolas vem sofrendo com a falta de muitas coisas.
As instalações elétricas são inadequadas. O princípio de incêndio é iminente em várias Unidades de Ensino, cujas instalações já foram fotografadas, feitos relatórios, projetos, mas nada ainda foi resolvido. Não queremos e não podemos aguardar uma tragédia ocorrer e parar na mídia negativa, precisamos evitar estes acontecimentos o mais depressa possível.
As reformas estão sendo aguardadas há muito tempo. Há problemas na estrutura física, paredes rachadas, calçadas quebradas, falta de manutenção em prédios antigos, janelas e portas apodrecidas, azulejos quebrados, pisos de sala de aula com tacos antigos, cheios de cupim ou faltando unidades, o que passa a ser perigoso ao bem-estar tanto do aluno quanto do professor; além de visivelmente negativo quando aberto ao público, dando mais uma vez, uma impressão negativa da escola (Projetos como Feiras, Gincanas, Escola Aberta, Concursos Públicos, Palestras, Reportagens…).
Há trabalho sem material suficiente, falta material de higiene pessoal e limpeza, cujas licitações até hoje também não foram realizadas!
3) Em terceiro lugar, gostaríamos de falar quanto à qualificação de nossos pares, os profissionais da Educação, o que incluem os ACTs.
É preciso ressaltar que estamos muito preocupados em como administrar a escola com a falta de profissionais habilitados em sala de aula. Precisamos de docentes que sejam formados em Licenciatura; uma vez que temos recebido muitos profissionais liberais e/ou sem formação docente na área de atuação, o que compromete a qualidade de ensino.
É importante ressaltar ainda que, se Santa Catarina registra importantes e positivos índices no cenário Nacional, isso se deve aos professores efetivos e/ou habilitados que, mesmo não contando com melhores condições de trabalho, fazem um excelente trabalho, dando o melhor de si em sala de aula. Mérito desta mesma categoria que luta pelo seu Plano de Carreira e salários um pouco melhor!
4) Em quarto lugar, queremos registrar, mais uma vez, a necessidade de demonstração de respeito ao profissional de Educação.
O achatamento da tabela salarial, apresentado no projeto enviado, vai desmotivar ainda mais esta categoria, inviabilizando ao professor formado a contínua Especialização. Qual o profissional da Educação quererá seguir em uma Pós-Graduação? E o professor que terminou a Especialização, como terá estímulos para seguir um Mestrado ou Doutorado? E o que já é Mestre ou Doutor, por quais motivos quererá permanecer no Magistério, tendo outras oportunidades que lhe pagarão mais?
Esse desrespeito da nova tabela implicará em um grande esvaziamento de habilitados, falta de procura por cursos de licenciatura nas universidades e um queda irreparável na Educação, trazendo mais mídia negativa e outros inúmeros problemas de ordem comportamental na escola, uma vez que os que estarão lecionando, não terão metodologia nem didática para lidar com os problemas escolares.
5) Em quinto e último lugar, mas não menos importante, precisamos deixar a pergunta: como administrar a escola, diante da negativa do Governo Estadual, após a greve?
Nós, antes de sermos cargos comissionados, somos professores. Diante desse desrespeito, como lidaremos com nossos colegas, na volta da greve? Como administraremos o retorno de nossos companheiros que também estarão lutando por um salário que também é nosso, já que daqui a algum tempo, estaremos de volta às salas de aula?
São questões delicadas como estas que nos deixam preocupados, pois queremos garantir a ordem e o respeito ao Governo do Estado, mas queremos também garantir que seremos todos respeitados como docentes, profissionais de carreira.
Por todas as observações e justificativas acima elencadas, gostaríamos de fazer um pedido nada mais que justo: que fossem reabertas as negociações, mas que, desta vez, o grupo de professores fosse de fato ouvido e que fosse levado em consideração o Plano de Cargos e Salários desta categoria, uma vez que é ele quem garante a formação continuada do profissional da Educação e a conseqüente e permanente qualidade do ensino no Estado de Santa Catarina.
Por termos a certeza de que seremos atendidos e as negociações reabertas, despedimo-nos, mui respeitosamente.
Atenciosamente, Diretores e Assessores da 21ª GERED.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acessoe em 23/06/2011.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Deveria julgar essa aberração….retirou mais coisas do que ofereceu…mentiu de novo..os valores não são os mesmos da proposta, que era ruim e ficou pior. vejam:
Deveria julgar essa aberração….retirou mais coisas do que ofereceu…mentiu de novo..os valores não são os mesmos da proposta, que era ruim e ficou pior. vejam:
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 189, de 20 de junho de 2011
Modifica o valor de vencimento, altera gratificações, absorve e extingue vantagens pecuniárias dos membros do Magistério Público Estadual, ativos e inativos e estabelece outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,
no uso da atribuição que lhe confere o art. 51 da Constituição Estadual, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art.1º Fica fixado nos termos do Anexo Único desta Medida Provisória, nos respectivos níveis e referências, o valor do vencimento para os cargos de carreira integrantes do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual com regime de 40 horas semanais.
Parágrafo único. O vencimento do professor com regime de 30 (trinta), 20 (vinte) e 10 (dez) horas semanais de trabalho, é fixado, respectivamente, em 75% (setenta e cinco por cento), 50% (cinqüenta por cento) e 25% (vinte e cinco por cento), dos valores constantes no Anexo Único desta Medida Provisória.
Art.2º Os arts. 6º, 10, 11 e 12 da Lei Complementar nº 1.139, de 28 de outubro de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.6º O professor poderá ministrar aulas acima do limite estabelecido no § 4º do artigo anterior e perceberá sob a forma de aulas excedentes, a base de 1,5% (um virgula cinco por cento) por aula, calculado sobre o vencimento do cargo efetivo, considerando a carga horária de 40 (quarenta) horas, não podendo ultrapassar a 08 (oito), 06 (seis), 04 (quatro) ou 02 (duas) aulas excedentes para as cargas horárias de 40 (quarenta), 30 (trinta), 20 (vinte) ou 10 (dez) horas semanais de trabalho, respectivamente.
………………………………………………………………………………………….
Art.10. Aos ocupantes do cargo de Professor que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, Educação Infantil e Educação Especial será paga gratificação de incentivo à regência de classe equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) sobre o vencimento do cargo efetivo, correspondente à carga horária do efetivo exercício em regência de classe.
………………………………………………………………………………………….
§ 3º Os ocupantes de cargos do Grupo Magistério, à disposição da Fundação Catarinense de Educação Especial e em exercício nas Escolas Especiais administradas pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, nas funções de Diretor, Orientador Pedagógico e Secretário, farão jus a gratificação de 25% (vinte e cinco por cento), incidente sobre os respectivos vencimentos.
………………………………………………………………………………………….
Art.11. Aos ocupantes do cargo de Professor que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio será paga gratificação de incentivo à ministração de aulas, no percentual 17% (dezessete por cento) sobre o valor do respectivo cargo efetivo, com regime de 40 (quarenta), 30 (trinta), 20 (vinte) ou 10 (dez) horas semanais, conforme o número de aulas, da seguinte forma:
………………………………………………………………………………………….
Art.12. Aos ocupantes do cargo de Especialista em Assuntos Educacionais, Consultor Educacional, Assistente Técnico Pedagógico e Assistente de Educação será paga gratificação pelo exercício de função especializada de magistério, equivalente a 15% (quinze por cento) sobre o valor do vencimento do cargo efetivo.” (NR)
Art.3º Aplica-se o disposto no caput do artigo 12 da Lei nº 1.139, de 1992, aos membros do Magistério Público Estadual lotados e em exercício no órgão central da Secretaria de Estado da Educação e nas Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional, nos termos da Lei Complementar nº 284, de 28 de fevereiro de 2005.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput dos artigos 10,11 e 12, da Lei nº 1.139, de 1992, ao membro do Magistério Público Estadual inativo, desde que tenha incorporado nos proventos de aposentadoria o direito à percepção das gratificações referentes ao efetivo exercício das funções do cargo.
Art.4º O artigo 28 da Lei Complementar nº 1.139, de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.28. É assegurado ao membro do magistério o direito de receber a mais, o equivalente a 80% (oitenta por cento) do valor do vencimento do cargo, por mês de licença-prêmio não gozada e trabalhada, desde que de forma integral, não podendo ultrapassar a um período por ano.” (NR)
Art.5º O parágrafo único do art. 161 da Lei Complementar nº 381, de 07 de maio de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.161……………………………………………………………………………..
Parágrafo único. As gratificações de que trata este artigo serão calculadas com base no vencimento do nível MAG-08-B, 40 horas, do Grupo Magistério Público Estadual.” (NR)
Art.6º A Gratificação prevista no parágrafo 3º, artigo 2º da Lei Complementar 304, de 04 de novembro de 2005, com nova redação dada pelo artigo 7º da Lei Complementar 457, de 11 de agosto de 2009, será calculada com base no vencimento do nível MAG-06-A, 40 horas, do Grupo Magistério Publico Estadual.
Art.7º Os percentuais previstos no Anexo XII, da Lei Complementar nº 534, de 20 de abril de 2011, passam a incidir sobre o vencimento do nível MAG-08-B, 40 horas, do Grupo Magistério Público Estadual.
Art.8º O percentual de aumento concedido ao vencimento dos cargos de carreira integrantes do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual não incidirá sobre a Vantagem Nominalmente Identificável instituída pela Lei Complementar nº 83, de 18 de março de 1993.
Parágrafo único. A vantagem referida neste artigo será aumentada, exclusivamente, nas mesmas datas e índices da revisão geral do funcionalismo público estadual, prevista no art. 37, inciso X, da Constituição Federal.
Art.9º Ficam absorvidas e extintas pelo aumento no valor do vencimento previsto no anexo único desta Medida Provisória:
I – a vantagem denominada Complemento ao Piso Nacional do Magistério – CPNM, prevista no art. 4º da Lei Complementar nº 455, de 11 de agosto de 2009;
II – o Prêmio Educar previsto nos artigos 1º e 2º da Lei 14.406, de 09 de abril de 2008;
III – o Prêmio Jubilar previsto nos artigos 1º e 2º da Lei 14.466, de 23 de julho de 2008.
Art.10. Ficam revogados:
I – o artigo 26 da Lei nº 1.139, de 28 de outubro de 1992;
II – o artigo 39 da Lei nº 1.139, de 28 de outubro de 1992;
III – o artigo 6º da Lei nº 9.847, de 15 de maio de 1995;
IV – o art. 7º da Lei nº 9.847, de 15 de maio de 1995;
V – o art. 2º da Lei nº 9.860, de 21 de junho de 1995;
VI – a Lei nº 9.888, de 19 de julho de 1995;
VII – o artigo 2º da Lei Complementar nº 304, de 04 de novembro de 2005;
VIII – o artigo 28 da Lei Complementar nº 456, de 11 de agosto de 2009;
IX – a Medida Provisória nº 188, de 23 de maio de 2011.
Art.11. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a contar de 1º de maio de 2011.
Florianópolis, 20 de junho de 2011.
JOÃO RAIMUNDO COLOMBO
Governador do Estado
ANEXO ÚNICO
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
2 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.197,00 1.197,00 1.197,00
3 1.197,00 1.221,00 1.221,00 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00
4 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10
5 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14
6 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14 1.407,47 1.442,66 1.478,73
7 1.380,00 1.414,50 1.449,86 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38
8 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43
9 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95
10 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65
11 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33
12 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33 2.206,14 2.261,29 2.317,82
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/21/acao-de-ilegalidade-ja-tem-relator/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 21/06/2011.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 189, de 20 de junho de 2011
Modifica o valor de vencimento, altera gratificações, absorve e extingue vantagens pecuniárias dos membros do Magistério Público Estadual, ativos e inativos e estabelece outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,
no uso da atribuição que lhe confere o art. 51 da Constituição Estadual, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art.1º Fica fixado nos termos do Anexo Único desta Medida Provisória, nos respectivos níveis e referências, o valor do vencimento para os cargos de carreira integrantes do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual com regime de 40 horas semanais.
Parágrafo único. O vencimento do professor com regime de 30 (trinta), 20 (vinte) e 10 (dez) horas semanais de trabalho, é fixado, respectivamente, em 75% (setenta e cinco por cento), 50% (cinqüenta por cento) e 25% (vinte e cinco por cento), dos valores constantes no Anexo Único desta Medida Provisória.
Art.2º Os arts. 6º, 10, 11 e 12 da Lei Complementar nº 1.139, de 28 de outubro de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.6º O professor poderá ministrar aulas acima do limite estabelecido no § 4º do artigo anterior e perceberá sob a forma de aulas excedentes, a base de 1,5% (um virgula cinco por cento) por aula, calculado sobre o vencimento do cargo efetivo, considerando a carga horária de 40 (quarenta) horas, não podendo ultrapassar a 08 (oito), 06 (seis), 04 (quatro) ou 02 (duas) aulas excedentes para as cargas horárias de 40 (quarenta), 30 (trinta), 20 (vinte) ou 10 (dez) horas semanais de trabalho, respectivamente.
………………………………………………………………………………………….
Art.10. Aos ocupantes do cargo de Professor que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, Educação Infantil e Educação Especial será paga gratificação de incentivo à regência de classe equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) sobre o vencimento do cargo efetivo, correspondente à carga horária do efetivo exercício em regência de classe.
………………………………………………………………………………………….
§ 3º Os ocupantes de cargos do Grupo Magistério, à disposição da Fundação Catarinense de Educação Especial e em exercício nas Escolas Especiais administradas pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, nas funções de Diretor, Orientador Pedagógico e Secretário, farão jus a gratificação de 25% (vinte e cinco por cento), incidente sobre os respectivos vencimentos.
………………………………………………………………………………………….
Art.11. Aos ocupantes do cargo de Professor que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio será paga gratificação de incentivo à ministração de aulas, no percentual 17% (dezessete por cento) sobre o valor do respectivo cargo efetivo, com regime de 40 (quarenta), 30 (trinta), 20 (vinte) ou 10 (dez) horas semanais, conforme o número de aulas, da seguinte forma:
………………………………………………………………………………………….
Art.12. Aos ocupantes do cargo de Especialista em Assuntos Educacionais, Consultor Educacional, Assistente Técnico Pedagógico e Assistente de Educação será paga gratificação pelo exercício de função especializada de magistério, equivalente a 15% (quinze por cento) sobre o valor do vencimento do cargo efetivo.” (NR)
Art.3º Aplica-se o disposto no caput do artigo 12 da Lei nº 1.139, de 1992, aos membros do Magistério Público Estadual lotados e em exercício no órgão central da Secretaria de Estado da Educação e nas Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional, nos termos da Lei Complementar nº 284, de 28 de fevereiro de 2005.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput dos artigos 10,11 e 12, da Lei nº 1.139, de 1992, ao membro do Magistério Público Estadual inativo, desde que tenha incorporado nos proventos de aposentadoria o direito à percepção das gratificações referentes ao efetivo exercício das funções do cargo.
Art.4º O artigo 28 da Lei Complementar nº 1.139, de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.28. É assegurado ao membro do magistério o direito de receber a mais, o equivalente a 80% (oitenta por cento) do valor do vencimento do cargo, por mês de licença-prêmio não gozada e trabalhada, desde que de forma integral, não podendo ultrapassar a um período por ano.” (NR)
Art.5º O parágrafo único do art. 161 da Lei Complementar nº 381, de 07 de maio de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.161……………………………………………………………………………..
Parágrafo único. As gratificações de que trata este artigo serão calculadas com base no vencimento do nível MAG-08-B, 40 horas, do Grupo Magistério Público Estadual.” (NR)
Art.6º A Gratificação prevista no parágrafo 3º, artigo 2º da Lei Complementar 304, de 04 de novembro de 2005, com nova redação dada pelo artigo 7º da Lei Complementar 457, de 11 de agosto de 2009, será calculada com base no vencimento do nível MAG-06-A, 40 horas, do Grupo Magistério Publico Estadual.
Art.7º Os percentuais previstos no Anexo XII, da Lei Complementar nº 534, de 20 de abril de 2011, passam a incidir sobre o vencimento do nível MAG-08-B, 40 horas, do Grupo Magistério Público Estadual.
Art.8º O percentual de aumento concedido ao vencimento dos cargos de carreira integrantes do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual não incidirá sobre a Vantagem Nominalmente Identificável instituída pela Lei Complementar nº 83, de 18 de março de 1993.
Parágrafo único. A vantagem referida neste artigo será aumentada, exclusivamente, nas mesmas datas e índices da revisão geral do funcionalismo público estadual, prevista no art. 37, inciso X, da Constituição Federal.
Art.9º Ficam absorvidas e extintas pelo aumento no valor do vencimento previsto no anexo único desta Medida Provisória:
I – a vantagem denominada Complemento ao Piso Nacional do Magistério – CPNM, prevista no art. 4º da Lei Complementar nº 455, de 11 de agosto de 2009;
II – o Prêmio Educar previsto nos artigos 1º e 2º da Lei 14.406, de 09 de abril de 2008;
III – o Prêmio Jubilar previsto nos artigos 1º e 2º da Lei 14.466, de 23 de julho de 2008.
Art.10. Ficam revogados:
I – o artigo 26 da Lei nº 1.139, de 28 de outubro de 1992;
II – o artigo 39 da Lei nº 1.139, de 28 de outubro de 1992;
III – o artigo 6º da Lei nº 9.847, de 15 de maio de 1995;
IV – o art. 7º da Lei nº 9.847, de 15 de maio de 1995;
V – o art. 2º da Lei nº 9.860, de 21 de junho de 1995;
VI – a Lei nº 9.888, de 19 de julho de 1995;
VII – o artigo 2º da Lei Complementar nº 304, de 04 de novembro de 2005;
VIII – o artigo 28 da Lei Complementar nº 456, de 11 de agosto de 2009;
IX – a Medida Provisória nº 188, de 23 de maio de 2011.
Art.11. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a contar de 1º de maio de 2011.
Florianópolis, 20 de junho de 2011.
JOÃO RAIMUNDO COLOMBO
Governador do Estado
ANEXO ÚNICO
NÍVEL R E F E R Ê N C I A S
A B C D E F G
1 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
2 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.197,00 1.197,00 1.197,00
3 1.197,00 1.221,00 1.221,00 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00
4 1.221,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10
5 1.244,00 1.244,00 1.244,00 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14
6 1.275,10 1.306,98 1.339,65 1.373,14 1.407,47 1.442,66 1.478,73
7 1.380,00 1.414,50 1.449,86 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38
8 1.486,11 1.523,26 1.561,34 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43
9 1.600,38 1.640,39 1.681,40 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95
10 1.723,43 1.766,52 1.810,68 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65
11 1.855,95 1.902,35 1.949,90 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33
12 1.998,65 2.048,62 2.099,83 2.152,33 2.206,14 2.261,29 2.317,82
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/21/acao-de-ilegalidade-ja-tem-relator/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 21/06/2011.
sábado, 18 de junho de 2011
O 13º MÊS NÃO EXISTE
Gracinha diz:
18 de junho de 2011 às 1:28 am
O 13º MÊS NÃO EXISTE ”
Os ingleses pagam à semana e claro, administrativamente é uma seca! Mas …
diz-se que há sempre uma razão para as coisas! Ora bem, cá está um exemplo
aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas
talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica
enganosa. Que é esta que constroi mitos paternalistas e abençoados que a
malta mais pobre, estupidamente atenta e obrigada, come sem pensar!
*Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos
(lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas
brilhantes teorias…*
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º
mês.
Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê.
Respondo: *Porque o 13º mês não existe.*
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema
capitalista,
e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os
trabalhadores.
Suponhamos que você ganha ¤ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário
por 12 meses,
você recebe um total de ¤ 8.400,00 por um ano de doze meses.
¤ 700*12 = ¤ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão cristão manda então pagar-lhe o conhecido 13º
mês.
¤ 8.400,00 + 13º mês = ¤ 9.100,00
¤ 8.400,00 (Salário anual) + ¤ 700,00 (13º mês) = ¤ 9.100 (Salário
anual mais o 13º mês)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas
simples contas que aprendeu no 1º Ciclo:
Se o trabalhador recebe ¤ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa
que ganha por semana ¤ 175,00.
¤ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = ¤ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos ¤ 175,00 (Salário semanal) por 52
(número de semanas anuais) o resultado será ¤ 9.100,00.
¤ 175,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = ¤ 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês
Surpresa, surpresa ? Onde está portanto o 13º Mês?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham
dado conta desse facto simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano,
pela simples razão de que há meses com 30 dias,
outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim,
apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas)
o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês,
cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
*Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo
é duplo.*
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes.
Não existe nenhum 13º mês.
O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
*Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.*
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/17/inedito-voce-tem-experiencia/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 18/06/2011.
18 de junho de 2011 às 1:28 am
O 13º MÊS NÃO EXISTE ”
Os ingleses pagam à semana e claro, administrativamente é uma seca! Mas …
diz-se que há sempre uma razão para as coisas! Ora bem, cá está um exemplo
aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas
talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica
enganosa. Que é esta que constroi mitos paternalistas e abençoados que a
malta mais pobre, estupidamente atenta e obrigada, come sem pensar!
*Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos
(lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas
brilhantes teorias…*
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º
mês.
Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê.
Respondo: *Porque o 13º mês não existe.*
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema
capitalista,
e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os
trabalhadores.
Suponhamos que você ganha ¤ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário
por 12 meses,
você recebe um total de ¤ 8.400,00 por um ano de doze meses.
¤ 700*12 = ¤ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão cristão manda então pagar-lhe o conhecido 13º
mês.
¤ 8.400,00 + 13º mês = ¤ 9.100,00
¤ 8.400,00 (Salário anual) + ¤ 700,00 (13º mês) = ¤ 9.100 (Salário
anual mais o 13º mês)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas
simples contas que aprendeu no 1º Ciclo:
Se o trabalhador recebe ¤ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa
que ganha por semana ¤ 175,00.
¤ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = ¤ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos ¤ 175,00 (Salário semanal) por 52
(número de semanas anuais) o resultado será ¤ 9.100,00.
¤ 175,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = ¤ 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês
Surpresa, surpresa ? Onde está portanto o 13º Mês?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham
dado conta desse facto simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano,
pela simples razão de que há meses com 30 dias,
outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim,
apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas)
o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês,
cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
*Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo
é duplo.*
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes.
Não existe nenhum 13º mês.
O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
*Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.*
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/17/inedito-voce-tem-experiencia/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 18/06/2011.
Inédito: “Você tem experiência?”
17 de junho de 2011
Professora Elisete Gadotti envia uma profunda reflexão sobre uma experiência como professora. O texto é longo, mas merece leitura e análise. Confira: “Moacir: Todas as vezes que procuro no seu blog informações sobre nosso movimento, fico imaginando o que pode pensar um jornalista quando recebe tantos textos, manifestações de apoio e até comentários desagradáveis, sobre uma categoria com tantas razões para lutar e ao mesmo tempo nem sempre entendida na sua busca. Mas o que mais me deixa satisfeita é saber que seu trabalho esta unindo numa só corrente professores do sul e norte, do leste e do oeste de Santa Catarina não só na luta mas também na possibilidade de ser informado quase em tempo real dos fatos ocorridos neste incansável trabalho do SINTE e Comando de Greve, junto a intransigência do Governo Colombo. Criticas sempre irão surgir, mas com certeza teremos maturidade para analisar, concordar, discordar sem ofender..
E-mail deveriam ser breves, rápidos mas não consegui conter minha vontade de falar, escrever e encaminho para você o texto que hoje elaborei:
No processo de seleção de várias empresas, os candidatos precisam responder a seguinte pergunta:
‘Você tem experiência’?
O texto abaixo foi adaptado por mim, de uma redação verdadeira desenvolvida por um dos candidatos a cargo em uma grande empresa. Ele talvez tenha sido aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e eu refletindo sobre esse texto coloquei aqui a minha experiência enquanto professora da rede estadual de educação de Santa Catarina.
Esta é a minha versão sobre o tema EXPERIÊNCIA:
Já desafiei o meu Pai e insisti em fazer curso superior na área de Educação.
Já aprendi com meus mestres da FURB – BLUMENAU, inúmeras práticas para trabalhar com Ed. Física, sempre com o melhor material.
Eu já peguei carona com várias pessoas em Blumenau para chegar ao local das aulas sem custos e sem atrasos. E assim consegui me formar em 1985, com muito estudo, esforço e determinação. Usando como espelho os meus professores do ensino fundamental e médio.
Já trabalhei em diversas escolas como ACT, até me efetivar por concurso na rede estadual de educação.
Já vibrei com o aluno que conseguiu pela primeira vez pular num pé só ou pular corda pela primeira vez.
Já vibrei junto com as professoras das séries iniciais, quando os alunos conseguiram ler as primeiras sílabas, e muito mais quando conseguiram escrever as primeiras palavras sozinhas.
Já corri para não perder o ônibus, para chegar no horário na escola.
Já passei do ponto muitas vezes, por ter dormido no ônibus.
Já tomei banho de chuva junto com meus alunos no pátio da escola, jogando bola.
Já almocei durante vários anos na escola.
Já trabalhei 60 horas.
Já fui diretora de escola, onde comunidade e escola caminhavam no mesmo sentido.
Já vendi rifa, bingo, já fui levar alunos para passeios de formatura em Hotel Fazenda.
Já fui a velórios de pais e avós de alunos e até de ex-alunos. E o mais doído, já fui a velórios de alunos.
Já levei alunos para competições, já subi em telhado para tirar bola, para arrumar telhas. Já subi em escadas para pendurar bandeirinhas de festa junina, e já coreografei várias danças.
Já trabalhei na APAE, e levei os alunos para competições onde ficaram alojados fora de casa.
Já organizei Corrida da Amizade, onde a pessoa dita normal corria ou acompanhava o portador de necessidades especiais no percurso estabelecido
Já comprei uniforme para dar aos meus alunos, já coloquei meu carro a disposição deles para não perder horário de competições.
Já participei de campanhas de alimentos para alunos carentes e até para professores.
Já fui buscar aluno em casa.
Já fui pegar aluno gazeando na rua.
Já chorei ouvindo a história de vida de meus alunos.
Já esqueci o nome de muitos alunos…
Já conheci os filhos dos meus alunos e até já dei aula para eles.
Já subi em árvore com meus alunos para pegar fruta.
Já tomei soco de aluno e ouvi do promotor público: “Ele é de menor”, não dá para fazer nada.
Já pensei em chutar o balde e desistir.
Já chorei sentado no chão do banheiro da escola, quando meu pagamento veio errado.
Já li mensagens do tipo: “Antes que chore a minha mãe, que chore a sua”.
Já enfrentei diretoras impostas pelo Governo, já organizei eleição de Diretores, Grêmio e Conselho Deliberativo.
Já comprei cuecas para alunos se trocarem, pois a GERED não licitou papel higiênico.
Já fiz denúncia para ouvidora do Estado e nada foi resolvido.
Já procurei o Ministério Público para denunciar obra da quadra inacabada e ainda não montei o processo.
Já vi meus amigos de profissão em greve (2008) e eu cumprindo horário.
Já vi traficantes na frente da escola, e quando busquei o apoio da Polícia e do Conselho Tutelar não tive respaldo.
Já vi meus alunos envolvidos com drogas… E muitas vezes sem força e apoio para tirá-los.
Já vi meus alunos adolescentes bebendo e fumando sem medo e nem responsabilidade…
Já separei briga de alunos, alunas e até de pais…
Já vi meus alunos dirigindo carro próprio…
Já senti medo de aluno e já enfrentei muitos.
Já os defendi em muitas situações.
Já socorri vários alunos machucados e com fraturas.
Já apostei corrida na praia com meus alunos, já joguei queimada, futebol, vôlei, handebol e basquete com meus alunos.
Já participei de gincanas, passeatas, manifestações.
Já precisei driblar paixões de alunos e alunas.
Já fiz material de sucata, para ser usado por alunos.
Já trabalhei com muito material disponível e com nada para trabalhar.
Já trabalhei em pátio de chão batido, grama, na rua, na praia e em quadra. Mas nunca trabalhei em local fechado, sempre em local aberto. E com isso já passei frio, já me queimei com o sol, já vi trovões e muita chuva.
Já dei aula em sala e no refeitório…
Já fiz escolinha de xadrez e levei meus alunos para competições.
Já fui chamada de Dona,de Profê, e até de Pro.
Já vi meu alunos acordarem as 3horas da manhã para recolher material reciclado, trabalhar até as 12:00 e estudar no período da tarde.
Já vi pais tirando alunos da escola para irem trabalhar…
Já vi alunos desanimados e sem objetivos…
Já vi pais irresponsáveis…
Já vi alunos chorarem pelo primeiro amor…
Já deitei na quadra com meus alunos para ensinar elefantinho, aviãozinho e outras artes mais
Já chorei ao ver amigos partindo da escola ou mesmo desta vida.
Já vi meus colegas chorando pelos filhos doentes, pelos filhos partindo.
Já acompanhei amigos de profissão lutando contra câncer, depressão e outros males. Eu mesma luto contra Síndrome do Pânico.
Foram tantas experiências, momentos fotografados pelas lentes da emoção.
E agora ao ler este e-mail fico pensando, relembrando essas experiências e os anos dedicados à educação e só uma pergunta ecoa no meu cérebro: experiência… experiência… Será que é necessário ter experiência?
Será que ainda vale a pena sonhar …
E encerrando esta releitura do texto preciso perguntar:
EXPERIÊNCIA PARA QUE?
SERÁ QUE ESCOLHI A PROFISSÃO ERRADA?
CURSOS, FORMAÇÃO CONTINUADA PARA QUE?
Como fiz a releitura de um texto que recebi, usei o mesmo na primeira pessoa, mas minha experiência não seria nada sem os colegas de Profissão: professores, especialistas, serventes, merendeiras e direção.
Será que um dia Educação será prioridade para algum governante desse Estado?
Será que são os professores que estão errados?
Será que a experiência que temos, que vivemos será desconsiderada e transformada em poucos reais?
Sinceramente….
Profª Elizete Ana Gadotti,E.E.B. Anita Garibaldi,Meia Praia – Itapema.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 18/06/2011.
Professora Elisete Gadotti envia uma profunda reflexão sobre uma experiência como professora. O texto é longo, mas merece leitura e análise. Confira: “Moacir: Todas as vezes que procuro no seu blog informações sobre nosso movimento, fico imaginando o que pode pensar um jornalista quando recebe tantos textos, manifestações de apoio e até comentários desagradáveis, sobre uma categoria com tantas razões para lutar e ao mesmo tempo nem sempre entendida na sua busca. Mas o que mais me deixa satisfeita é saber que seu trabalho esta unindo numa só corrente professores do sul e norte, do leste e do oeste de Santa Catarina não só na luta mas também na possibilidade de ser informado quase em tempo real dos fatos ocorridos neste incansável trabalho do SINTE e Comando de Greve, junto a intransigência do Governo Colombo. Criticas sempre irão surgir, mas com certeza teremos maturidade para analisar, concordar, discordar sem ofender..
E-mail deveriam ser breves, rápidos mas não consegui conter minha vontade de falar, escrever e encaminho para você o texto que hoje elaborei:
No processo de seleção de várias empresas, os candidatos precisam responder a seguinte pergunta:
‘Você tem experiência’?
O texto abaixo foi adaptado por mim, de uma redação verdadeira desenvolvida por um dos candidatos a cargo em uma grande empresa. Ele talvez tenha sido aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e eu refletindo sobre esse texto coloquei aqui a minha experiência enquanto professora da rede estadual de educação de Santa Catarina.
Esta é a minha versão sobre o tema EXPERIÊNCIA:
Já desafiei o meu Pai e insisti em fazer curso superior na área de Educação.
Já aprendi com meus mestres da FURB – BLUMENAU, inúmeras práticas para trabalhar com Ed. Física, sempre com o melhor material.
Eu já peguei carona com várias pessoas em Blumenau para chegar ao local das aulas sem custos e sem atrasos. E assim consegui me formar em 1985, com muito estudo, esforço e determinação. Usando como espelho os meus professores do ensino fundamental e médio.
Já trabalhei em diversas escolas como ACT, até me efetivar por concurso na rede estadual de educação.
Já vibrei com o aluno que conseguiu pela primeira vez pular num pé só ou pular corda pela primeira vez.
Já vibrei junto com as professoras das séries iniciais, quando os alunos conseguiram ler as primeiras sílabas, e muito mais quando conseguiram escrever as primeiras palavras sozinhas.
Já corri para não perder o ônibus, para chegar no horário na escola.
Já passei do ponto muitas vezes, por ter dormido no ônibus.
Já tomei banho de chuva junto com meus alunos no pátio da escola, jogando bola.
Já almocei durante vários anos na escola.
Já trabalhei 60 horas.
Já fui diretora de escola, onde comunidade e escola caminhavam no mesmo sentido.
Já vendi rifa, bingo, já fui levar alunos para passeios de formatura em Hotel Fazenda.
Já fui a velórios de pais e avós de alunos e até de ex-alunos. E o mais doído, já fui a velórios de alunos.
Já levei alunos para competições, já subi em telhado para tirar bola, para arrumar telhas. Já subi em escadas para pendurar bandeirinhas de festa junina, e já coreografei várias danças.
Já trabalhei na APAE, e levei os alunos para competições onde ficaram alojados fora de casa.
Já organizei Corrida da Amizade, onde a pessoa dita normal corria ou acompanhava o portador de necessidades especiais no percurso estabelecido
Já comprei uniforme para dar aos meus alunos, já coloquei meu carro a disposição deles para não perder horário de competições.
Já participei de campanhas de alimentos para alunos carentes e até para professores.
Já fui buscar aluno em casa.
Já fui pegar aluno gazeando na rua.
Já chorei ouvindo a história de vida de meus alunos.
Já esqueci o nome de muitos alunos…
Já conheci os filhos dos meus alunos e até já dei aula para eles.
Já subi em árvore com meus alunos para pegar fruta.
Já tomei soco de aluno e ouvi do promotor público: “Ele é de menor”, não dá para fazer nada.
Já pensei em chutar o balde e desistir.
Já chorei sentado no chão do banheiro da escola, quando meu pagamento veio errado.
Já li mensagens do tipo: “Antes que chore a minha mãe, que chore a sua”.
Já enfrentei diretoras impostas pelo Governo, já organizei eleição de Diretores, Grêmio e Conselho Deliberativo.
Já comprei cuecas para alunos se trocarem, pois a GERED não licitou papel higiênico.
Já fiz denúncia para ouvidora do Estado e nada foi resolvido.
Já procurei o Ministério Público para denunciar obra da quadra inacabada e ainda não montei o processo.
Já vi meus amigos de profissão em greve (2008) e eu cumprindo horário.
Já vi traficantes na frente da escola, e quando busquei o apoio da Polícia e do Conselho Tutelar não tive respaldo.
Já vi meus alunos envolvidos com drogas… E muitas vezes sem força e apoio para tirá-los.
Já vi meus alunos adolescentes bebendo e fumando sem medo e nem responsabilidade…
Já separei briga de alunos, alunas e até de pais…
Já vi meus alunos dirigindo carro próprio…
Já senti medo de aluno e já enfrentei muitos.
Já os defendi em muitas situações.
Já socorri vários alunos machucados e com fraturas.
Já apostei corrida na praia com meus alunos, já joguei queimada, futebol, vôlei, handebol e basquete com meus alunos.
Já participei de gincanas, passeatas, manifestações.
Já precisei driblar paixões de alunos e alunas.
Já fiz material de sucata, para ser usado por alunos.
Já trabalhei com muito material disponível e com nada para trabalhar.
Já trabalhei em pátio de chão batido, grama, na rua, na praia e em quadra. Mas nunca trabalhei em local fechado, sempre em local aberto. E com isso já passei frio, já me queimei com o sol, já vi trovões e muita chuva.
Já dei aula em sala e no refeitório…
Já fiz escolinha de xadrez e levei meus alunos para competições.
Já fui chamada de Dona,de Profê, e até de Pro.
Já vi meu alunos acordarem as 3horas da manhã para recolher material reciclado, trabalhar até as 12:00 e estudar no período da tarde.
Já vi pais tirando alunos da escola para irem trabalhar…
Já vi alunos desanimados e sem objetivos…
Já vi pais irresponsáveis…
Já vi alunos chorarem pelo primeiro amor…
Já deitei na quadra com meus alunos para ensinar elefantinho, aviãozinho e outras artes mais
Já chorei ao ver amigos partindo da escola ou mesmo desta vida.
Já vi meus colegas chorando pelos filhos doentes, pelos filhos partindo.
Já acompanhei amigos de profissão lutando contra câncer, depressão e outros males. Eu mesma luto contra Síndrome do Pânico.
Foram tantas experiências, momentos fotografados pelas lentes da emoção.
E agora ao ler este e-mail fico pensando, relembrando essas experiências e os anos dedicados à educação e só uma pergunta ecoa no meu cérebro: experiência… experiência… Será que é necessário ter experiência?
Será que ainda vale a pena sonhar …
E encerrando esta releitura do texto preciso perguntar:
EXPERIÊNCIA PARA QUE?
SERÁ QUE ESCOLHI A PROFISSÃO ERRADA?
CURSOS, FORMAÇÃO CONTINUADA PARA QUE?
Como fiz a releitura de um texto que recebi, usei o mesmo na primeira pessoa, mas minha experiência não seria nada sem os colegas de Profissão: professores, especialistas, serventes, merendeiras e direção.
Será que um dia Educação será prioridade para algum governante desse Estado?
Será que são os professores que estão errados?
Será que a experiência que temos, que vivemos será desconsiderada e transformada em poucos reais?
Sinceramente….
Profª Elizete Ana Gadotti,E.E.B. Anita Garibaldi,Meia Praia – Itapema.”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 18/06/2011.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
ANÁLISE SINCERA E CRUA SOBRE A EDUCAÇÃO EM SANTA CATARINA
sandra Romansini diz:
16 de junho de 2011 às 8:09 pm
Caro Moacir, com todo o respeito, você sabe como de fato está a educação em SC? Você já visitou escolas públicas? Aqui na minha região, tive o privilegio de visitar algumas em função da greve. E claro conheço a minha escola.
No que tange ao aspecto físico elas não são atraentes nem para professores nem para alunos. No caso da minha escola, não há espaço para os alunos lancharem. Então eles comem de pé no corredor. Quanto ao pedagógico não há rumo por parte da assessoria de direção. São pessoas que dependem exclusivamente de Quem Indica e com eles é que elas tem compromisso. Até o ano passado o teto estava para desmoronar devido ao excesso de cupins. A SDR mandou fazer uma reforma e a obra ficou muito mal feita. Nela não há nenhum extintor de incêndio. Para dar falta a professores descompromissados é uma piada, especialmente se estes forem apadrinhados políticos de algum coronel. Temos casos deste tipo que são escandalosos, desmotivadores. Os cargos de direção e assessoria de direção tem “donos” são vereadores dos partidos políticos que ora estão no poder. Minha escola disponibiliza espaço para 4 assessores de direção e um diretor geral, são 5 comissionados brigando, pois não há nem cadeiras e salas para todos.
Moacir Pereira diz:
16 de junho de 2011 às 8:20 pm
Prezada Sandra
Visitei várias escolas, acompanhei todas as assembléias dos professores, cobri todos os eventos e falo ao telefone ou pessoalmente com os dirigentes do Sinte e do comando de greve pelo menos de cinco a dez a vinte vezes por dia. Mas, sou sincero: pelos depoimentos que aqui moderei não imaginava que a situação das escolas públicas estaduais estava tão escandalosamente precária. É um dos fatos novos desta greve que cria outra consciência politica nos professores e na comunidae. Mas, pergunto: por que os professores, os servidores, os alunos não denunciaram esta realidade antes? Fraternalmente,Moacir Pereira
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/16/14753/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 16)06)2011.
16 de junho de 2011 às 8:09 pm
Caro Moacir, com todo o respeito, você sabe como de fato está a educação em SC? Você já visitou escolas públicas? Aqui na minha região, tive o privilegio de visitar algumas em função da greve. E claro conheço a minha escola.
No que tange ao aspecto físico elas não são atraentes nem para professores nem para alunos. No caso da minha escola, não há espaço para os alunos lancharem. Então eles comem de pé no corredor. Quanto ao pedagógico não há rumo por parte da assessoria de direção. São pessoas que dependem exclusivamente de Quem Indica e com eles é que elas tem compromisso. Até o ano passado o teto estava para desmoronar devido ao excesso de cupins. A SDR mandou fazer uma reforma e a obra ficou muito mal feita. Nela não há nenhum extintor de incêndio. Para dar falta a professores descompromissados é uma piada, especialmente se estes forem apadrinhados políticos de algum coronel. Temos casos deste tipo que são escandalosos, desmotivadores. Os cargos de direção e assessoria de direção tem “donos” são vereadores dos partidos políticos que ora estão no poder. Minha escola disponibiliza espaço para 4 assessores de direção e um diretor geral, são 5 comissionados brigando, pois não há nem cadeiras e salas para todos.
Moacir Pereira diz:
16 de junho de 2011 às 8:20 pm
Prezada Sandra
Visitei várias escolas, acompanhei todas as assembléias dos professores, cobri todos os eventos e falo ao telefone ou pessoalmente com os dirigentes do Sinte e do comando de greve pelo menos de cinco a dez a vinte vezes por dia. Mas, sou sincero: pelos depoimentos que aqui moderei não imaginava que a situação das escolas públicas estaduais estava tão escandalosamente precária. É um dos fatos novos desta greve que cria outra consciência politica nos professores e na comunidae. Mas, pergunto: por que os professores, os servidores, os alunos não denunciaram esta realidade antes? Fraternalmente,Moacir Pereira
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/16/14753/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 16)06)2011.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
A realidade é dura e injusta
10-06-2011
Enquanto na Assembléia tramita em seus bastidores o projeto de incorporação das gratificações de função e chefia, os professores saem às ruas para lutar por um piso de R$ 1.187,00. Dá para acreditar!!! A Educação possui aproximadamente uns 50.000 servidores (ou mais) contando com ACT´s, se o valor que será utilizado para as incorporações das gratificações de chefia da ALESC, em torno de R$ 5 MILHOES, mais o valor destinado as já aprovadas incorporações de gratificação do TJ e TCE, fosse revertido para a educação, com certeza daria para pagar o piso dos professores. O ABSURDO é que o dinheiro que é utilizado para pagar a incorporação destas gratificações vem do FUNDEB e do FUNDO ESTADUAL DE SAUDE, dinheiro destinado a SAÚDE e EDUCA& Ccedil;ÃO. GENTE, onde estamos!!! Temos que acabar com esta corja de politiqueiros que só pensam em si e nos seus. Aqui em SC parece que política está no sangue ou nos laços familiares, virou hereditário, passando de pai para filho, de filho para neto, de marido para mulher, e assim vai. Nós Catarinenses temos que mudar as nossas escolhas, mas só poderemos fazer isto na hora do voto, depois é tarde demais!!
O Ministério Público tem que tomar alguma providencia imediata para não permitir mais que o dinheiro destinado a estes fundos sejam desviados para outros fins. Não tem mais nem menos, o dinheiro é destinado para o Fundeb e pronto, é só repassar para destinação correta. Esta conversa que entra no coeficiente total mais depois é repassado, e blá blá blá, é pura lorota. É SÓ PENSARMOS! O Dinheiro do FUNDEB deveria ser creditado em uma conta aberta para este fundo, com o nome Fundo Estadual da Educação, sendo o GESTOR deste fundo, o Secretario da Pasta, mas não é isto que acontece, vai para conta ÚNICA do Estado, ou será que vai para o "CAIXA 2"? Por isso que Procurador Jurídico da Assembléia ganha R$24.000,00 (mais que o salário inicial de um juiz federal) e tem servidor de nível médio (t&eac ute;cnico administrativo) na ALESC ganhando R$ 8.000,00, no TJ um técnico ganha em torno de R$ 6.000,00, enquanto na EDUCAÇÃO, PROFESSOR GRADUADO está brigando para receber R$ 1.187,00 e ainda querem diminuir a regência dos professores?! E os servidores da SAÚDE que possuem o vencimento de R$ 900,00, seco, e a SEGURANÇA PÚBLICA, é mais ou menos o mesmo valor.
É inacreditável tanta diferença!!!! Fora as diferenças nas gratificações: uma chefia na ALESC pode variar de R$ 1.000,00 até sei lá quantos, e no TJ e TCE, um CHEFE DE SEÇÃO ganha R$ 1.000,00 e pode incorporar, mas no Executivo uma CHEFIA DE SETOR (mesma coisa que chefe de seção) recebe R$ 311,00 e REZA pra não perder, agüenta até assédio moral. Por que tanta diferença? Os servidores da ALESC, TJ , TCE, Sec. da Fazenda trabalham mais que os da EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA PUBLICA E DAS OUTRAS INSTITUIÇÕES E ORGÃOS DO ESTADO?!!!
Sinceramente, temos que nos unir à Educação para que estes Governantes criem uma política de valorização do servidor publico estadual com o objetivo de diminuir as diferenças salariais dos servidores do estado, estabelecendo um salário justo para todos!!. Esta luta não é somente dos servidores da educação, são de todos os servidores públicos estaduais e do povo catarinense!
Essa realidade é dura e injusta, mas podemos mudá-la, BASTA QUERERMOS!!
Paula Fernandes/Florianópolis
http://www.pauloalceu.com.br/artigos_i?artigos=a-realidade-e-dura-e-injusta - Acesso em 15/06/2011.
Enquanto na Assembléia tramita em seus bastidores o projeto de incorporação das gratificações de função e chefia, os professores saem às ruas para lutar por um piso de R$ 1.187,00. Dá para acreditar!!! A Educação possui aproximadamente uns 50.000 servidores (ou mais) contando com ACT´s, se o valor que será utilizado para as incorporações das gratificações de chefia da ALESC, em torno de R$ 5 MILHOES, mais o valor destinado as já aprovadas incorporações de gratificação do TJ e TCE, fosse revertido para a educação, com certeza daria para pagar o piso dos professores. O ABSURDO é que o dinheiro que é utilizado para pagar a incorporação destas gratificações vem do FUNDEB e do FUNDO ESTADUAL DE SAUDE, dinheiro destinado a SAÚDE e EDUCA& Ccedil;ÃO. GENTE, onde estamos!!! Temos que acabar com esta corja de politiqueiros que só pensam em si e nos seus. Aqui em SC parece que política está no sangue ou nos laços familiares, virou hereditário, passando de pai para filho, de filho para neto, de marido para mulher, e assim vai. Nós Catarinenses temos que mudar as nossas escolhas, mas só poderemos fazer isto na hora do voto, depois é tarde demais!!
O Ministério Público tem que tomar alguma providencia imediata para não permitir mais que o dinheiro destinado a estes fundos sejam desviados para outros fins. Não tem mais nem menos, o dinheiro é destinado para o Fundeb e pronto, é só repassar para destinação correta. Esta conversa que entra no coeficiente total mais depois é repassado, e blá blá blá, é pura lorota. É SÓ PENSARMOS! O Dinheiro do FUNDEB deveria ser creditado em uma conta aberta para este fundo, com o nome Fundo Estadual da Educação, sendo o GESTOR deste fundo, o Secretario da Pasta, mas não é isto que acontece, vai para conta ÚNICA do Estado, ou será que vai para o "CAIXA 2"? Por isso que Procurador Jurídico da Assembléia ganha R$24.000,00 (mais que o salário inicial de um juiz federal) e tem servidor de nível médio (t&eac ute;cnico administrativo) na ALESC ganhando R$ 8.000,00, no TJ um técnico ganha em torno de R$ 6.000,00, enquanto na EDUCAÇÃO, PROFESSOR GRADUADO está brigando para receber R$ 1.187,00 e ainda querem diminuir a regência dos professores?! E os servidores da SAÚDE que possuem o vencimento de R$ 900,00, seco, e a SEGURANÇA PÚBLICA, é mais ou menos o mesmo valor.
É inacreditável tanta diferença!!!! Fora as diferenças nas gratificações: uma chefia na ALESC pode variar de R$ 1.000,00 até sei lá quantos, e no TJ e TCE, um CHEFE DE SEÇÃO ganha R$ 1.000,00 e pode incorporar, mas no Executivo uma CHEFIA DE SETOR (mesma coisa que chefe de seção) recebe R$ 311,00 e REZA pra não perder, agüenta até assédio moral. Por que tanta diferença? Os servidores da ALESC, TJ , TCE, Sec. da Fazenda trabalham mais que os da EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA PUBLICA E DAS OUTRAS INSTITUIÇÕES E ORGÃOS DO ESTADO?!!!
Sinceramente, temos que nos unir à Educação para que estes Governantes criem uma política de valorização do servidor publico estadual com o objetivo de diminuir as diferenças salariais dos servidores do estado, estabelecendo um salário justo para todos!!. Esta luta não é somente dos servidores da educação, são de todos os servidores públicos estaduais e do povo catarinense!
Essa realidade é dura e injusta, mas podemos mudá-la, BASTA QUERERMOS!!
Paula Fernandes/Florianópolis
http://www.pauloalceu.com.br/artigos_i?artigos=a-realidade-e-dura-e-injusta - Acesso em 15/06/2011.
BELÍSSIMO COMENTÁRIO
Marco A. Pereira diz:
15 de junho de 2011 às 2:34 pm
Boa tarde, Moacir e obrigado pelo espaço democrático.
Gostaria de tecer alguns comentários e dizer umas palavras ao nosso caro governante.
Comentando o seu post “A proposta do Governo”, percebe-se que a questão agora é: depois de uma MP e duas propostas onde o comando do Estado tentou enganar os professores, ninguém mais acredita na palavra desses senhores. Não têm credibilidade. Um deles inclusive, condenado por improbidade administrativa devido a mal uso de dinheiro público. Um fato vergonhoso. É essa a estirpe dos administradores deste governo?
Grupo de trabalho paritário… para RECUPERAR a regência de classe e a recomposição da tabela salarial? Em 2012? Se os professores acreditarem nisso devem ser todos sumariamente demitidos. Porque não demonstrarão senso crítico algum. Se voltarem para a sala de aula com o rabo entre as pernas, sinceramente, NÃO QUERO MEUS FILHOS EDUCADOS E FORMADOS POR GENTE ASSIM.
Quanto aos governistas, acho que essa turma está tentando desencavar da rede Globo o antigo programa do Jô, o VIVA O GORDO! Todos estão demonstrando grande talento para a comédia! Formulam propostas que são verdadeiras piadas. Mas na verdade, a questão é grave. Como gravíssimo é o descaso que estamos assistindo por parte do governo (extensivo a Assembleia do Estado também – embora não faça parte do executivo, curva-se a ele, não se manifestando 24 dias após o início da greve) na questão da greve da educação.
Acredito que os professores não concordarão com a recuperação da regência e da tabela salarial em 2012, porque, antes disso, não aceitam a PERDA desses itens, em 2011! Com toda a razão continuarão dizendo a mesma coisa, até que o governo se digne a pagar O QUE DEVE DA MANEIRA COMO DEVE PAGAR.
Os professores têm dito “Não entramos em greve para recolher alguns centavos, “penduricalhos”\". E eles têm toda a razão.
Por outro lado, se o atual administrador não tem competência para angariar fundos e efetuar o pagamento dos professores conforme manda a lei e nos moldes da tabela salarial do MEC, que se admita um INCOMPETENTE e se retire do palácio do Governo. Convoque eleições, pendure o boné e vá pra casa. A maioria dos que o elegeram já estão amargamente arrependidos. A sociedade já percebeu o despreparo dos que estão à frente do poder. Não se programaram em 3 anos, para remunerar seus professores. E ainda acenam com punições de forma “exemplar”. Francamente, trata-se de REMUNERÁ-LOS EXEMPLARMENTE, isso sim.
Sr. Governador, seu futuro político está se transformando em frangalhos. Em poucos meses, já se trata da pior administração das últimas décadas. São centenas de milhares de eleitores inconformados, INDIGNADOS com o seu desempenho PÍFIO na questão dos professores. Estes profissionais são IMPORTANTÍSSIMOS NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO DE SANTA CATARINA OU DE QUALQUER PESSOA EM QUALQUER PAÍS DO PLANETA. Não podem, portanto, Sr. Governador, ser tratados dessa forma. A EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS NÃO TEM PREÇO, NÃO SE PODE COLOCAR UM PREÇO OU UM LIMITE ORÇAMENTÁRIO ESTADUAL QUE SEJA NA REMUNERAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS. Ainda mais sendo público e amplamente comentado o DESVIO DE VERBAS FEDERAIS DESTINADAS A EDUCAÇÃO, PARA OUTROS ÓRGÃOS ESTADUAIS! ISSO É UM ESCÂNDALO QUE A SOCIEDADE CATARINENSE NÃO DEIXARÁ IMPUNE. O partido que o sr. ajudou a fundar já nasce sob o estigma da falta de transparência e credibilidade.
Entretanto, o sr. governador ainda tem uma chance de encerrar a questão de forma a sair menos arranhado e desmoralizado perante a sociedade. Demonstre um pouco de dignidade e feche o acordo conforme os educadores desejam. Trata-se de uma classe profissional digna, preparada, qualificada e que sofre há décadas com perdas salarias e condições de trabalho degradantes.
Será então, reconhecido como o Governador que após uma reflexão séria, resgatou o valor dos profissionais da Educação de Santa Catarina. Certamente, esse fato circulará por todo o país e em todas as conversas em todos os lugares e círculos sociais. Abra os cofres, pague aos professores EXATAMENTE COMO ELES SOLICITAM.
O sr. Raimundo Colombo ainda tem a chance de se sagrar como o primeiro governador que, em todo o país, teve o mérito de remunerar os professores de seu estado da forma como os PROFISSIONAIS E A SOCIEDADE entendem como o justo e mais do que merecido. Para o estado de SC isso seria de enorme valor; diversas empresas pretendem se instalar aqui, mas reclamam da falta de mão de obra qualificada. O fato de um estado pagar seus professores pelo piso aprovado em lei, mantendo suas conquistas salariais e respeitando a tabela do Ministério da Educação é fato digno de MÉRITO e extremo VALOR. E com certeza, alçaria o estado de SC a um nível de excelência de causar inveja aos outros membros da federação. O investimento trará grande retorno ao Estado, sem sombra de dúvida.
Pense, sr. Governador. O momento histórico ainda não se perdeu. Faça essa história terminar a favor de todos: professores, alunos, pais de alunos, governo e sociedade em geral.
Santa Catarina só tem a ganhar.
PS: Tenho lido palavras de conterrâneos do sr. Eles dizem: “Raimundo, mostre que és da Serra. Corte as amarras a LHS e Bauer e comande o Estado você mesmo.” Parecem entender que LHS e Bauer são nomes queimados com a sociedade. Eu adicionaria o seguinte: aproxime-se da nova ministra catarinense e do governo federal. Não precisa ser político para saber que Estado que rema contra a União só tem a perder. E não demonstra inteligência. Faça acordos acima do partidarismo, governador. E AÍ ENTÃO, O SR. PODERÁ REALMENTE BATER NO PEITO E DIZER QUE GOVERNA PARA AS PESSOAS.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/15/a-proposta-do-governo/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 15/06/2011.
15 de junho de 2011 às 2:34 pm
Boa tarde, Moacir e obrigado pelo espaço democrático.
Gostaria de tecer alguns comentários e dizer umas palavras ao nosso caro governante.
Comentando o seu post “A proposta do Governo”, percebe-se que a questão agora é: depois de uma MP e duas propostas onde o comando do Estado tentou enganar os professores, ninguém mais acredita na palavra desses senhores. Não têm credibilidade. Um deles inclusive, condenado por improbidade administrativa devido a mal uso de dinheiro público. Um fato vergonhoso. É essa a estirpe dos administradores deste governo?
Grupo de trabalho paritário… para RECUPERAR a regência de classe e a recomposição da tabela salarial? Em 2012? Se os professores acreditarem nisso devem ser todos sumariamente demitidos. Porque não demonstrarão senso crítico algum. Se voltarem para a sala de aula com o rabo entre as pernas, sinceramente, NÃO QUERO MEUS FILHOS EDUCADOS E FORMADOS POR GENTE ASSIM.
Quanto aos governistas, acho que essa turma está tentando desencavar da rede Globo o antigo programa do Jô, o VIVA O GORDO! Todos estão demonstrando grande talento para a comédia! Formulam propostas que são verdadeiras piadas. Mas na verdade, a questão é grave. Como gravíssimo é o descaso que estamos assistindo por parte do governo (extensivo a Assembleia do Estado também – embora não faça parte do executivo, curva-se a ele, não se manifestando 24 dias após o início da greve) na questão da greve da educação.
Acredito que os professores não concordarão com a recuperação da regência e da tabela salarial em 2012, porque, antes disso, não aceitam a PERDA desses itens, em 2011! Com toda a razão continuarão dizendo a mesma coisa, até que o governo se digne a pagar O QUE DEVE DA MANEIRA COMO DEVE PAGAR.
Os professores têm dito “Não entramos em greve para recolher alguns centavos, “penduricalhos”\". E eles têm toda a razão.
Por outro lado, se o atual administrador não tem competência para angariar fundos e efetuar o pagamento dos professores conforme manda a lei e nos moldes da tabela salarial do MEC, que se admita um INCOMPETENTE e se retire do palácio do Governo. Convoque eleições, pendure o boné e vá pra casa. A maioria dos que o elegeram já estão amargamente arrependidos. A sociedade já percebeu o despreparo dos que estão à frente do poder. Não se programaram em 3 anos, para remunerar seus professores. E ainda acenam com punições de forma “exemplar”. Francamente, trata-se de REMUNERÁ-LOS EXEMPLARMENTE, isso sim.
Sr. Governador, seu futuro político está se transformando em frangalhos. Em poucos meses, já se trata da pior administração das últimas décadas. São centenas de milhares de eleitores inconformados, INDIGNADOS com o seu desempenho PÍFIO na questão dos professores. Estes profissionais são IMPORTANTÍSSIMOS NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO DE SANTA CATARINA OU DE QUALQUER PESSOA EM QUALQUER PAÍS DO PLANETA. Não podem, portanto, Sr. Governador, ser tratados dessa forma. A EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS NÃO TEM PREÇO, NÃO SE PODE COLOCAR UM PREÇO OU UM LIMITE ORÇAMENTÁRIO ESTADUAL QUE SEJA NA REMUNERAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS. Ainda mais sendo público e amplamente comentado o DESVIO DE VERBAS FEDERAIS DESTINADAS A EDUCAÇÃO, PARA OUTROS ÓRGÃOS ESTADUAIS! ISSO É UM ESCÂNDALO QUE A SOCIEDADE CATARINENSE NÃO DEIXARÁ IMPUNE. O partido que o sr. ajudou a fundar já nasce sob o estigma da falta de transparência e credibilidade.
Entretanto, o sr. governador ainda tem uma chance de encerrar a questão de forma a sair menos arranhado e desmoralizado perante a sociedade. Demonstre um pouco de dignidade e feche o acordo conforme os educadores desejam. Trata-se de uma classe profissional digna, preparada, qualificada e que sofre há décadas com perdas salarias e condições de trabalho degradantes.
Será então, reconhecido como o Governador que após uma reflexão séria, resgatou o valor dos profissionais da Educação de Santa Catarina. Certamente, esse fato circulará por todo o país e em todas as conversas em todos os lugares e círculos sociais. Abra os cofres, pague aos professores EXATAMENTE COMO ELES SOLICITAM.
O sr. Raimundo Colombo ainda tem a chance de se sagrar como o primeiro governador que, em todo o país, teve o mérito de remunerar os professores de seu estado da forma como os PROFISSIONAIS E A SOCIEDADE entendem como o justo e mais do que merecido. Para o estado de SC isso seria de enorme valor; diversas empresas pretendem se instalar aqui, mas reclamam da falta de mão de obra qualificada. O fato de um estado pagar seus professores pelo piso aprovado em lei, mantendo suas conquistas salariais e respeitando a tabela do Ministério da Educação é fato digno de MÉRITO e extremo VALOR. E com certeza, alçaria o estado de SC a um nível de excelência de causar inveja aos outros membros da federação. O investimento trará grande retorno ao Estado, sem sombra de dúvida.
Pense, sr. Governador. O momento histórico ainda não se perdeu. Faça essa história terminar a favor de todos: professores, alunos, pais de alunos, governo e sociedade em geral.
Santa Catarina só tem a ganhar.
PS: Tenho lido palavras de conterrâneos do sr. Eles dizem: “Raimundo, mostre que és da Serra. Corte as amarras a LHS e Bauer e comande o Estado você mesmo.” Parecem entender que LHS e Bauer são nomes queimados com a sociedade. Eu adicionaria o seguinte: aproxime-se da nova ministra catarinense e do governo federal. Não precisa ser político para saber que Estado que rema contra a União só tem a perder. E não demonstra inteligência. Faça acordos acima do partidarismo, governador. E AÍ ENTÃO, O SR. PODERÁ REALMENTE BATER NO PEITO E DIZER QUE GOVERNA PARA AS PESSOAS.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/15/a-proposta-do-governo/?topo=67,2,18,,,67#comments - Acesso em 15/06/2011.
terça-feira, 14 de junho de 2011
CARTA DE PROFESSORA E ASSISTENTE TÉCNICO PEDAGÓGICO
Denise R. F. Scheid diz:
14 de junho de 2011 às 12:10 pm
Olá Moacir,
Reproduzo aqui uma carta endereçada ao secretário Tebaldi. Tentei postar no blog dele e enviar pelo site, mas temo que não chegará até ele. É um tanto extensa, mas relato nela os graves problemas da gestão da educação catarinense. Compreendo se não for postada na íntegra, mas agradeço o espaço para discussão.
Ilmo. Sr. Marco Tebaldi
Secretário da Educação do Estado de Santa Catarina
Quero aqui expressar, a opinião de uma profissional que pensa que a educação pública de boa qualidade é fundamental para o desenvolvimento deste estado e que, por isto mesmo, tem orgulho de pertencer ao quadro do magistério estadual catarinense.
Creio que o senhor já percebeu que a greve do magistério não irá acabar se o governo não levar a sério as reivindicações da categoria. Diante disso é possível prevermos, com base em situações anteriores, que o senhor poderá radicalizar as ações de repressão aos grevistas. Isso é claro se o senhor seguir as diretrizes de seus antecessores e de alguns setores que lhe assessoram no exercício de seu cargo.
Como não faz muito tempo que o senhor assumiu a Secretaria da Educação, e nem seu histórico acadêmico, nem sua experiência na política colaboram, de fato, para que o senhor conheça o contexto da educação na rede estadual de ensino de Santa Catarina, há algumas contribuições que eu gostaria fazer para que o senhor entenda o que está acontecendo e possa planejar melhor as suas ações.
Desde o ano de 2006, quando assumi minha atual função na rede estadual de ensino, tenho percebido que seus antecessores foram muito ardilosos em relação a estratégias para manter a categoria do magistério intimidada. De forma declarada, o governo de SC defendeu nos últimos oito anos, a tão proclamada descentralização, que resultou na criação de secretarias regionais, ou seja, de verdadeiras agências eleitoreiras, empregando inúmeros funcionários comissionados encarregados de administrar recursos financeiros de modo a beneficiar seus padrinhos e afiliados correligionários.
Veja bem senhor secretário que em relação à educação a estratégia foi muito parecida, mantendo como base da gestão a indicação política de diretores das escolas, bem como dos gerentes, supervisores e diretores das GERED’s e da SED, contrariando os princípios da gestão democrática e autonomia promulgados pela legislação educacional vigente.
Perdoe a ironia secretário, mas como engenheiro sanitarista o senhor não deve conhecer muito a respeito da legislação educacional não é mesmo? Mas não se preocupe que eu posso lhe ajudar em algumas coisas, já que eu tive que estudá-la para passar no concurso que me efetivou, em minha graduação de licenciatura plena, e também no curso de especialização que com tanto sacrifício concluí.
Bem, o sistema nacional de educação é regido pela LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional datada de 1996. Em seus artigos 14º e 15º a LDB promulga que os sistemas de ensino deverão assegurar os princípios da gestão democrática e progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira às Unidades Escolares.
Nas escolas públicas estaduais de Santa Catarina, é possível observar uma série de medidas que desfavorecem a perspectiva da gestão democrática. Trata-se, primordialmente, da forma de provimento ao cargo de diretores, que ocorre por meio de indicação política. Esta prática é considerada por estudiosos como extremamente limitada e ultrapassada, uma vez que nem sempre considera a competência ou o respaldo da comunidade escolar.
Nas escolas é possível identificarmos as consequências desta prática nefasta. Creio que uma das mais graves é a desmotivação dos diversos segmentos escolares a participarem dos processos decisórios relacionados à Unidade Escolar. A compreensão de que a maior parte das decisões pertinentes ao contexto escolar é determinada por instâncias hierárquicas superiores, como as gerências e a secretaria da educação, ou mesmo pela figura da direção da escola, faz com que professores, funcionários, pais e alunos tomem uma postura de acomodação com a situação dada, seja ela favorável ou desfavorável ao bom funcionamento da Unidade Escolar.
Na verdade, a atuação dos Conselhos Escolares como a APP, o Conselho Deliberativo e as Agremiações Estudantis não conseguem vingar em uma sistemática de gestão que não é democrática. No caso das APP’s há ainda outros fatores que prejudicam a participação de pais e professores: a imensa burocracia que o estado, no caso da rede estadual de Santa Catarina, repassa para tais instituições. A meu ver é obrigação do Estado fornecer assistência contábil e jurídica para que as APP’s possam administrar os recursos provenientes do Governo Federal (as verbas dos diversos programas do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola). Além disso, as APP’s são hoje responsáveis pela contratação e administração dos funcionários de serviços gerais nas escolas. Veja bem, as APP’s são entidades que não visam lucro, mas tem uma série de despesas a administrar todos os meses. Ao invés de arrecadarem fundos para realizar melhorias nas escolas, as APP’s precisam arrecadar fundos para pagar mensalmente inúmeros serviços bancários e contábeis. Deste modo, os pais de alunos ou professores que assumem estas instâncias de participação, acabam por assumirem responsabilidades burocráticas, que o estado deveria prover, não lhes restando condições de intervirem de modo significativo nos processos decisórios e de gestão da escola.
Perceba a contradição caro secretário, como as escolas terão gestão democrática se os diretores são indicados politicamente? Como haverá progressivos graus de autonomia das escolas se não há condições para participação nos processos decisórios do contexto escolar? Como o estado irá assegurar que se cumpram tais princípios se não há sequer articulação entre as reais necessidades das escolas, e as ações das GERED’s, da SED e das SDR’s?
Outra forte ferramenta de desarticulação da gestão democrática na educação em nosso estado é o imenso quadro de professores de contratação temporária nas escolas. Uma que estes profissionais têm inúmeros direitos negligenciados, como o plano de saúde, por exemplo. Precisam comprovar sua competência mediante provas e processos seletivos, e mesmo assim ficam desempregados todo o final de ano. Outra, que um professor ACT não mantém vínculo com a Unidade Escolar, atuando em diferentes escolas ao longo dos anos. Ou seja, este profissional não se sente motivado a participar de processos democráticos e de gestão da escola, pois não poderá participar da continuidade de tal processo quando o ano letivo se encerrar.
Veja bem senhor secretário. A sistemática de gestão da escola pública da rede estadual de Santa Catarina está falida! Não há articulação entre a escola, as Gered’s, a SED e as SDR’s, uma vez que tudo tem funcionado na base da politicagem. Diretores, supervisores e gestores têm feito uso da estrutura do magistério como alavanca para promoção política pessoal. Obviamente estes interesses não vão ao encontro da melhoria das condições de funcionamento das escolas e a melhoria da qualidade da educação pública.
A situação nas escolas está péssima em todos os sentidos, há falta de tudo: material, espaços físicos adequados, segurança, organização, diretrizes, e principalmente, há falta de material humano, de professores e também de profissionais de outros setores: serviços gerais, técnicos, especialistas, e até direção faltou este ano por conta das negociatas políticas. As supervisões da Gered da Grande Florianópolis estão indefinidas até hoje!
Enquanto isso, toda a vez que chove os alunos e professores de Educação Física da escola onde atuo, precisam dedicar parte do tempo das aulas para secarem com panos e rodos o imenso alagamento que se forma no ginásio de esportes. O mesmo se repete se chover aos finais de semana, quando a escola recebe a comunidade para atividades de lazer, cultura e esporte. Essa situação (bem com os problemas de acessibilidade para os dois alunos cadeirantes da escola) já foi informada por diversas vezes para a Gered, para a SDR, para a SED, e não obtivemos resposta. Quando sabemos que recursos que poderiam resolver estes problemas são gastos em coisas como o Projeto Lego, e o sistema Série (que poderia ser feito pela Ciasc) fica fácil perceber os problemas de gestão da educação pública catarinense.
Por essas e por outras, o clima de trabalho nas escolas vai de mal a pior… Professores sentem-se desrespeitados, cansados, desmotivados. Outros profissionais como AE’s, ATP’s, e os quase extintos especialistas são extremamente sobrecarregados de funções e responsabilidades que dificilmente se mantém saudáveis por muito tempo… Do mesmo modo, os desafios do cotidiano escolar são cada vez mais intensos. O aumento dos problemas sociais como a violência, a miséria e a desestruturação familiar se refletem no contexto escolar, que não apresenta condições estruturais para enfrentar tanta complexidade. Diante disso nos sentimos desamparados. Alunos e pais se solidarizam ou mesmo debocham das condições de vida que levamos, do pouco que ganhamos por termos que aguentar tantas coisas…
É claro que esta greve está sendo motivada por questões salariais, causa que seus antecessores empurraram com a barriga, e agora a bomba estourou em suas mãos! Mas veja bem, senhor secretário, antes de mais nada, educador é profissional por vocação. Se as condições de trabalho não estivessem tão ruins, a revolta dos profissionais do magistério não seria tão grande.
Esperamos por muito tempo que tudo melhorasse. Superamos as principais dificuldades que coibiriam uma greve tão forte. Temos uma imensa massa de professores ACT’s assumindo os riscos de uma greve. Temos uma classe mais unida do que nunca em busca do resgate da dignidade perdida. Temos inclusive, diretores indicados politicamente que estão apoiando de forma velada ou aberta esta mobilização da categoria. Outro ponto a considerar é que esta greve não é fruto de movimentos partidários e sindicais. Essa greve é fruto de um movimento de quase 100% da categoria do magistério que não suporta mais tanto descaso.
Enfim secretário, o senhor irá precisar rever algumas das posturas de seus antecessores. Além de resolver esta greve, comprometendo-se com o pagamento do piso integral na carreira, sem a perda de outros direitos adquiridos, em um prazo de tempo razoável, o senhor terá que melhorar as condições de funcionamento e gestão da educação catarinense. Há que se promover uma gestão eficiente, mas acima de tudo humana, respeitosa e democrática. Conheça as escolas, investigue, olhe com seus próprios olhos… Muito mais do que com este meu relato, o senhor poderá entender o que está acontecendo. Atenciosamente,
Denise R. F. Scheid
Ass. Téc. Pedagógico
EEB Rosa Torres de Miranda
Florianópolis 13 de junho de 2011.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/14/greve-na-agenda-do-governador/?topo=67,2,18,,,67#comments - acesso em 14/06/2011.
14 de junho de 2011 às 12:10 pm
Olá Moacir,
Reproduzo aqui uma carta endereçada ao secretário Tebaldi. Tentei postar no blog dele e enviar pelo site, mas temo que não chegará até ele. É um tanto extensa, mas relato nela os graves problemas da gestão da educação catarinense. Compreendo se não for postada na íntegra, mas agradeço o espaço para discussão.
Ilmo. Sr. Marco Tebaldi
Secretário da Educação do Estado de Santa Catarina
Quero aqui expressar, a opinião de uma profissional que pensa que a educação pública de boa qualidade é fundamental para o desenvolvimento deste estado e que, por isto mesmo, tem orgulho de pertencer ao quadro do magistério estadual catarinense.
Creio que o senhor já percebeu que a greve do magistério não irá acabar se o governo não levar a sério as reivindicações da categoria. Diante disso é possível prevermos, com base em situações anteriores, que o senhor poderá radicalizar as ações de repressão aos grevistas. Isso é claro se o senhor seguir as diretrizes de seus antecessores e de alguns setores que lhe assessoram no exercício de seu cargo.
Como não faz muito tempo que o senhor assumiu a Secretaria da Educação, e nem seu histórico acadêmico, nem sua experiência na política colaboram, de fato, para que o senhor conheça o contexto da educação na rede estadual de ensino de Santa Catarina, há algumas contribuições que eu gostaria fazer para que o senhor entenda o que está acontecendo e possa planejar melhor as suas ações.
Desde o ano de 2006, quando assumi minha atual função na rede estadual de ensino, tenho percebido que seus antecessores foram muito ardilosos em relação a estratégias para manter a categoria do magistério intimidada. De forma declarada, o governo de SC defendeu nos últimos oito anos, a tão proclamada descentralização, que resultou na criação de secretarias regionais, ou seja, de verdadeiras agências eleitoreiras, empregando inúmeros funcionários comissionados encarregados de administrar recursos financeiros de modo a beneficiar seus padrinhos e afiliados correligionários.
Veja bem senhor secretário que em relação à educação a estratégia foi muito parecida, mantendo como base da gestão a indicação política de diretores das escolas, bem como dos gerentes, supervisores e diretores das GERED’s e da SED, contrariando os princípios da gestão democrática e autonomia promulgados pela legislação educacional vigente.
Perdoe a ironia secretário, mas como engenheiro sanitarista o senhor não deve conhecer muito a respeito da legislação educacional não é mesmo? Mas não se preocupe que eu posso lhe ajudar em algumas coisas, já que eu tive que estudá-la para passar no concurso que me efetivou, em minha graduação de licenciatura plena, e também no curso de especialização que com tanto sacrifício concluí.
Bem, o sistema nacional de educação é regido pela LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional datada de 1996. Em seus artigos 14º e 15º a LDB promulga que os sistemas de ensino deverão assegurar os princípios da gestão democrática e progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira às Unidades Escolares.
Nas escolas públicas estaduais de Santa Catarina, é possível observar uma série de medidas que desfavorecem a perspectiva da gestão democrática. Trata-se, primordialmente, da forma de provimento ao cargo de diretores, que ocorre por meio de indicação política. Esta prática é considerada por estudiosos como extremamente limitada e ultrapassada, uma vez que nem sempre considera a competência ou o respaldo da comunidade escolar.
Nas escolas é possível identificarmos as consequências desta prática nefasta. Creio que uma das mais graves é a desmotivação dos diversos segmentos escolares a participarem dos processos decisórios relacionados à Unidade Escolar. A compreensão de que a maior parte das decisões pertinentes ao contexto escolar é determinada por instâncias hierárquicas superiores, como as gerências e a secretaria da educação, ou mesmo pela figura da direção da escola, faz com que professores, funcionários, pais e alunos tomem uma postura de acomodação com a situação dada, seja ela favorável ou desfavorável ao bom funcionamento da Unidade Escolar.
Na verdade, a atuação dos Conselhos Escolares como a APP, o Conselho Deliberativo e as Agremiações Estudantis não conseguem vingar em uma sistemática de gestão que não é democrática. No caso das APP’s há ainda outros fatores que prejudicam a participação de pais e professores: a imensa burocracia que o estado, no caso da rede estadual de Santa Catarina, repassa para tais instituições. A meu ver é obrigação do Estado fornecer assistência contábil e jurídica para que as APP’s possam administrar os recursos provenientes do Governo Federal (as verbas dos diversos programas do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola). Além disso, as APP’s são hoje responsáveis pela contratação e administração dos funcionários de serviços gerais nas escolas. Veja bem, as APP’s são entidades que não visam lucro, mas tem uma série de despesas a administrar todos os meses. Ao invés de arrecadarem fundos para realizar melhorias nas escolas, as APP’s precisam arrecadar fundos para pagar mensalmente inúmeros serviços bancários e contábeis. Deste modo, os pais de alunos ou professores que assumem estas instâncias de participação, acabam por assumirem responsabilidades burocráticas, que o estado deveria prover, não lhes restando condições de intervirem de modo significativo nos processos decisórios e de gestão da escola.
Perceba a contradição caro secretário, como as escolas terão gestão democrática se os diretores são indicados politicamente? Como haverá progressivos graus de autonomia das escolas se não há condições para participação nos processos decisórios do contexto escolar? Como o estado irá assegurar que se cumpram tais princípios se não há sequer articulação entre as reais necessidades das escolas, e as ações das GERED’s, da SED e das SDR’s?
Outra forte ferramenta de desarticulação da gestão democrática na educação em nosso estado é o imenso quadro de professores de contratação temporária nas escolas. Uma que estes profissionais têm inúmeros direitos negligenciados, como o plano de saúde, por exemplo. Precisam comprovar sua competência mediante provas e processos seletivos, e mesmo assim ficam desempregados todo o final de ano. Outra, que um professor ACT não mantém vínculo com a Unidade Escolar, atuando em diferentes escolas ao longo dos anos. Ou seja, este profissional não se sente motivado a participar de processos democráticos e de gestão da escola, pois não poderá participar da continuidade de tal processo quando o ano letivo se encerrar.
Veja bem senhor secretário. A sistemática de gestão da escola pública da rede estadual de Santa Catarina está falida! Não há articulação entre a escola, as Gered’s, a SED e as SDR’s, uma vez que tudo tem funcionado na base da politicagem. Diretores, supervisores e gestores têm feito uso da estrutura do magistério como alavanca para promoção política pessoal. Obviamente estes interesses não vão ao encontro da melhoria das condições de funcionamento das escolas e a melhoria da qualidade da educação pública.
A situação nas escolas está péssima em todos os sentidos, há falta de tudo: material, espaços físicos adequados, segurança, organização, diretrizes, e principalmente, há falta de material humano, de professores e também de profissionais de outros setores: serviços gerais, técnicos, especialistas, e até direção faltou este ano por conta das negociatas políticas. As supervisões da Gered da Grande Florianópolis estão indefinidas até hoje!
Enquanto isso, toda a vez que chove os alunos e professores de Educação Física da escola onde atuo, precisam dedicar parte do tempo das aulas para secarem com panos e rodos o imenso alagamento que se forma no ginásio de esportes. O mesmo se repete se chover aos finais de semana, quando a escola recebe a comunidade para atividades de lazer, cultura e esporte. Essa situação (bem com os problemas de acessibilidade para os dois alunos cadeirantes da escola) já foi informada por diversas vezes para a Gered, para a SDR, para a SED, e não obtivemos resposta. Quando sabemos que recursos que poderiam resolver estes problemas são gastos em coisas como o Projeto Lego, e o sistema Série (que poderia ser feito pela Ciasc) fica fácil perceber os problemas de gestão da educação pública catarinense.
Por essas e por outras, o clima de trabalho nas escolas vai de mal a pior… Professores sentem-se desrespeitados, cansados, desmotivados. Outros profissionais como AE’s, ATP’s, e os quase extintos especialistas são extremamente sobrecarregados de funções e responsabilidades que dificilmente se mantém saudáveis por muito tempo… Do mesmo modo, os desafios do cotidiano escolar são cada vez mais intensos. O aumento dos problemas sociais como a violência, a miséria e a desestruturação familiar se refletem no contexto escolar, que não apresenta condições estruturais para enfrentar tanta complexidade. Diante disso nos sentimos desamparados. Alunos e pais se solidarizam ou mesmo debocham das condições de vida que levamos, do pouco que ganhamos por termos que aguentar tantas coisas…
É claro que esta greve está sendo motivada por questões salariais, causa que seus antecessores empurraram com a barriga, e agora a bomba estourou em suas mãos! Mas veja bem, senhor secretário, antes de mais nada, educador é profissional por vocação. Se as condições de trabalho não estivessem tão ruins, a revolta dos profissionais do magistério não seria tão grande.
Esperamos por muito tempo que tudo melhorasse. Superamos as principais dificuldades que coibiriam uma greve tão forte. Temos uma imensa massa de professores ACT’s assumindo os riscos de uma greve. Temos uma classe mais unida do que nunca em busca do resgate da dignidade perdida. Temos inclusive, diretores indicados politicamente que estão apoiando de forma velada ou aberta esta mobilização da categoria. Outro ponto a considerar é que esta greve não é fruto de movimentos partidários e sindicais. Essa greve é fruto de um movimento de quase 100% da categoria do magistério que não suporta mais tanto descaso.
Enfim secretário, o senhor irá precisar rever algumas das posturas de seus antecessores. Além de resolver esta greve, comprometendo-se com o pagamento do piso integral na carreira, sem a perda de outros direitos adquiridos, em um prazo de tempo razoável, o senhor terá que melhorar as condições de funcionamento e gestão da educação catarinense. Há que se promover uma gestão eficiente, mas acima de tudo humana, respeitosa e democrática. Conheça as escolas, investigue, olhe com seus próprios olhos… Muito mais do que com este meu relato, o senhor poderá entender o que está acontecendo. Atenciosamente,
Denise R. F. Scheid
Ass. Téc. Pedagógico
EEB Rosa Torres de Miranda
Florianópolis 13 de junho de 2011.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/06/14/greve-na-agenda-do-governador/?topo=67,2,18,,,67#comments - acesso em 14/06/2011.
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