29 de maio de 2011 | N° 9184 MOACIR PEREIRA
Colombo no MEC
O governador Raimundo Colombo estará, na próxima quarta-feira, em Brasília. Teve confirmação de audiência especial com o ministro da Educação, Fernando Haddad, depois que desembarcou em Florianópolis, procedente da Europa. Deverá tratar da liberação de recursos federais para fazer uma nova proposta aos professores da rede estadual de ensino e viabilizar o fim da greve. Colombo recebeu um relato informal da greve do vice Eduardo Moreira no hangar do governo no Aeroporto Hercílio Luz. Conversou, depois, com o secretário da Educação, Marco Tebaldi, que também transmitiu informações sobre a situação. Tinha agendado encontro com o vice Eduardo Moreira no sábado. Marcou reunião com o grupo gestor neste domingo. Esta avaliação poderá ser decisiva para as negociações com os professores.
O governo tem apenas uma posição inarredável. Diz que não há condições financeiras para a aplicação integral do piso salarial a todo o magistério. A folha teria um aumento mensal de R$ 100 milhões. A única opção que restaria para esta hipótese talvez fosse o pagamento em quatro anos, como ocorreu no Rio Grande do Sul, e a fórmula adotada em São Paulo. É, contudo, a possibilidade mais remota. Como a rejeição dos professores contra a medida provisória foi consensual e acabou se fortalecendo entre os integrantes da carreira e até entre os ACTs, a única via razoável é da negociação. E com nova proposta. O governo parece convencido de que só com a medida provisória não vai acabar com a greve. E os prejuízos políticos estão se acumulando. A votação da MP na Assembleia, se não for melhorada a tabela salarial, tem tudo para se transformar num campo de batalha, com novas perdas também para os deputados da base. O preço a ser pago, mesmo que a medida seja aprovada, seria alto demais.
OMISSÃO
A coordenadora do Sinte, professora Alvete Bedin, garante que o movimento permanece forte e mais vivo no interior do Estado. Inúmeras iniciativas marcam, de forma criativa, esta greve. São atos públicos, carreatas, passeatas, manifestações a favor da greve. Também declara-se surpresa com uma constatação inédita: a do apoio dos pais, a solidariedade da comunidade e a inexistência de críticas da ação do magistério. Na segunda-feira, estará em Florianópolis a professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, que ganhou projeção nacional falando a políticos do seu Estado, num vídeo que virou campeão de acessos na internet.
Fatos novos sobre o desvio de recursos destinados à educação, manipulação de números do orçamento e a aplicação da lei federal ganharam destaque durante toda a semana. Outra revelação, agora, diz respeito à questão financeira federal. O artigo 4º da Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, dispõe que “a União deverá complementar” o piso salarial “nos casos em que o ente federativo, a partir da consideração dos recursos constitucionalmente vinculados à educação, não tenha disponibilidade orçamentária para cumprir o valor fixado”. O parágrafo primeiro diz que “o ente federativo deverá justificar sua necessidade e incapacidade, enviando ao Ministério da Educação solicitação fundamentada, acompanhada de planilha de custo comprovando a necessidade da complementação...”. O Estado deveria adequar seu plano de carreira e a remuneração do magistério até 31 de dezembro de 2009. O problema é que não houve remessa pelo governo estadual de planilha de custos nem adequação do plano de carreira e remuneração. A opção política foi questionar no Supremo Tribunal Federal a aplicação do piso salarial. Decidido pela Suprema Corte que piso é vencimento básico, ao Estado não restou outra alternativa senão pagá-lo. O governo aplicou a lei apenas nos níveis inferiores. Os professores querem o cumprimento integral, que prevê o piso para toda a carreira do magistério.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3329389.xml&template=3916.dwt&edition=17201§ion=134 - Acesso em 28/05/2011.
SALVE!!!! SALVE!!!! Alegria e felicidade sempre... Sejam todas e todos bem vindos. Esta é a página para quem tem prazer em ler artigos sobre Educação, História, Filosofia, Ciências da Religião, Sociologia, Ética, Política, Antropologia, Meio Ambiente, Geografia Humana, etc. Leia, comente e divulgue entre seus contatos. Paz e luz. Abraços Serranos...
AMIGOS DO PROFESSOR ZÉ WILSON
sábado, 28 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
VÍDEOS MUITO IMPORTANTES
ABRA E ASSISTA:
JEAN KULHMANN ENCONTRO DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 NO SALÃO CRISTO REI EM GASPAR PARTE 1
http://www.youtube.com/watch?v=jiItKluZYUI
Abra e assista:
JEAN KULHMANN ENCONTRO DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 NO SALÃO CRISTO REI EM GASPAR PARTE 2
http://www.youtube.com/watch?v=nSKhTeEqFvo
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 1
http://www.youtube.com/watch?v=LQzAs84sP8g
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 2
http://www.youtube.com/watch?v=q3uZ13SwgW8
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 3
http://www.youtube.com/watch?v=L__xX2xZcZM
QUEIMA SIMBOLICA DOS DIPLOMAS DOS PROFESSORES ESTADUAIS DE SC
http://www.youtube.com/watch?v=52YiaiaOB7s
GOSTARIA DE AGRADECER PROFUNDAMENTE AO NOBRE COLEGA, COMPANHEIRO E AMIGO QUE POSTOU ESTES LINKS.
JEAN KULHMANN ENCONTRO DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 NO SALÃO CRISTO REI EM GASPAR PARTE 1
http://www.youtube.com/watch?v=jiItKluZYUI
Abra e assista:
JEAN KULHMANN ENCONTRO DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 NO SALÃO CRISTO REI EM GASPAR PARTE 2
http://www.youtube.com/watch?v=nSKhTeEqFvo
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 1
http://www.youtube.com/watch?v=LQzAs84sP8g
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 2
http://www.youtube.com/watch?v=q3uZ13SwgW8
ATO FUNEBRE GREVE DOS PROFESSORES DIA 26/05/11 EM ITAJAI - QUEIMA DOS DIPLOMAS PARTE 3
http://www.youtube.com/watch?v=L__xX2xZcZM
QUEIMA SIMBOLICA DOS DIPLOMAS DOS PROFESSORES ESTADUAIS DE SC
http://www.youtube.com/watch?v=52YiaiaOB7s
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E:mail dos Deputados Estaduais
COPIE E COLE...
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CONVERSE COM ELES, POIS SÃO A NOSSA VOZ...
aldoschneider@alesc.sc.gov.br; guidi@alesc.sc.gov.br; anapaulalima@alesc.sc.gov.br; angela@alesc.sc.gov.br; antonioaguiar@alesc.sc.gov.br; carloschiodini@alesc.sc.gov.br; dadocherem@alesc.sc.gov.br; darcidematos@alesc.sc.gov.br; dirce@alesc.sc.gov.br; dirceu@dirceudresch.com.br; doiaguglielmi@alesc.sc.gov.br; edisonandrino@alesc.sc.gov.br; elizeumattos@alesc.sc.gov.br; merisio@alesc.sc.gov.br; knaesel@alesc.sc.gov.br; ismael@alesc.sc.gov.br; jailson@alesc.sc.gov.br; jean@deputadojean.com.br; joares@alesc.sc.gov.br; jorgeteixeira@alesc.sc.gov.br; josemilton@alesc.sc.gov.br; joseneiascari@alesc.sc.gov.br; deputado@knunes.com.br; lucianecarminatti@alesc.sc.gov.br; mota@alesc.sc.gov.br; marcosvieira@alesc.sc.gov.br; eskudlark@alesc.sc.gov.br; maurodenadal@alesc.sc.gov.br; moacir@alesc.sc.gov.br; parisotto@alesc.sc.gov.br; gabinetesaretta@alesc.sc.gov.br; nilson@alesc.sc.gov.br; padrepedro@alesc.sc.gov.br; reno@alesc.sc.gov.br; titon@alesc.sc.gov.br; sargentosoares@alesc.sc.gov.br; silviodreveck@alesc.sc.gov.br; comin@alesc.sc.gov.br; volneimorastoni@alesc.sc.gov.br
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Gered de Criciúma entra na greve do magistério e publica carta de adesão à paralisação
27/5/2011 - Gered de Criciúma entra na greve do magistério
e publica carta de adesão à paralisação
Carta de adesão à greve do servidores públicos da Educação do Estado de SC
Ao presenciar centenas de professores em Assembleia organizada pelo SINTE/SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) no auditório da Escola de Educação Básica Sebastião Toledo dos Santos(Colegião) na cidade de Criciúma, no dia 24 de maio(terça-feira),sentimo-nos motivados a participar do movimento.
Movimento este que vem traduzir a nossa indignação em relação à proposta, diga-se de passagem indecorosa do Governo do Estado de SC em equalizar o piso salarial dos profissionais da educação. Proposta que banaliza o comprometimento, empenho e investimento do profissional ao seguir a carreira do magistério. Carreira esta que está comprometida após a desvalorização acadêmica desse profissional.
Diante dessa situação, um grupo de 15 educadores dos 50 servidores que desempenham atividades na 21ª GERED de Criciúma aderiram à GREVE.
Profissionais que valorizam e entendem o que é ser professor.
Educadores determinados a lutar pela regularização do PISO SALARIAL DIGNO do profissional da Educação do Estado de Santa Catarina, respeitando o Plano de Carreira do Magistério Público Estadual.
Educadores que acreditam na força da Greve.
Educadores que apóiam integralmente os professores que estão em sala de aula.
Educadores que acreditam na luta pela valorização do magistério.
Cristina Bitencourt, Cristina Scandolara Bendo, Dilcineia Nazário Fernandes, Elizabeth Regis, Euclides Gerônimo Ribeiro, Eva Regina Miranda Souza, Ivanise Pagnan Bez Birolo, Ivanosca de Mesquita Orsi, Marlene Maria Tasca Rosso, Milza Maia Nabo, Nelci Pereira Metz, Sarita Luiz Custódio Borges, Solange Geremias Scotti, Soraia Cividini, Soraia Naspolini Coral.
Guerreiros...
Comprometidos...
Conscientes...
Ativos...
Quem tiver adjetivos como este, junte-se ao grupo!!!!
Gostaríamos de mobilizar os trabalhadores em Educação das GEREDs para podermos reforçar essa grande luta!!!
Acessem e se possível divulguem nosso blog: http://geredcriciuma.blogspot.com
Abraços
Grupo de adesão à greve GERED de Criciúma
e publica carta de adesão à paralisação
Carta de adesão à greve do servidores públicos da Educação do Estado de SC
Ao presenciar centenas de professores em Assembleia organizada pelo SINTE/SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) no auditório da Escola de Educação Básica Sebastião Toledo dos Santos(Colegião) na cidade de Criciúma, no dia 24 de maio(terça-feira),sentimo-nos motivados a participar do movimento.
Movimento este que vem traduzir a nossa indignação em relação à proposta, diga-se de passagem indecorosa do Governo do Estado de SC em equalizar o piso salarial dos profissionais da educação. Proposta que banaliza o comprometimento, empenho e investimento do profissional ao seguir a carreira do magistério. Carreira esta que está comprometida após a desvalorização acadêmica desse profissional.
Diante dessa situação, um grupo de 15 educadores dos 50 servidores que desempenham atividades na 21ª GERED de Criciúma aderiram à GREVE.
Profissionais que valorizam e entendem o que é ser professor.
Educadores determinados a lutar pela regularização do PISO SALARIAL DIGNO do profissional da Educação do Estado de Santa Catarina, respeitando o Plano de Carreira do Magistério Público Estadual.
Educadores que acreditam na força da Greve.
Educadores que apóiam integralmente os professores que estão em sala de aula.
Educadores que acreditam na luta pela valorização do magistério.
Cristina Bitencourt, Cristina Scandolara Bendo, Dilcineia Nazário Fernandes, Elizabeth Regis, Euclides Gerônimo Ribeiro, Eva Regina Miranda Souza, Ivanise Pagnan Bez Birolo, Ivanosca de Mesquita Orsi, Marlene Maria Tasca Rosso, Milza Maia Nabo, Nelci Pereira Metz, Sarita Luiz Custódio Borges, Solange Geremias Scotti, Soraia Cividini, Soraia Naspolini Coral.
Guerreiros...
Comprometidos...
Conscientes...
Ativos...
Quem tiver adjetivos como este, junte-se ao grupo!!!!
Gostaríamos de mobilizar os trabalhadores em Educação das GEREDs para podermos reforçar essa grande luta!!!
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Abraços
Grupo de adesão à greve GERED de Criciúma
27 de maio de 2011 | N° 9182 MOACIR PEREIRA
Colombo: o retorno
O governador Raimundo Colombo está retornando hoje a Santa Catarina, depois de duas semanas viajando pela Europa. A agenda que programara antes da partida está suspensa. Os compromissos foram cancelados. A começar pela conferência que faria hoje na 11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, em São Paulo. Foi convidado pessoalmente pelos organizadores e pelo patrono, o empresário Maurilio Biagi Filho, que se deslocou com o jatinho particular do interior paulista especialmente para convidar o governador. Santa Catarina é o único Estado homenageado na mais prestigiada feira do livro do interior de SP. O escritor português José Saramago (in memoriam) é o autor-destaque. O Estado é, também, o único com direito a uma ampla área. Um estande foi montado pela Santur e pela Fundação Catarinense de Cultura. Ali, acontecerão sessões de autógrafos de autores catarinenses, exibição de esculturas tirolesas da artista Mariana Thaler e exibição da banda da Oktoberfest. A editora da UFSC estará vendendo seus livros numa barraca especial.
Colombo manteve-se conectado durante toda a viagem com os assessores sobre os desdobramentos da greve dos professores. Estava convencido de que o pagamento do piso aos níveis baixos, definido na medida provisória, iria provocar o retorno imediato dos grevistas às salas de aula. Nada disso aconteceu. Ao contrário. Segundo o Sinte, não houve nenhum refluxo da greve, mas fortalecimento do movimento, incluindo a adesão de professores das Apaes e de outros segmentos ligados à área educacional. Outros fatos inesperados marcaram as atividades desta semana.
CORRERIA
O primeiro foi o apoio da Assembleia Legislativa. O segundo, a impressionante reação de estudantes e setores da opinião pública a favor dos professores. Até agora não se ouviram críticas à reivindicação do magistério. No Legislativo, as três deputadas de oposição, Ana Paula Lima e Luciane Carminatti, do PT, e Angela Albino, do PC do B, centraram suas baterias na inconstitucionalidade da medida provisória. Ganharam destaque nos debates do plenário e causaram uma correria na base governista. Para não perderam o jogo no teatro político, os deputados do DEM – ou PSD – lançaram a proposta de abertura de negociações. Chegaram a anunciar uma audiência entre os líderes partidários na Assembleia e o governador interino, Eduardo Moreira. A iniciativa foi classificada, nos bastidores, de amadora. Iam atirar a batata escaldada no colo de Eduardo Moreira. Estes impasses só costumam ser levados ao governador, maior autoridade, depois que as negociações estão fechadas nos bastidores. A reunião foi, então, cancelada. O argumento: a única forma de acabar com a greve seria o governo fazer uma nova proposta, com descompressão parcial da tabela salarial. Os novos percentuais, contudo, dependem de decisão do governador titular. Temas tão delicados não costumam ser enfrentados e solucionados por telefone. Outra questão delicada: o governo tem limites financeiros no orçamento para melhorar a proposta e descomprimir a tabela. A legislação do magistério é um complexo emaranhado e qualquer benefício repercute intensamente na despesa. Finalmente, o temor do chamado efeito dominó ou cascata. Colombo tem reiterado disposição de melhorar os salários dos professores, mas receia que atendendo seus pleitos seja pressionado, em seguida, pelos servidores da saúde e pelos policiais militares, dois setores que ficaram credores no governo Luiz Henrique–Pavan. O movimento dos professores está fortalecido, mas ninguém sabe até onde sustenta os atuais níveis de oxigênio. O governo também contabiliza pesado prejuízo político. E todos temem perdas eleitorais. A decisão de Colombo, neste fim de semana, partirá destes cenários.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3325981.xml&template=3916.dwt&edition=17199§ion=134 - Acesso em 27/05/2011
Colombo: o retorno
O governador Raimundo Colombo está retornando hoje a Santa Catarina, depois de duas semanas viajando pela Europa. A agenda que programara antes da partida está suspensa. Os compromissos foram cancelados. A começar pela conferência que faria hoje na 11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, em São Paulo. Foi convidado pessoalmente pelos organizadores e pelo patrono, o empresário Maurilio Biagi Filho, que se deslocou com o jatinho particular do interior paulista especialmente para convidar o governador. Santa Catarina é o único Estado homenageado na mais prestigiada feira do livro do interior de SP. O escritor português José Saramago (in memoriam) é o autor-destaque. O Estado é, também, o único com direito a uma ampla área. Um estande foi montado pela Santur e pela Fundação Catarinense de Cultura. Ali, acontecerão sessões de autógrafos de autores catarinenses, exibição de esculturas tirolesas da artista Mariana Thaler e exibição da banda da Oktoberfest. A editora da UFSC estará vendendo seus livros numa barraca especial.
Colombo manteve-se conectado durante toda a viagem com os assessores sobre os desdobramentos da greve dos professores. Estava convencido de que o pagamento do piso aos níveis baixos, definido na medida provisória, iria provocar o retorno imediato dos grevistas às salas de aula. Nada disso aconteceu. Ao contrário. Segundo o Sinte, não houve nenhum refluxo da greve, mas fortalecimento do movimento, incluindo a adesão de professores das Apaes e de outros segmentos ligados à área educacional. Outros fatos inesperados marcaram as atividades desta semana.
CORRERIA
O primeiro foi o apoio da Assembleia Legislativa. O segundo, a impressionante reação de estudantes e setores da opinião pública a favor dos professores. Até agora não se ouviram críticas à reivindicação do magistério. No Legislativo, as três deputadas de oposição, Ana Paula Lima e Luciane Carminatti, do PT, e Angela Albino, do PC do B, centraram suas baterias na inconstitucionalidade da medida provisória. Ganharam destaque nos debates do plenário e causaram uma correria na base governista. Para não perderam o jogo no teatro político, os deputados do DEM – ou PSD – lançaram a proposta de abertura de negociações. Chegaram a anunciar uma audiência entre os líderes partidários na Assembleia e o governador interino, Eduardo Moreira. A iniciativa foi classificada, nos bastidores, de amadora. Iam atirar a batata escaldada no colo de Eduardo Moreira. Estes impasses só costumam ser levados ao governador, maior autoridade, depois que as negociações estão fechadas nos bastidores. A reunião foi, então, cancelada. O argumento: a única forma de acabar com a greve seria o governo fazer uma nova proposta, com descompressão parcial da tabela salarial. Os novos percentuais, contudo, dependem de decisão do governador titular. Temas tão delicados não costumam ser enfrentados e solucionados por telefone. Outra questão delicada: o governo tem limites financeiros no orçamento para melhorar a proposta e descomprimir a tabela. A legislação do magistério é um complexo emaranhado e qualquer benefício repercute intensamente na despesa. Finalmente, o temor do chamado efeito dominó ou cascata. Colombo tem reiterado disposição de melhorar os salários dos professores, mas receia que atendendo seus pleitos seja pressionado, em seguida, pelos servidores da saúde e pelos policiais militares, dois setores que ficaram credores no governo Luiz Henrique–Pavan. O movimento dos professores está fortalecido, mas ninguém sabe até onde sustenta os atuais níveis de oxigênio. O governo também contabiliza pesado prejuízo político. E todos temem perdas eleitorais. A decisão de Colombo, neste fim de semana, partirá destes cenários.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3325981.xml&template=3916.dwt&edition=17199§ion=134 - Acesso em 27/05/2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Relação dos deputados estaduais - mande manifesto reivindicando que rejeitem a MP
25/5/2011 -
Relação dos deputados estaduais mande manifesto reivindicando que rejeitem a MP
Seguem os endereços eletrônicos de nossos deputados estaduais para que você possa se manifestar contra a Medida Provisória que o Governo do Estado encaminhou para votação na ALESC.
O Governo não pode destruir o Plano de Carreira do magistério, conquistado com tanta luta!!!
Professor, cobre ação de nossos representantes para que derrubem a Medida Provisória. Pela implantação da Lei, respeitando a Carreira do Magistério!
Agora é a Hora, mais do que nunca a GREVE CONTINUA!!
Deputados Estaduais Gab. Telefone Email Fax Município
Aldo Schneider - PMDB 045 3221.2683 aldoschneider@alesc.sc.gov.br 3221.2684 Ibirama
Altair Guidi - PPS - Líder 003 3221.2667 guidi@alesc.sc.gov.br 3221.2669 Criciúma
Ana Paula Lima - PT - 4º Secretário 040 3221.2680 anapaulalima@alesc.sc.gov.br 3221.2681 Blumenau
Angela Albino - PCdoB - Líder 024 3221.2686 angela@alesc.sc.gov.br 3221.2687 Florianópolis
Antônio Aguiar - PMDB - 3º Secretário 005 3221.2650 antonioaguiar@alesc.sc.gov.br 3221.2651 Canoinhas
Carlos Chiodini - PMDB 042 3221.2720 carloschiodini@alesc.sc.gov.br 3221.2721 Jaraguá do Sul
Dado Cherem - PSDB - Líder 020 3221.2775 dadocherem@alesc.sc.gov.br 3221.2776 Balneário Camboriú
Darci de Matos - DEM - Líder 043 3221.2735 darcidematos@alesc.sc.gov.br 3221.2736 Joinville
Dirce Heiderscheidt* - PMDB 026 3221.2698 dirce@alesc.sc.gov.br 3221.2858 Palhoça
Dirceu Dresch - PT - Líder 006-A 3221.2628 dirceu@dirceudresch.com.br 3221.2630 Saudades
Dóia Guglielmi - PSDB 034 3221.2695 doiaguglielmi@alesc.sc.gov.br 3221.2697 Içara
Edison Andrino* - PMDB 047 3221.2853 edisonandrino@alesc.sc.gov.br 3221.2733 Florianópolis
Elizeu Mattos - PMDB - Líder do Governo 012 3221.2705 elizeumattos@alesc.sc.gov.br 3221.2706 Lages
Gelson Merisio - DEM - Presidente 100 3221.2692 merisio@alesc.sc.gov.br 3221.2693 Chapecó
Gilmar Knaesel - PSDB 027 3221.2632 knaesel@alesc.sc.gov.br 3221.2633 Pomerode
Ismael dos Santos - DEM 033 3221.2577 ismael@alesc.sc.gov.br 3221.2660 Blumenau
Jailson Lima - PT - 1º Secretário 102 3221.2638 jailson@alesc.sc.gov.br 3221.2639 Rio do Sul
Jean Kuhlmann - DEM 044 3221.2704 jean@deputadojean.com.br 3221.2706 Blumenau
Joares Ponticelli - PP 028 3221.2711 joares@alesc.sc.gov.br 3221.2712 Tubarão
Jorge Teixeira - DEM 048 3221.2644 jorgeteixeira@alesc.sc.gov.br 3221.2703 Mesorregião do Alto Vale de Itajaí
José Milton Scheffer - PP 030 3221.2671 josemilton@alesc.sc.gov.br 3221.2672 Sombrio
José Nei Ascari - DEM 035 3221.2947 joseneiascari@alesc.sc.gov.br 3221.2928 Braço do Norte
Kennedy Nunes - PP 006-B 3221.2653 deputado@knunes.com.br 3221.2654 Joinville
Luciane Carminatti - PT 031 3221.2662 lucianecarminatti@alesc.sc.gov.br 3221.2663 Chapecó
Manoel Mota - PMDB - Líder 013 3221.2674 mota@alesc.sc.gov.br 3221.2675 Araranguá
Marcos Vieira - PSDB 032 3221.2707 marcosvieira@alesc.sc.gov.br 3221.2709 Florianópolis
Maurício Eskudlark * - PSDB 011 3221.2874 eskudlark@alesc.sc.gov.br 3221.2636 São Miguel do Oeste
Mauro de Nadal* - PMDB 046 3221.2702 maurodenadal@alesc.sc.gov.br 3221.2648 Cunha Porã
Moacir Sopelsa - PMDB - 1º Vice-Presidente 101 3221.2713 moacir@alesc.sc.gov.br 3221.2715 Concórdia
Narcizo Parisotto - PTB - Líder 010 3221.2748 parisotto@alesc.sc.gov.br 3221.2749 Chapecó
Neodi Saretta - PT 039 3221.2665 gabinetesaretta@alesc.sc.gov 3221.2666 Concórdia
Nilson Gonçalves - PSDB - 2º Vice-Presidente 103 3221.2745 nilson@alesc.sc.gov.br 3221.2746 Joinville
Padre Pedro Baldissera - PT 009 3221.2726 padrepedro@alesc.sc.gov.br 3221.2727 Guaraciaba
Reno Caramori - PP - 2º Secretário 036 3221.2655 reno@alesc.sc.gov.br 3221.2657 Caçador
Romildo Titon - PMDB 041 3221.2723 titon@alesc.sc.gov.br 3221.2724 Campos Novos
Sargento Amauri Soares - PDT - Líder 008 3221.2640 sargentosoares@alesc.sc.gov.br 3221.2641 São José
Silvio Dreveck - PP - Líder 049 3221.2729 silviodreveck@alesc.sc.gov.br 3221.2730 São Bento do Sul
Valmir Comin - PP 037 3221.2677 comin@alesc.sc.gov.br 3221.2678 Siderópolis
Volnei Morastoni - PT 029 3221.2737 volneimorastoni@alesc.sc.gov.br 3221.2739 Itajaí
Relação dos deputados estaduais mande manifesto reivindicando que rejeitem a MP
Seguem os endereços eletrônicos de nossos deputados estaduais para que você possa se manifestar contra a Medida Provisória que o Governo do Estado encaminhou para votação na ALESC.
O Governo não pode destruir o Plano de Carreira do magistério, conquistado com tanta luta!!!
Professor, cobre ação de nossos representantes para que derrubem a Medida Provisória. Pela implantação da Lei, respeitando a Carreira do Magistério!
Agora é a Hora, mais do que nunca a GREVE CONTINUA!!
Deputados Estaduais Gab. Telefone Email Fax Município
Aldo Schneider - PMDB 045 3221.2683 aldoschneider@alesc.sc.gov.br 3221.2684 Ibirama
Altair Guidi - PPS - Líder 003 3221.2667 guidi@alesc.sc.gov.br 3221.2669 Criciúma
Ana Paula Lima - PT - 4º Secretário 040 3221.2680 anapaulalima@alesc.sc.gov.br 3221.2681 Blumenau
Angela Albino - PCdoB - Líder 024 3221.2686 angela@alesc.sc.gov.br 3221.2687 Florianópolis
Antônio Aguiar - PMDB - 3º Secretário 005 3221.2650 antonioaguiar@alesc.sc.gov.br 3221.2651 Canoinhas
Carlos Chiodini - PMDB 042 3221.2720 carloschiodini@alesc.sc.gov.br 3221.2721 Jaraguá do Sul
Dado Cherem - PSDB - Líder 020 3221.2775 dadocherem@alesc.sc.gov.br 3221.2776 Balneário Camboriú
Darci de Matos - DEM - Líder 043 3221.2735 darcidematos@alesc.sc.gov.br 3221.2736 Joinville
Dirce Heiderscheidt* - PMDB 026 3221.2698 dirce@alesc.sc.gov.br 3221.2858 Palhoça
Dirceu Dresch - PT - Líder 006-A 3221.2628 dirceu@dirceudresch.com.br 3221.2630 Saudades
Dóia Guglielmi - PSDB 034 3221.2695 doiaguglielmi@alesc.sc.gov.br 3221.2697 Içara
Edison Andrino* - PMDB 047 3221.2853 edisonandrino@alesc.sc.gov.br 3221.2733 Florianópolis
Elizeu Mattos - PMDB - Líder do Governo 012 3221.2705 elizeumattos@alesc.sc.gov.br 3221.2706 Lages
Gelson Merisio - DEM - Presidente 100 3221.2692 merisio@alesc.sc.gov.br 3221.2693 Chapecó
Gilmar Knaesel - PSDB 027 3221.2632 knaesel@alesc.sc.gov.br 3221.2633 Pomerode
Ismael dos Santos - DEM 033 3221.2577 ismael@alesc.sc.gov.br 3221.2660 Blumenau
Jailson Lima - PT - 1º Secretário 102 3221.2638 jailson@alesc.sc.gov.br 3221.2639 Rio do Sul
Jean Kuhlmann - DEM 044 3221.2704 jean@deputadojean.com.br 3221.2706 Blumenau
Joares Ponticelli - PP 028 3221.2711 joares@alesc.sc.gov.br 3221.2712 Tubarão
Jorge Teixeira - DEM 048 3221.2644 jorgeteixeira@alesc.sc.gov.br 3221.2703 Mesorregião do Alto Vale de Itajaí
José Milton Scheffer - PP 030 3221.2671 josemilton@alesc.sc.gov.br 3221.2672 Sombrio
José Nei Ascari - DEM 035 3221.2947 joseneiascari@alesc.sc.gov.br 3221.2928 Braço do Norte
Kennedy Nunes - PP 006-B 3221.2653 deputado@knunes.com.br 3221.2654 Joinville
Luciane Carminatti - PT 031 3221.2662 lucianecarminatti@alesc.sc.gov.br 3221.2663 Chapecó
Manoel Mota - PMDB - Líder 013 3221.2674 mota@alesc.sc.gov.br 3221.2675 Araranguá
Marcos Vieira - PSDB 032 3221.2707 marcosvieira@alesc.sc.gov.br 3221.2709 Florianópolis
Maurício Eskudlark * - PSDB 011 3221.2874 eskudlark@alesc.sc.gov.br 3221.2636 São Miguel do Oeste
Mauro de Nadal* - PMDB 046 3221.2702 maurodenadal@alesc.sc.gov.br 3221.2648 Cunha Porã
Moacir Sopelsa - PMDB - 1º Vice-Presidente 101 3221.2713 moacir@alesc.sc.gov.br 3221.2715 Concórdia
Narcizo Parisotto - PTB - Líder 010 3221.2748 parisotto@alesc.sc.gov.br 3221.2749 Chapecó
Neodi Saretta - PT 039 3221.2665 gabinetesaretta@alesc.sc.gov 3221.2666 Concórdia
Nilson Gonçalves - PSDB - 2º Vice-Presidente 103 3221.2745 nilson@alesc.sc.gov.br 3221.2746 Joinville
Padre Pedro Baldissera - PT 009 3221.2726 padrepedro@alesc.sc.gov.br 3221.2727 Guaraciaba
Reno Caramori - PP - 2º Secretário 036 3221.2655 reno@alesc.sc.gov.br 3221.2657 Caçador
Romildo Titon - PMDB 041 3221.2723 titon@alesc.sc.gov.br 3221.2724 Campos Novos
Sargento Amauri Soares - PDT - Líder 008 3221.2640 sargentosoares@alesc.sc.gov.br 3221.2641 São José
Silvio Dreveck - PP - Líder 049 3221.2729 silviodreveck@alesc.sc.gov.br 3221.2730 São Bento do Sul
Valmir Comin - PP 037 3221.2677 comin@alesc.sc.gov.br 3221.2678 Siderópolis
Volnei Morastoni - PT 029 3221.2737 volneimorastoni@alesc.sc.gov.br 3221.2739 Itajaí
Governo não apresenta proposta e greve continua
Medida Provisória significa fim do Plano de Carreira
A audiência realizada na manhã desta 2ª feira, 23, entre a comissão de representantes do Comando de Greve Estadual e representantes do Governo do Estado, frustrou as expectativas de apresentação de uma proposta para o cumprimento da Lei do Piso. O Governo não apresentou
nenhuma proposta.
Apesar de todos os trabalhadores em Educação do estado terem uma grande expectativa em
relação a negociação; não houve negociação, isto dito pelo próprio governo, mas apenas um comunicado de que o pagamento seria feito através do envio de uma Medida Provisória; e qualquer
continuidade de negociação está condicionada ao final da greve, conforme foi afirmado categoricamente pelo governo que “não negocia com categoria parada”.
O Secretário de Educação marco Tebaldi, mais uma vez, mostrou-se inoperante e quase não se pronunciou durante a audiência. Ele apenas disse que “é difícil resolver a situação” e jogou
toda a responsabilidade pela condução da audiência ao Secretário-adjunto Eduardo Deschamps que,
diante de questionamentos sobre o apoio da sociedade à greve, afirmou que, segundo pesquisas, a educação não está entre as prioridades da sociedade.
Diante disso a Comissão do comando de greve tentou avançar na negociação, mas foi ignorada.
A partir disso, o Comando Estadual de Greve se reuniu na parte da tarde para fazer uma avaliação da posição do governo, e de como está a adesão à greve nas regionais.
Foi verificado que a adesão está se mantendo em 90% e a categoria continua mobilizada.
Houve consenso no comando de greve que esta Medida Provisória do jeito que foi apresentada significa a extinção do plano de carreira, pois quem tem apenas a formação de ensino médio
terá um salário cerca de 16% menor que alguém com Doutorado.
O Comando de greve saiu coeso da reunião, reafirmando a sua rejeição a edição da Medida Provisória, a manutenção da greve por tempo indeterminado e rejeitando completamente o
posicionamento e o que foi apresentado pelos representantes do governo.
Medida Provisória significa fim do Plano de Carreira
Veja como ficará a Tabela Salarial do Magistério em SC.
NÍVEL
A (B1) B(02) C (03) D (04) E (05) F(06) G (07)
01 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
02 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
03 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
04 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
05 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
06 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
07 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
08 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.200,94 1.233,96 1.267,90
09 1.187,00 1.200,94 1.233,96 1.267,90 1.302,78 1.338,60 1.375,41
10 1.267,90 1.302,78 1.338,60 1.375,41 1.413,25 1.452,12 1.492,05
11 1.375,41 1.413,25 1.452,12 1.492,05 1.533,10 1.575,26 1.618,58
12 1.492,05 1.533,10 1.575,26 1.618,58 1.663,10 1.708,84 1.755,83
O vencimento de um professor com formação de magistério é equiparada ao vencimento de um professor de nível superior. Há total achatamento da tabela salarial e destruição da carreira do magistério.
Na atual tabela, a diferença entre os dois é de 63%. O governo continuou não respeitando a lei do Piso ao não considerar o Piso como vencimento inicial de carreira.
Com a Medida Provisória, os únicos trabalhadores na Educação que terão ganho são aqueles que
possuem formação de magistério (1 A).
Para os que possuem licenciatura plena (7A) terão uma perda de R$ 934,35 em relação ao Piso.
Remuneração de um Professor com formação de magistério que atua nos anos Iniciais:
Vencimento inicial: 1.187,00
40% regência: 474,80
Prêmio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.993,80
Remuneração de um Professor com Pós Graduação que atua nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio:
Vencimento inicial 1.267,81
25% regência 316,95
Prêmio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.916,76
PISO É LEI!
FAÇA VALER!
A audiência realizada na manhã desta 2ª feira, 23, entre a comissão de representantes do Comando de Greve Estadual e representantes do Governo do Estado, frustrou as expectativas de apresentação de uma proposta para o cumprimento da Lei do Piso. O Governo não apresentou
nenhuma proposta.
Apesar de todos os trabalhadores em Educação do estado terem uma grande expectativa em
relação a negociação; não houve negociação, isto dito pelo próprio governo, mas apenas um comunicado de que o pagamento seria feito através do envio de uma Medida Provisória; e qualquer
continuidade de negociação está condicionada ao final da greve, conforme foi afirmado categoricamente pelo governo que “não negocia com categoria parada”.
O Secretário de Educação marco Tebaldi, mais uma vez, mostrou-se inoperante e quase não se pronunciou durante a audiência. Ele apenas disse que “é difícil resolver a situação” e jogou
toda a responsabilidade pela condução da audiência ao Secretário-adjunto Eduardo Deschamps que,
diante de questionamentos sobre o apoio da sociedade à greve, afirmou que, segundo pesquisas, a educação não está entre as prioridades da sociedade.
Diante disso a Comissão do comando de greve tentou avançar na negociação, mas foi ignorada.
A partir disso, o Comando Estadual de Greve se reuniu na parte da tarde para fazer uma avaliação da posição do governo, e de como está a adesão à greve nas regionais.
Foi verificado que a adesão está se mantendo em 90% e a categoria continua mobilizada.
Houve consenso no comando de greve que esta Medida Provisória do jeito que foi apresentada significa a extinção do plano de carreira, pois quem tem apenas a formação de ensino médio
terá um salário cerca de 16% menor que alguém com Doutorado.
O Comando de greve saiu coeso da reunião, reafirmando a sua rejeição a edição da Medida Provisória, a manutenção da greve por tempo indeterminado e rejeitando completamente o
posicionamento e o que foi apresentado pelos representantes do governo.
Medida Provisória significa fim do Plano de Carreira
Veja como ficará a Tabela Salarial do Magistério em SC.
NÍVEL
A (B1) B(02) C (03) D (04) E (05) F(06) G (07)
01 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
02 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
03 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
04 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
05 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
06 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
07 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00
08 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.187,00 1.200,94 1.233,96 1.267,90
09 1.187,00 1.200,94 1.233,96 1.267,90 1.302,78 1.338,60 1.375,41
10 1.267,90 1.302,78 1.338,60 1.375,41 1.413,25 1.452,12 1.492,05
11 1.375,41 1.413,25 1.452,12 1.492,05 1.533,10 1.575,26 1.618,58
12 1.492,05 1.533,10 1.575,26 1.618,58 1.663,10 1.708,84 1.755,83
O vencimento de um professor com formação de magistério é equiparada ao vencimento de um professor de nível superior. Há total achatamento da tabela salarial e destruição da carreira do magistério.
Na atual tabela, a diferença entre os dois é de 63%. O governo continuou não respeitando a lei do Piso ao não considerar o Piso como vencimento inicial de carreira.
Com a Medida Provisória, os únicos trabalhadores na Educação que terão ganho são aqueles que
possuem formação de magistério (1 A).
Para os que possuem licenciatura plena (7A) terão uma perda de R$ 934,35 em relação ao Piso.
Remuneração de um Professor com formação de magistério que atua nos anos Iniciais:
Vencimento inicial: 1.187,00
40% regência: 474,80
Prêmio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.993,80
Remuneração de um Professor com Pós Graduação que atua nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio:
Vencimento inicial 1.267,81
25% regência 316,95
Prêmio 200,00
Vale Alimentação 132,00
Total 1.916,76
PISO É LEI!
FAÇA VALER!
terça-feira, 24 de maio de 2011
GREVE DO MAGISTÉRIO: Piso de R$ 1.187 é rejeitado
24 de maio de 2011 | N° 9179
GREVE DO MAGISTÉRIO
Piso de R$ 1.187 é rejeitado
Sinte diz que a proposta do governo é um “achatamento” nos salários e mantém a paralisação
O governo do Estado vai pagar o piso nacional do magistério, de R$ 1.187, para os professores que ainda não recebiam isso no salário-base, além do pagamento dos abonos. A proposta, apresentada ontem em audiência, foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), por não acompanhar a progressão na carreira (do ensino médio à pós-graduação). Mesmo sem acordo, a medida provisória (MP) com o texto da mudança foi assinada, ontem, pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira.
O novo valor do salário-base beneficia cerca de 35 mil docentes, 53% da rede estadual. Com a mudança, um professor de nível médio, que ganhava R$ 609 de salário-base, passa a ganhar R$ 1.187, com a manutenção do Prêmio Educar (R$ 200) e da regência de classe (40% ou 25% sobre o salário). Já para um professor pós-graduado, nada muda, porque o salário-base dele era acima do piso. A diferença salarial inicial entre um professor com ensino médio e um com doutorado passa a ser de R$ 305. Antes era de R$ 883.
Em percentuais, o salário inicial do profissional com doutorado era 145% maior do que aquele com ensino médio. Agora, a diferença cai para 25,6%.
A coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, definiu a proposta como uma afronta, por não respeitar a progressão na carreira e o tempo de serviço, uma reivindicação dos professores. Ela não será encaminhada para votação em assembleia estadual. Com isso, a greve do magistério segue por tempo indeterminado.
– Para nós, não houve proposta, houve um achatamento na nossa tabela. Desestimula qualquer professor a buscar formação e qualificação – ressaltou a coordenadora.
O reajuste representa R$ 14 milhões de gasto a mais por mês, cerca de R$ 140,5 milhões em 2011.
O secretário de Educação, Marco Tebaldi, argumentou que a proposta está dentro do que o governo tem condições de pagar. Ele ainda disse que poderá discutir com o Sinte a questão da carreira, assim que os professores voltarem a dar aula.
Concentrados em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (SED), onde foi realizada a audiência, professores demonstraram indignação com a proposta apresentada.
– Achei ridículo! Como um professor pós-graduado vai ganhar o mesmo que um professor que só tem ensino médio? O governo quer nivelar todo mundo – protestou Marlene Spricigo, docente há 22 anos.
Assistente pedagógica há seis anos, Denise Scheid considerou a proposta de ontem um desrespeito:
– A gente sabia que a proposta não seria aquilo que a gente queria, mas não imaginávamos que seria tão desrespeitosa – afirmou.
Protestos seguem em outras cidades de SC
Cerca de 200 professores da rede estadual fizeram uma manifestação em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, por mais uma tentativa de acordo salarial entre a categoria e o Estado.
Na região, quase 8 mil alunos estão sendo afetados pela greve. Nos 13 municípios de abrangência da Gerência Regional de Educação (Gered), professores de 21 escolas estão em greve parcial ou total. A passeata começou na Praça da Catedral. Os professores seguiram até a Gered, onde entregaram uma pauta de reivindicações à gerente de Educação. Além do piso nacional, eles querem outras melhorias. O plano de cargos e salários é uma delas, segundo a diretora executiva do Sinte em Joaçaba, Lourdes Tersch.
Em Blumenau, os professores do Vale do Itajaí voltam a se reunir hoje, às 14h, no Colégio Pedro II, para ouvir o resultado das negociações com o governo. Na sequência da assembleia, está programada uma passeata.
julia.antunes@diario.com.br
JÚLIA ANTUNES LORENÇO
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3321769.xml&template=3898.dwt&edition=17174§ion=213 - Acesso em 24/05/2011.
GREVE DO MAGISTÉRIO
Piso de R$ 1.187 é rejeitado
Sinte diz que a proposta do governo é um “achatamento” nos salários e mantém a paralisação
O governo do Estado vai pagar o piso nacional do magistério, de R$ 1.187, para os professores que ainda não recebiam isso no salário-base, além do pagamento dos abonos. A proposta, apresentada ontem em audiência, foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), por não acompanhar a progressão na carreira (do ensino médio à pós-graduação). Mesmo sem acordo, a medida provisória (MP) com o texto da mudança foi assinada, ontem, pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira.
O novo valor do salário-base beneficia cerca de 35 mil docentes, 53% da rede estadual. Com a mudança, um professor de nível médio, que ganhava R$ 609 de salário-base, passa a ganhar R$ 1.187, com a manutenção do Prêmio Educar (R$ 200) e da regência de classe (40% ou 25% sobre o salário). Já para um professor pós-graduado, nada muda, porque o salário-base dele era acima do piso. A diferença salarial inicial entre um professor com ensino médio e um com doutorado passa a ser de R$ 305. Antes era de R$ 883.
Em percentuais, o salário inicial do profissional com doutorado era 145% maior do que aquele com ensino médio. Agora, a diferença cai para 25,6%.
A coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, definiu a proposta como uma afronta, por não respeitar a progressão na carreira e o tempo de serviço, uma reivindicação dos professores. Ela não será encaminhada para votação em assembleia estadual. Com isso, a greve do magistério segue por tempo indeterminado.
– Para nós, não houve proposta, houve um achatamento na nossa tabela. Desestimula qualquer professor a buscar formação e qualificação – ressaltou a coordenadora.
O reajuste representa R$ 14 milhões de gasto a mais por mês, cerca de R$ 140,5 milhões em 2011.
O secretário de Educação, Marco Tebaldi, argumentou que a proposta está dentro do que o governo tem condições de pagar. Ele ainda disse que poderá discutir com o Sinte a questão da carreira, assim que os professores voltarem a dar aula.
Concentrados em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (SED), onde foi realizada a audiência, professores demonstraram indignação com a proposta apresentada.
– Achei ridículo! Como um professor pós-graduado vai ganhar o mesmo que um professor que só tem ensino médio? O governo quer nivelar todo mundo – protestou Marlene Spricigo, docente há 22 anos.
Assistente pedagógica há seis anos, Denise Scheid considerou a proposta de ontem um desrespeito:
– A gente sabia que a proposta não seria aquilo que a gente queria, mas não imaginávamos que seria tão desrespeitosa – afirmou.
Protestos seguem em outras cidades de SC
Cerca de 200 professores da rede estadual fizeram uma manifestação em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, por mais uma tentativa de acordo salarial entre a categoria e o Estado.
Na região, quase 8 mil alunos estão sendo afetados pela greve. Nos 13 municípios de abrangência da Gerência Regional de Educação (Gered), professores de 21 escolas estão em greve parcial ou total. A passeata começou na Praça da Catedral. Os professores seguiram até a Gered, onde entregaram uma pauta de reivindicações à gerente de Educação. Além do piso nacional, eles querem outras melhorias. O plano de cargos e salários é uma delas, segundo a diretora executiva do Sinte em Joaçaba, Lourdes Tersch.
Em Blumenau, os professores do Vale do Itajaí voltam a se reunir hoje, às 14h, no Colégio Pedro II, para ouvir o resultado das negociações com o governo. Na sequência da assembleia, está programada uma passeata.
julia.antunes@diario.com.br
JÚLIA ANTUNES LORENÇO
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3321769.xml&template=3898.dwt&edition=17174§ion=213 - Acesso em 24/05/2011.
Proposta frustrante
24 de maio de 2011 | N° 9179 MOACIR PEREIRA
Proposta frustrante
Seu nome, Aline. Sua escola, a Estadual Irmã Maria Tereza. Adolescente loira, olhos avermelhados, num rosto meigo carregado de esperanças. No meio dos professores postados frente ao prédio da Secretaria da Educação, ela também esperava a proposta conciliadora do fim da greve. A expectativa virou suspense, beirando a tensão. O movimento do magistério teria duas opções: ou o governo pagava o piso salarial sobre toda a carreira e eles iriam celebrar; ou a anunciada medida provisória vinha capenga, abrangendo apenas parte dos professores, e a greve iria continuar. Deu o pior. Solidária, a jovem aluna explicava sua decepção. Queria melhores salários para seus professores, desejava retornar à sala de aula, acalentava muitos sonhos com seus colegas. Tinha vindo para ouvir a boa nova e recebera um balde de água fria.
O sentimento dos professores ali presentes era refletido num misto de frustrações, indignação e até revolta. Formaram coro para xingar o secretário. Lançaram slogans de críticas ao governo Colombo. Abandonaram as faixas e saíram em silêncio, num clima lúgubre. Mas, em paz, saíram anunciando mais greve.
Os que ali permaneceram faziam relatos dramáticos. Um professor da Escola Wanderley Júnior, com 23 turmas, 30 alunos por turma, 18 anos de atividade, ganha cerca de R$ 2 mil. Chegou outro, melhor qualificado, que leciona português e inglês, duas disciplinas vitais na formação dos jovens. Tem regime de 60 horas por semana. Isso mesmo: 12 horas de trabalho por dia. Começa às 7h30min e só volta para casa depois das 22h. Tem 26 turmas e 700 alunos. Descanso semanal, nem pensar. Aproveita sábados e domingos para corrigir provas. Pior: vai almoçar em casa todos os dias porque o auxílio-alimentação dos professores catarinenses é uma indecência: R$ 6 por dia. Ou R$ 132 por mês, contra mais de R$ 800 dos servidores dos outros poderes.
GESTÃO?
O que os professores vêm relatando, em depoimentos nas assembleias, nos comentários no blog do clicrbs, no Twitter, é de arrepiar. Não só pela condição a que estão submetidos por uma carga horária desumana sem remuneração compatível. Também pelas condições de trabalho. Há escolas em que falta material escolar, outras carecem de instalações e um terceiro grupo onde a gestão é zero. Sem falar na convivência. Afilhados políticos, muitos diretores estão mais ligados aos padrinhos do que comprometidos com o ensino. O mesmo vale para as gerências educacionais, igualmente partidarizadas.
A proposta do governo para acabar a greve nem foi considerada. Por dois motivos: 1. Não aplica o piso a todos na carreira; 2. Achata os salários, provocando desestímulo na formação. Professor com doutorado ganhará pouco mais do que um colega com licenciatura. Que incentivo terá para procurar aprimoramento? E, ainda, que a vocação imponha a educação permanente, com que condição financeira? O governo agiu politicamente. Ofereceu condições de diálogo com os dirigentes do Sinte, mas não negociou nada. Criou um clima de acordo, mas a medida provisória sobre o pagamento do piso já estava pronta na sexta-feira. Foi apenas “comunicada” ao Sinte.
Tem-se um jogo com riscos em ambos os lados. O governo diz que chegou no limite de sua capacidade financeira e aposta que o pagamento do piso vai rachar o movimento e levar a metade do magistério de volta às salas de aula. O Sinte avalia o oposto, esperançoso de manter a unidade da categoria, a solidariedade dos que estão iniciando e o valor da carreira como incentivo funcional e salarial para todo o magistério.
Perdeu-se uma chance de avanço coletivo: dos justos salários a todo o magistério, da negociação política, de mais qualidade na educação e de mais valorização da cidadania. Por tudo isso, o resultado foi frustrante.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3321780.xml&template=3916.dwt&edition=17174§ion=134 - Acesso em 24/05/2011.
Proposta frustrante
Seu nome, Aline. Sua escola, a Estadual Irmã Maria Tereza. Adolescente loira, olhos avermelhados, num rosto meigo carregado de esperanças. No meio dos professores postados frente ao prédio da Secretaria da Educação, ela também esperava a proposta conciliadora do fim da greve. A expectativa virou suspense, beirando a tensão. O movimento do magistério teria duas opções: ou o governo pagava o piso salarial sobre toda a carreira e eles iriam celebrar; ou a anunciada medida provisória vinha capenga, abrangendo apenas parte dos professores, e a greve iria continuar. Deu o pior. Solidária, a jovem aluna explicava sua decepção. Queria melhores salários para seus professores, desejava retornar à sala de aula, acalentava muitos sonhos com seus colegas. Tinha vindo para ouvir a boa nova e recebera um balde de água fria.
O sentimento dos professores ali presentes era refletido num misto de frustrações, indignação e até revolta. Formaram coro para xingar o secretário. Lançaram slogans de críticas ao governo Colombo. Abandonaram as faixas e saíram em silêncio, num clima lúgubre. Mas, em paz, saíram anunciando mais greve.
Os que ali permaneceram faziam relatos dramáticos. Um professor da Escola Wanderley Júnior, com 23 turmas, 30 alunos por turma, 18 anos de atividade, ganha cerca de R$ 2 mil. Chegou outro, melhor qualificado, que leciona português e inglês, duas disciplinas vitais na formação dos jovens. Tem regime de 60 horas por semana. Isso mesmo: 12 horas de trabalho por dia. Começa às 7h30min e só volta para casa depois das 22h. Tem 26 turmas e 700 alunos. Descanso semanal, nem pensar. Aproveita sábados e domingos para corrigir provas. Pior: vai almoçar em casa todos os dias porque o auxílio-alimentação dos professores catarinenses é uma indecência: R$ 6 por dia. Ou R$ 132 por mês, contra mais de R$ 800 dos servidores dos outros poderes.
GESTÃO?
O que os professores vêm relatando, em depoimentos nas assembleias, nos comentários no blog do clicrbs, no Twitter, é de arrepiar. Não só pela condição a que estão submetidos por uma carga horária desumana sem remuneração compatível. Também pelas condições de trabalho. Há escolas em que falta material escolar, outras carecem de instalações e um terceiro grupo onde a gestão é zero. Sem falar na convivência. Afilhados políticos, muitos diretores estão mais ligados aos padrinhos do que comprometidos com o ensino. O mesmo vale para as gerências educacionais, igualmente partidarizadas.
A proposta do governo para acabar a greve nem foi considerada. Por dois motivos: 1. Não aplica o piso a todos na carreira; 2. Achata os salários, provocando desestímulo na formação. Professor com doutorado ganhará pouco mais do que um colega com licenciatura. Que incentivo terá para procurar aprimoramento? E, ainda, que a vocação imponha a educação permanente, com que condição financeira? O governo agiu politicamente. Ofereceu condições de diálogo com os dirigentes do Sinte, mas não negociou nada. Criou um clima de acordo, mas a medida provisória sobre o pagamento do piso já estava pronta na sexta-feira. Foi apenas “comunicada” ao Sinte.
Tem-se um jogo com riscos em ambos os lados. O governo diz que chegou no limite de sua capacidade financeira e aposta que o pagamento do piso vai rachar o movimento e levar a metade do magistério de volta às salas de aula. O Sinte avalia o oposto, esperançoso de manter a unidade da categoria, a solidariedade dos que estão iniciando e o valor da carreira como incentivo funcional e salarial para todo o magistério.
Perdeu-se uma chance de avanço coletivo: dos justos salários a todo o magistério, da negociação política, de mais qualidade na educação e de mais valorização da cidadania. Por tudo isso, o resultado foi frustrante.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3321780.xml&template=3916.dwt&edition=17174§ion=134 - Acesso em 24/05/2011.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Proposta do Governo é uma afronta, desrespeita e acaba com a carreira no magistério
Audiência com Governo frusta o magistério. Greve continua!
Proposta do Governo é uma afronta, desrespeita e acaba com a carreira no magistério
A proposta apresentada ao SINTE/SC hoje, 23, durante audiência com a equipe gestora do Governo Raimundo Colombo foi rejeitada pelos trabalhadores em Educação e considerada uma "afronta" ao magistério.
O governo catarinense não respeitou a lei do Piso, não o considerou como vencimento base e acaba com a carreira do magistério catarinense.
"Não vamos apresentar (à categoria) esta proposta porque é uma afronta aos professores da rede estadual de Educação. A proposta desvaloriza os professores, acaba com a carreira do magistério catarinense, além de desrespeitar a categoria", criticou a coordenadora estadual do SINTE/SC, Alvete Bedin.
A coordenadora do SINTE/SC afirmou que a proposta do Governo não divide a mobilização da categoria. "Vai fortalecer a greve, pois fomos desrespeitados pelo governo Colombo".
A greve do magistério estadual entra hoje no sexto dia e conta com a adesão de 90% dos trabalhadores, que reivindicam a aplicação imediata do Piso como vencimento de carreira e sem alteração da tabela.
"A greve está forte e estamos no movimento certo; há uma lei federal que garante o Piso como vencimento básico sem alteração na tabela; o governo de Santa catarina deve respeitar a lei e apresentar proposta que beneficie todos os trabalhadores do magistério e não apenas alguns", disse a coordenação.
O achatamento da tabela foi considerado inaceitável pelo SINTE/SC, que reivindicou que o Governo retirasse a proposta da mesa. O governo optou pela intransigência, manteve a proposta e condiciou a continuidade do diálogo à suspensão imediata da paralisação na Educação.
Cerca de 500 professores acompanharam a audiência concentrados na frente da SED e, quando foram informados do resultado do encontro com o Governo, gritaram que, "greve continua até o governo pagar o que nos deve!".
Da audiência, realizada na SED, participaram contou com o Comando de Greve do SINTE/SC, integrado também pelo departamento jurídico do sindicato e com representante da CNTE; e,por parte do Governo estavam o secretário da Educação, Marco Tebaldi; o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps; um representante do secretário da Administração, e um representante do Procurador Geral do Estado.
Proposta do Governo é uma afronta, desrespeita e acaba com a carreira no magistério
A proposta apresentada ao SINTE/SC hoje, 23, durante audiência com a equipe gestora do Governo Raimundo Colombo foi rejeitada pelos trabalhadores em Educação e considerada uma "afronta" ao magistério.
O governo catarinense não respeitou a lei do Piso, não o considerou como vencimento base e acaba com a carreira do magistério catarinense.
"Não vamos apresentar (à categoria) esta proposta porque é uma afronta aos professores da rede estadual de Educação. A proposta desvaloriza os professores, acaba com a carreira do magistério catarinense, além de desrespeitar a categoria", criticou a coordenadora estadual do SINTE/SC, Alvete Bedin.
A coordenadora do SINTE/SC afirmou que a proposta do Governo não divide a mobilização da categoria. "Vai fortalecer a greve, pois fomos desrespeitados pelo governo Colombo".
A greve do magistério estadual entra hoje no sexto dia e conta com a adesão de 90% dos trabalhadores, que reivindicam a aplicação imediata do Piso como vencimento de carreira e sem alteração da tabela.
"A greve está forte e estamos no movimento certo; há uma lei federal que garante o Piso como vencimento básico sem alteração na tabela; o governo de Santa catarina deve respeitar a lei e apresentar proposta que beneficie todos os trabalhadores do magistério e não apenas alguns", disse a coordenação.
O achatamento da tabela foi considerado inaceitável pelo SINTE/SC, que reivindicou que o Governo retirasse a proposta da mesa. O governo optou pela intransigência, manteve a proposta e condiciou a continuidade do diálogo à suspensão imediata da paralisação na Educação.
Cerca de 500 professores acompanharam a audiência concentrados na frente da SED e, quando foram informados do resultado do encontro com o Governo, gritaram que, "greve continua até o governo pagar o que nos deve!".
Da audiência, realizada na SED, participaram contou com o Comando de Greve do SINTE/SC, integrado também pelo departamento jurídico do sindicato e com representante da CNTE; e,por parte do Governo estavam o secretário da Educação, Marco Tebaldi; o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps; um representante do secretário da Administração, e um representante do Procurador Geral do Estado.
sábado, 21 de maio de 2011
GREVE DO MAGISTÉRIO: Governo deve apresentar proposta
21 de maio de 2011 | N° 9176
GREVE DO MAGISTÉRIO
Governo deve apresentar proposta
Secretário disse que técnicos vão passar o fim de semana trabalhando para aprontar sugestão para audiência da segunda
O governo do Estado deve apresentar uma proposta de implantação do piso nacional do magistério na audiência da próxima segunda-feira com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte). A informação é do secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi. Ontem, a greve dos professores chegou ao terceiro dia.
O secretário informou que técnicos do governo passarão o final de semana trabalhando para que seja apresentado um valor aos representantes do Sinte. A reinvindicação é o cumprimento do piso de R$ 1.187 para toda a carreira.
– Iremos levantar dados mais concretos. É bem possível que, na segunda-feira, tenhamos uma proposta, dentro do que o governo tem condições de pagar e até onde podemos ir – explicou o secretário.
A audiência que pode pôr fim à greve do magistério será na sede da Secretaria de Estado da Educação, em Florianópolis, e devem estar presentes o secretário de Administração, Milton Martini, e o procurador-geral do Estado, Nelson Serpa.
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, disse que uma eventual proposta será avaliada em assembleias regionais na próxima terça-feira. Depois, um encontro estadual decidirá pela continuidade ou não da greve. Até lá, os professores seguem com as atividades paralisadas.
Ontem, o Sinte organizou atos em várias cidades. Em Florianópolis, no início da noite, professores da Capital e de São José fizeram uma passeata à luz de velas e vestidos de branco pela Avenida Beira-Mar Norte.
– Quisemos chamar a atenção do governo para que essa greve seja brevemente resolvida – ressaltou a coordenadora regional do Sinte-Florianópolis, Rosane de Souza.
No Norte, ato reuniu 250 em frente à Gerência Regional
Em Joinville, cerca de 250 professores fizeram uma mobilização em frente à Gerência Regional de Educação (Gered). O ato contou com apoio de pais e alunos, como Neila Caroline Serpa Rangel, 15 anos, que apareceu na manifestação acompanhada da mãe, Marlene Serpa Rangel. Marlene comenta que apoia a filha neste ato porque quer ensinar à adolescente a fazer o que é certo.
– Como mãe, gostaria que fosse resolvido logo. Não quero que ela tenha aulas no sábado ou em julho – disse.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3319249.xml&template=3898.dwt&edition=17153§ion=213 - Acesso em 21/05/2011
GREVE DO MAGISTÉRIO
Governo deve apresentar proposta
Secretário disse que técnicos vão passar o fim de semana trabalhando para aprontar sugestão para audiência da segunda
O governo do Estado deve apresentar uma proposta de implantação do piso nacional do magistério na audiência da próxima segunda-feira com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte). A informação é do secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi. Ontem, a greve dos professores chegou ao terceiro dia.
O secretário informou que técnicos do governo passarão o final de semana trabalhando para que seja apresentado um valor aos representantes do Sinte. A reinvindicação é o cumprimento do piso de R$ 1.187 para toda a carreira.
– Iremos levantar dados mais concretos. É bem possível que, na segunda-feira, tenhamos uma proposta, dentro do que o governo tem condições de pagar e até onde podemos ir – explicou o secretário.
A audiência que pode pôr fim à greve do magistério será na sede da Secretaria de Estado da Educação, em Florianópolis, e devem estar presentes o secretário de Administração, Milton Martini, e o procurador-geral do Estado, Nelson Serpa.
A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, disse que uma eventual proposta será avaliada em assembleias regionais na próxima terça-feira. Depois, um encontro estadual decidirá pela continuidade ou não da greve. Até lá, os professores seguem com as atividades paralisadas.
Ontem, o Sinte organizou atos em várias cidades. Em Florianópolis, no início da noite, professores da Capital e de São José fizeram uma passeata à luz de velas e vestidos de branco pela Avenida Beira-Mar Norte.
– Quisemos chamar a atenção do governo para que essa greve seja brevemente resolvida – ressaltou a coordenadora regional do Sinte-Florianópolis, Rosane de Souza.
No Norte, ato reuniu 250 em frente à Gerência Regional
Em Joinville, cerca de 250 professores fizeram uma mobilização em frente à Gerência Regional de Educação (Gered). O ato contou com apoio de pais e alunos, como Neila Caroline Serpa Rangel, 15 anos, que apareceu na manifestação acompanhada da mãe, Marlene Serpa Rangel. Marlene comenta que apoia a filha neste ato porque quer ensinar à adolescente a fazer o que é certo.
– Como mãe, gostaria que fosse resolvido logo. Não quero que ela tenha aulas no sábado ou em julho – disse.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3319249.xml&template=3898.dwt&edition=17153§ion=213 - Acesso em 21/05/2011
Piso já tem proposta
21 de maio de 2011 | N° 9176
MOACIR PEREIRA
Piso já tem proposta
O governo já tem elaborada uma proposta de pagamento do piso salarial dos professores da rede estadual de ensino. Ela foi fechada ontem, durante reunião no Centro Administrativo entre os secretários Marco Tebaldi, seu adjunto Eduardo Deschamps, Milton Martini, Ubiratan Rezende, Derly Anunciação e o procurador-geral do Estado, Nelson Serpa.
A primeira questão, que agora virou consenso, entre os dirigentes do Sinte e o governo: piso é vencimento-base. Na primeira proposta enviada ao sindicato, o secretário Marco Tebaldi definiu o piso como remuneração, o que significa somar o salário básico com regência de classe, Prêmio Educar, etc. Foi liminarmente rejeitada na assembleia dos professores.
– Piso é vencimento inicial de carreira – proclamou o procurador Nelson Serpa, ao confirmar os estudos visando à apresentação da proposta aos professores na segunda-feira, a partir das 10h, pelo secretário Marco Tebaldi. O encontro será na Secretaria da Educação e terá a participação de 12 professores do Sinte. Serpa informou que continua estudando a legislação do magistério, que é muito mais ampla e complexa do que imaginava.
As informações que circularam no Centro Administrativo revelam agora, de forma clara: “O governo vai pagar o piso”. O próprio governador interino Eduardo Pinho Moreira não deixou dúvidas quando compareceu à Conferência Nacional dos Legisladores Estaduais. Fez justamente esta afirmação categórica na presença de deputados do governo e da oposição. Isto significa que, prevalecendo a proposta, ninguém receberá em Santa Catarina vencimento básico inferior a R$ 1.187, o valor fixado pelo Ministério da Educação para este ano. Está ficando claro, também, que os professores de níveis salariais acima do piso deverão ter incentivos com a nova proposta. Isto significaria um avanço na carreira do magistério. Como se dará o benefício não se sabe. Poderia vir com a incorporação do Prêmio Educar. Ou com algum outro mecanismo de elevação salarial.
AMEAÇAS
A presença constante e decisiva do procurador-geral do Estado, Nelson Serpa, em todas as reuniões governamentais que estudam alternativas para o pagamento do piso, fermentam especulações de que o governo tem um curinga para levar à mesa das negociações: a assinatura de medida provisória. Ela tanto poderia vir depois de um acordo entre os professores e o secretário Marco Tebaldi – como forma de agilizar o pagamento do piso, como desejam os professores – ou como alternativa política do governo para pagar o piso salarial aos que não o recebem hoje e dar uma resposta à sociedade de que passou a cumprir a lei.
Tebaldi deu outra sinalização: a de proposta mais ampla, conferindo piso e melhorando a tabela salarial para todos os professores, através de um pagamento parcelado. Disse que esta foi a solução adotada no Rio Grande do Sul pelo governador Tarso Genro (PT), aceita pelos professores durante assembleia geral no Gigantinho. Lá, o pagamento integral do piso – contestado no Supremo Tribunal Federal pela ex-governadora Yeda Crusius, do PSDB – será feito com reajuste salarial em quatro anos. O terceiro dia de greve foi marcado pelas reações do Sinte contra ameaças contidas em ofício da diretora de Desenvolvimento Humano da Secretaria da Educação, Elizete Melo, e da diretora de Ensino Básico e Fundamental, Gilda Penha, enviado a todos os gerentes regionais de educação. Prevê penalidades aos grevistas, demissão de comissionados, rescisão contratual dos professores ACTs no final do contrato e a garantia de renovação dos que não aderirem à greve. Ameaça desprezível e nada pedagógica, a revelar que setores do governo tentam conter o movimento dos professores no relho, numa descabida prática que remonta aos tempos da escravatura.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3319189.xml&template=3916.dwt&edition=17153§ion=134 - Acesso em 21/05/2011
MOACIR PEREIRA
Piso já tem proposta
O governo já tem elaborada uma proposta de pagamento do piso salarial dos professores da rede estadual de ensino. Ela foi fechada ontem, durante reunião no Centro Administrativo entre os secretários Marco Tebaldi, seu adjunto Eduardo Deschamps, Milton Martini, Ubiratan Rezende, Derly Anunciação e o procurador-geral do Estado, Nelson Serpa.
A primeira questão, que agora virou consenso, entre os dirigentes do Sinte e o governo: piso é vencimento-base. Na primeira proposta enviada ao sindicato, o secretário Marco Tebaldi definiu o piso como remuneração, o que significa somar o salário básico com regência de classe, Prêmio Educar, etc. Foi liminarmente rejeitada na assembleia dos professores.
– Piso é vencimento inicial de carreira – proclamou o procurador Nelson Serpa, ao confirmar os estudos visando à apresentação da proposta aos professores na segunda-feira, a partir das 10h, pelo secretário Marco Tebaldi. O encontro será na Secretaria da Educação e terá a participação de 12 professores do Sinte. Serpa informou que continua estudando a legislação do magistério, que é muito mais ampla e complexa do que imaginava.
As informações que circularam no Centro Administrativo revelam agora, de forma clara: “O governo vai pagar o piso”. O próprio governador interino Eduardo Pinho Moreira não deixou dúvidas quando compareceu à Conferência Nacional dos Legisladores Estaduais. Fez justamente esta afirmação categórica na presença de deputados do governo e da oposição. Isto significa que, prevalecendo a proposta, ninguém receberá em Santa Catarina vencimento básico inferior a R$ 1.187, o valor fixado pelo Ministério da Educação para este ano. Está ficando claro, também, que os professores de níveis salariais acima do piso deverão ter incentivos com a nova proposta. Isto significaria um avanço na carreira do magistério. Como se dará o benefício não se sabe. Poderia vir com a incorporação do Prêmio Educar. Ou com algum outro mecanismo de elevação salarial.
AMEAÇAS
A presença constante e decisiva do procurador-geral do Estado, Nelson Serpa, em todas as reuniões governamentais que estudam alternativas para o pagamento do piso, fermentam especulações de que o governo tem um curinga para levar à mesa das negociações: a assinatura de medida provisória. Ela tanto poderia vir depois de um acordo entre os professores e o secretário Marco Tebaldi – como forma de agilizar o pagamento do piso, como desejam os professores – ou como alternativa política do governo para pagar o piso salarial aos que não o recebem hoje e dar uma resposta à sociedade de que passou a cumprir a lei.
Tebaldi deu outra sinalização: a de proposta mais ampla, conferindo piso e melhorando a tabela salarial para todos os professores, através de um pagamento parcelado. Disse que esta foi a solução adotada no Rio Grande do Sul pelo governador Tarso Genro (PT), aceita pelos professores durante assembleia geral no Gigantinho. Lá, o pagamento integral do piso – contestado no Supremo Tribunal Federal pela ex-governadora Yeda Crusius, do PSDB – será feito com reajuste salarial em quatro anos. O terceiro dia de greve foi marcado pelas reações do Sinte contra ameaças contidas em ofício da diretora de Desenvolvimento Humano da Secretaria da Educação, Elizete Melo, e da diretora de Ensino Básico e Fundamental, Gilda Penha, enviado a todos os gerentes regionais de educação. Prevê penalidades aos grevistas, demissão de comissionados, rescisão contratual dos professores ACTs no final do contrato e a garantia de renovação dos que não aderirem à greve. Ameaça desprezível e nada pedagógica, a revelar que setores do governo tentam conter o movimento dos professores no relho, numa descabida prática que remonta aos tempos da escravatura.
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3319189.xml&template=3916.dwt&edition=17153§ion=134 - Acesso em 21/05/2011
A GREVE É LEGAL
Recebido de Bernardetti Ferrari
MOACIR PEREIRA
A greve é legal
Qualquer que seja a interpretação que se dê à decisão dos professores de protestar contra o governo, com a paralisação total das atividades, haverá uma voz mais forte que ressoará pelo Estado como poderoso alto-falante: A greve é legal. Legal, porque os professores da rede estadual de ensino suspendem o trabalho para exigir que o governo cumpra a lei. Aliás, uma norma jurídica de caráter federal, já vigente em vários estados brasileiros desde sua sanção, em 2008. Portanto, a pressão chega até tarde. Fica para o magistério e a sociedade a convicção de que os ex-governadores Luiz Henrique da Silveira e Leonel Pavan decidiram prorrogar o cumprimento da lei, impetrando ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal apenas para ganhar tempo. Agora, a bomba explode no colo de Raimundo Colombo e Eduardo Moreira. Se a motivação dos governadores dos seis estados que impetraram a Adin não foi protelatória, eles e os sucessores tinham a obrigação legal de contingenciar as verbas necessárias ao pagamento do benefício. Um dia ele teria que ser pago.
Quer dizer: os professores poderiam ter ido às ruas em 2008, mas, legalistas, decidiram aguardar o pronunciamento do Supremo. Agora, o governo vale-se de um argumento que pode ter fundamento jurídico, como sustenta o procurador-geral, Nelson Serpa. Mas não se sustenta politicamente num jardim de infância: a tese de que é preciso conhecer o inteiro teor do acórdão do Supremo para autorizar o pagamento do piso salarial. A lei federal já define de forma clara que piso é vencimento básico. O Supremo decidiu, também de maneira cristalina, que piso é vencimento e não remuneração. Mas, outra vez equivocado, o governo quer ganhar tempo com alegação que não cola.
SURPRESAS
A greve é legal se considerar o termo na expressão usual dada pelos jovens. Ficou na assembleia geral um cenário escancarado: os professores estão indo para a greve desolados, indignados, frustrados pelos baixos salários e pelo não pagamento do piso, sim! Mas também convencidos do direito e de peito aberto, quase felizes em levar a
bandeira para a população.
Esta greve, por todos os indicativos, não é do PT, do PSTU, do PSOL ou do PC do B, partidos de esquerda que outrora oxigenaram o movimento. Esta paralisação é do magistério catarinense. Professores calejados que nunca vieram a assembleia estavam no CentroSul; jovens que optaram pela educação sem se envolver com partido político marcaram presença.
Muita gente do DEM de Raimundo Colombo e do PMDB de Eduardo Moreira enfileirou-se na multidão que tomou a Praça XV. E, curioso: não eram palavras de ódio contra este ou aquele político. Mas de frustração contra os eleitos e, sobretudo, de indignação contra o governo como um todo.
O fato é que os professores parecem cansados de pedir melhores salários. Saíram derrotados de outras greves. Mas agora é diferente.
Eles estão abraçando a lei federal e a decisão do Supremo para terem melhores condições de trabalho. Décadas de dedicação a seus alunos sem o reconhecimento financeiro do Estado; a inexistência de um plano de carreira que incentive a crescente formação profissional; a impossibilidade de preparar melhor as atividades escolares; a absoluta
falta de condição financeira para comprar livros, ter acesso a jornais e revistas; e até o sonho de um mínimo de qualidade de vida para suas famílias. Sentimentos, constatações e aspirações que se fortalecem quando eles assistem, pelos meios de comunicação, a bilhões e bilhões de reais sumindo pelo ralo da corrupção, que se espalha como rastilho de pólvora diante da sociedade cada vez mais perplexa. Esta greve tem outro característica, e por isso tende a surpreender o governo no seu quinto mês de mandato.
Para os professores, a greve é superlegal. É, também, a última bala, o último recurso e a última esperança.
MOACIR PEREIRA
A greve é legal
Qualquer que seja a interpretação que se dê à decisão dos professores de protestar contra o governo, com a paralisação total das atividades, haverá uma voz mais forte que ressoará pelo Estado como poderoso alto-falante: A greve é legal. Legal, porque os professores da rede estadual de ensino suspendem o trabalho para exigir que o governo cumpra a lei. Aliás, uma norma jurídica de caráter federal, já vigente em vários estados brasileiros desde sua sanção, em 2008. Portanto, a pressão chega até tarde. Fica para o magistério e a sociedade a convicção de que os ex-governadores Luiz Henrique da Silveira e Leonel Pavan decidiram prorrogar o cumprimento da lei, impetrando ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal apenas para ganhar tempo. Agora, a bomba explode no colo de Raimundo Colombo e Eduardo Moreira. Se a motivação dos governadores dos seis estados que impetraram a Adin não foi protelatória, eles e os sucessores tinham a obrigação legal de contingenciar as verbas necessárias ao pagamento do benefício. Um dia ele teria que ser pago.
Quer dizer: os professores poderiam ter ido às ruas em 2008, mas, legalistas, decidiram aguardar o pronunciamento do Supremo. Agora, o governo vale-se de um argumento que pode ter fundamento jurídico, como sustenta o procurador-geral, Nelson Serpa. Mas não se sustenta politicamente num jardim de infância: a tese de que é preciso conhecer o inteiro teor do acórdão do Supremo para autorizar o pagamento do piso salarial. A lei federal já define de forma clara que piso é vencimento básico. O Supremo decidiu, também de maneira cristalina, que piso é vencimento e não remuneração. Mas, outra vez equivocado, o governo quer ganhar tempo com alegação que não cola.
SURPRESAS
A greve é legal se considerar o termo na expressão usual dada pelos jovens. Ficou na assembleia geral um cenário escancarado: os professores estão indo para a greve desolados, indignados, frustrados pelos baixos salários e pelo não pagamento do piso, sim! Mas também convencidos do direito e de peito aberto, quase felizes em levar a
bandeira para a população.
Esta greve, por todos os indicativos, não é do PT, do PSTU, do PSOL ou do PC do B, partidos de esquerda que outrora oxigenaram o movimento. Esta paralisação é do magistério catarinense. Professores calejados que nunca vieram a assembleia estavam no CentroSul; jovens que optaram pela educação sem se envolver com partido político marcaram presença.
Muita gente do DEM de Raimundo Colombo e do PMDB de Eduardo Moreira enfileirou-se na multidão que tomou a Praça XV. E, curioso: não eram palavras de ódio contra este ou aquele político. Mas de frustração contra os eleitos e, sobretudo, de indignação contra o governo como um todo.
O fato é que os professores parecem cansados de pedir melhores salários. Saíram derrotados de outras greves. Mas agora é diferente.
Eles estão abraçando a lei federal e a decisão do Supremo para terem melhores condições de trabalho. Décadas de dedicação a seus alunos sem o reconhecimento financeiro do Estado; a inexistência de um plano de carreira que incentive a crescente formação profissional; a impossibilidade de preparar melhor as atividades escolares; a absoluta
falta de condição financeira para comprar livros, ter acesso a jornais e revistas; e até o sonho de um mínimo de qualidade de vida para suas famílias. Sentimentos, constatações e aspirações que se fortalecem quando eles assistem, pelos meios de comunicação, a bilhões e bilhões de reais sumindo pelo ralo da corrupção, que se espalha como rastilho de pólvora diante da sociedade cada vez mais perplexa. Esta greve tem outro característica, e por isso tende a surpreender o governo no seu quinto mês de mandato.
Para os professores, a greve é superlegal. É, também, a última bala, o último recurso e a última esperança.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
ASSÉDIO MORAL
Em todos movimentos de Greve sempre houveram tentativas por parte dos governos em reprimir a livre manifestação dos profissionais. Sempre foi assim e não seria diferente desta vez. Principalmente em se tratando de um governo que é a continuidade da Trípice Aliança de LHS e Paulo Bauer. Desde o regime militar quando a livre manifestação era proibida e os professores catarinenses fizeram a primeira greve em 1982, nunca se viu tamanha arbitrariedade. No dia de hoje, 19 de maio, um dia após a nossa gloriosa Assembleia Regional com uma participação histórica dos profissionais em educação da região do Extremo Sul Catarinense, fato que repitiu-se em todas as regiôes do Estado, Assembleias Regionais lotadas e com expressiva participação, a SED envia as escolas um documento instruindo os diretores a punir os professores grevistas. Mas uma atitude autoritária da senhora Elizete Melo, a mesma que anteriormente enviou um e-mail para as Assistentes de Educação das escolas dizendo: "antes chore as suas mães do que a minha".
Este documento é uma forma clara de licerçar o direito dos trabalhadores em educação, efetivos e ACT's, de aderirem ao movimento grevista.
Nós, trabalhadores em educação, que aderimos à greve à partir deste dia 18 de maio, temos consciência do que significa tomar esta decisão e as implicações que com ela virão. Mas temos conhecimento de nosso direito, e demos ao Governo do Estado tempo suficiente para que iniciasse o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. A Lei 11.738 é de 2008 e foi o Governo quem entrou no STF com uma ADI contestando a constitucionalidade da referida lei, o que depois de 3 anos o STF julgou a lei constitucional derrubando a ADI, assim dando vitória aos Trabalhadores em Educação. Nosso movimento é legal, quem esta na ilegalidade é o governo que ainda não cumpre a lei. Demos então, ao Governo do Estado tempo suficiente para que elaborasse uma proposta de pagamento do Piso, mas o mesmo ignora uma decisão do STF.
Ao lermos esse documento percebemos claramente a inteção de dona Elizete em amedrontar os professores ACT's. Usando do argumento de que caso estes tenham fim do contrato neste período de greve não poderão ter seu contrato prorrogado. Mas esta senhora sabe que essa determinação afetaria poucos professores(as) uma vez que muitos têm seu contrato no final do ano, mas ela cria com isso um clima de medo e insegurança no que diz respeito aos contratos do ano que vem.
Porém não podemos esquecer do direito constitucional de greve e que, como sempre ocorre, no final de cada movimento grevista o sindicato senta com o governo para negociar o retorno dos profssionais aos seus locais de trabalho, incluindo a reposição de aulas, e também negociaríamos a não punição dos(as) professores(as) ACT's, dado a lei 456.
Em reunião nesta tarde, o Comando de Greve Regional de Araranguá, tomou a seguinte decisão a respeito desse documento no qual torno pública a todos(as) os(as) trabalhores(as) em educação:
1- Foi formada uma comissão para, amanhã dia 20 de maio, em posse deste documento procurar o Ministério Público para denunciar a Senhora Elizete Mello por assedio moral e também à Gerente de Educação da 22ª GERED que enviou e-mail as escolas exigindo que os diretores enviasse os nomes dos professores grevistas;
2- Foi enviada uma cópia do mesmo documento por fax para a Direção Estadual do Sinte SC, para que junto à Assessoria Jurídica da entidade buscasse meios legais para impedir tamanha arbitrariedade.
Em situações como esta temos que tomar decisões imediatas evitando assim maiores prejuizos ao legitímo movimento grevista dos profissionais em educação de Santa Catarina.
Adesão ao movimento grevista esta crescendo em nossa região. Com a força de nossa Assembleia Regional que empolgou aqueles que lá se fizeram presentes, fazendo com muitos deles que ainda não tinham decido entrar no movimento, ao retornar as suas escolas no dia seguinte, reconsiderassem suas decisões e juntaram-se ao movimento. Os professores não podem se deixar ameaçar por pessoas autoritárias e abrir mão de seu direito a livre manifestação e muito mais, o direito de receber o que a Lei Federal lhe concede, um Piso Salarial de 1.187,97 no Plano de Carreira.
Não somos massa de manobra, somos pessoas esclarecidas! Então, senhora Elizete Melo, não subestime nossa capacidade de organização e nossa coragem. Cargos de confianças não são eternos, nem tão poucos duradouros, mas nós somos profissionais habilitados efetivos ou contratados e temos na educação muito mais do que uma profissição que nos garante a sobrevivência, mas algo que nos torna um ser humano melhor, de formar cidadãos capazes de decidir seus destinos e serem donos de suas vidas.
É lamentável ver tamanha insanidade vindo de alguém que exerce um cargo público, indigno do carater dos catarinenses! Essa atitude mostra o desespero do Governo diante de um movimento de greve que vem crescendo a cada dia, ganhando a simpatia da imprensa catarinense e da sociedade catarinense. Em todas as regiões dos Estado de Santa Catarina, viu-se manifestações de estudantes e pais à favor dos professores e contra o Governo que não cumpri a Lei!
Prof. Luiz Fernando Martins
Coodenador Do Sinte Regional - Araranguá
Diretor Estadual da CUT/SC
Este documento é uma forma clara de licerçar o direito dos trabalhadores em educação, efetivos e ACT's, de aderirem ao movimento grevista.
Nós, trabalhadores em educação, que aderimos à greve à partir deste dia 18 de maio, temos consciência do que significa tomar esta decisão e as implicações que com ela virão. Mas temos conhecimento de nosso direito, e demos ao Governo do Estado tempo suficiente para que iniciasse o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. A Lei 11.738 é de 2008 e foi o Governo quem entrou no STF com uma ADI contestando a constitucionalidade da referida lei, o que depois de 3 anos o STF julgou a lei constitucional derrubando a ADI, assim dando vitória aos Trabalhadores em Educação. Nosso movimento é legal, quem esta na ilegalidade é o governo que ainda não cumpre a lei. Demos então, ao Governo do Estado tempo suficiente para que elaborasse uma proposta de pagamento do Piso, mas o mesmo ignora uma decisão do STF.
Ao lermos esse documento percebemos claramente a inteção de dona Elizete em amedrontar os professores ACT's. Usando do argumento de que caso estes tenham fim do contrato neste período de greve não poderão ter seu contrato prorrogado. Mas esta senhora sabe que essa determinação afetaria poucos professores(as) uma vez que muitos têm seu contrato no final do ano, mas ela cria com isso um clima de medo e insegurança no que diz respeito aos contratos do ano que vem.
Porém não podemos esquecer do direito constitucional de greve e que, como sempre ocorre, no final de cada movimento grevista o sindicato senta com o governo para negociar o retorno dos profssionais aos seus locais de trabalho, incluindo a reposição de aulas, e também negociaríamos a não punição dos(as) professores(as) ACT's, dado a lei 456.
Em reunião nesta tarde, o Comando de Greve Regional de Araranguá, tomou a seguinte decisão a respeito desse documento no qual torno pública a todos(as) os(as) trabalhores(as) em educação:
1- Foi formada uma comissão para, amanhã dia 20 de maio, em posse deste documento procurar o Ministério Público para denunciar a Senhora Elizete Mello por assedio moral e também à Gerente de Educação da 22ª GERED que enviou e-mail as escolas exigindo que os diretores enviasse os nomes dos professores grevistas;
2- Foi enviada uma cópia do mesmo documento por fax para a Direção Estadual do Sinte SC, para que junto à Assessoria Jurídica da entidade buscasse meios legais para impedir tamanha arbitrariedade.
Em situações como esta temos que tomar decisões imediatas evitando assim maiores prejuizos ao legitímo movimento grevista dos profissionais em educação de Santa Catarina.
Adesão ao movimento grevista esta crescendo em nossa região. Com a força de nossa Assembleia Regional que empolgou aqueles que lá se fizeram presentes, fazendo com muitos deles que ainda não tinham decido entrar no movimento, ao retornar as suas escolas no dia seguinte, reconsiderassem suas decisões e juntaram-se ao movimento. Os professores não podem se deixar ameaçar por pessoas autoritárias e abrir mão de seu direito a livre manifestação e muito mais, o direito de receber o que a Lei Federal lhe concede, um Piso Salarial de 1.187,97 no Plano de Carreira.
Não somos massa de manobra, somos pessoas esclarecidas! Então, senhora Elizete Melo, não subestime nossa capacidade de organização e nossa coragem. Cargos de confianças não são eternos, nem tão poucos duradouros, mas nós somos profissionais habilitados efetivos ou contratados e temos na educação muito mais do que uma profissição que nos garante a sobrevivência, mas algo que nos torna um ser humano melhor, de formar cidadãos capazes de decidir seus destinos e serem donos de suas vidas.
É lamentável ver tamanha insanidade vindo de alguém que exerce um cargo público, indigno do carater dos catarinenses! Essa atitude mostra o desespero do Governo diante de um movimento de greve que vem crescendo a cada dia, ganhando a simpatia da imprensa catarinense e da sociedade catarinense. Em todas as regiões dos Estado de Santa Catarina, viu-se manifestações de estudantes e pais à favor dos professores e contra o Governo que não cumpri a Lei!
Prof. Luiz Fernando Martins
Coodenador Do Sinte Regional - Araranguá
Diretor Estadual da CUT/SC
quarta-feira, 18 de maio de 2011
GREVE - Piso Nacional do Magistério
Assunto: GREVE - Piso Nacional do Magistério
Data: Tue, 17 May 2011 13:13:21 -0300
De: Grande Florianopolis Florianopolis mailto:grevegf@gmail.com
Para: sinte sc
CC: direção
Prezados Colegas de Trabalho,
Com orgulho informamos que funcionários da Gerência de Educação da Grande Florianópolis decidiram apoiar a Greve na luta pelo cumprimento do Piso Nacional do Magistério.
Juntamente com os Professores desta Regional estaremos paralisando a partir do dia 18/05/2011, conforme decidido em Assembléia Estadual no dia 11/05/2011.
Somos trabalhadores da Educação do quadro do magistério, portanto temos o dever de apoiar este movimento histórico, do qual já somos parte.
Nesta semana estamos nos organizando, aqui na GERED da Grande Florianópolis, fomentando e articulando ações para fortalecer a Greve, além de conquistar o apoio e adesão dos demais colegas.
Acreditamos ser importante divulgar esta informação no sentido de contar com a participação dos colegas educadores das nossas unidades escolares e das outras Gerências Regionais.
A HORA É AGORA!
JUNTOS SEREMOS AINDA MAIS FORTES!!!
Consultores Educacionais e
AssistentesTécnicos Pedagógicos
GERED Grande Florianópolis
Data: Tue, 17 May 2011 13:13:21 -0300
De: Grande Florianopolis Florianopolis mailto:grevegf@gmail.com
Para: sinte sc
CC: direção
Prezados Colegas de Trabalho,
Com orgulho informamos que funcionários da Gerência de Educação da Grande Florianópolis decidiram apoiar a Greve na luta pelo cumprimento do Piso Nacional do Magistério.
Juntamente com os Professores desta Regional estaremos paralisando a partir do dia 18/05/2011, conforme decidido em Assembléia Estadual no dia 11/05/2011.
Somos trabalhadores da Educação do quadro do magistério, portanto temos o dever de apoiar este movimento histórico, do qual já somos parte.
Nesta semana estamos nos organizando, aqui na GERED da Grande Florianópolis, fomentando e articulando ações para fortalecer a Greve, além de conquistar o apoio e adesão dos demais colegas.
Acreditamos ser importante divulgar esta informação no sentido de contar com a participação dos colegas educadores das nossas unidades escolares e das outras Gerências Regionais.
A HORA É AGORA!
JUNTOS SEREMOS AINDA MAIS FORTES!!!
Consultores Educacionais e
AssistentesTécnicos Pedagógicos
GERED Grande Florianópolis
terça-feira, 17 de maio de 2011
17/5/2011 - Governo não apresenta proposta
e magistério vai para greve neste 18 de maio
Na audiência do Grupo Gestor do Governo do Estado com o SINTE/SC, realizada na manhã desta 3ª feira, 17 de maio, o governo não apresentou qualquer proposta e deixou claro que reconhece o Piso como salário inicial, mas não na carreira. O Governo quer medir forças com os trabalhadores em Educação, apostando no enfraquecimento de nossa luta e de nosso movimento na busca de nossos direitos legitimamente conquistados.
O SINTE/SC foi firme e mostrou a disposição da categoria de iniciar a greve a partir deste 18 de maio para exigir que o Governo Colombo respeite a Lei do Piso, sancionada em 2008.
A GREVE é por tempo indeterminado e tem como objetivo pressionar o Governo Colombo de assumir compromisso com a Educação, valorizando o ensino gratuito, de qualidade e também os trabalhadores em Educação.
A lei está do nosso lado conforme julgou o Supremo Tribunal Federal que decidiu pela sua constitucionalidade. Na próxima segunda-feira, 23 de maio, teremos outra reunião com o Governo e esperamos que o mesmo apresente uma proposta concreta para ser avaliada pelo Comando de Greve e encaminhada às assembleias regionais que devem ser agendadas para a próxima terça-feira, 24 de maio, com atos e manifestações para chamar a atenção da população sobre o descaso e a falta de compromisso do Governo Colombo com os professores e alunos da rede estadual.
Diante do quadro de descaso do Governo com o magistério e seus trabalhadores, vamos , a partir deste 18 de maio, fechar todas as escolas , lotar as assembleias regionais e realizar a greve mais forte e aguerrida que nossa categoria já realizou neste estado.
Municípios como Lages, Criciúma, Jaraguá do Sul, entre outros já têm o Piso, mostrando que com a luta é possível conquistar o Piso.
Temos tradição na luta pela conquista de direitos dos trabalhadores do serviço público de Santa Catarina; são históricas nossas marchas na defesa da educação pública de qualidade. Neste momento, precisamos fortalecer nossa luta e exigir, definitivamente, que o governo assuma seu compromisso com a Educação, respeite a lei e implante o Piso nacional do Magistério em Santa Catarina, sem alteração no Plano de Carreira.
http://www.sinte-sc.org.br/?FamilyID=SinteAcao&ler=1752011170929 - Acesso em 17/05/2011.
e magistério vai para greve neste 18 de maio
Na audiência do Grupo Gestor do Governo do Estado com o SINTE/SC, realizada na manhã desta 3ª feira, 17 de maio, o governo não apresentou qualquer proposta e deixou claro que reconhece o Piso como salário inicial, mas não na carreira. O Governo quer medir forças com os trabalhadores em Educação, apostando no enfraquecimento de nossa luta e de nosso movimento na busca de nossos direitos legitimamente conquistados.
O SINTE/SC foi firme e mostrou a disposição da categoria de iniciar a greve a partir deste 18 de maio para exigir que o Governo Colombo respeite a Lei do Piso, sancionada em 2008.
A GREVE é por tempo indeterminado e tem como objetivo pressionar o Governo Colombo de assumir compromisso com a Educação, valorizando o ensino gratuito, de qualidade e também os trabalhadores em Educação.
A lei está do nosso lado conforme julgou o Supremo Tribunal Federal que decidiu pela sua constitucionalidade. Na próxima segunda-feira, 23 de maio, teremos outra reunião com o Governo e esperamos que o mesmo apresente uma proposta concreta para ser avaliada pelo Comando de Greve e encaminhada às assembleias regionais que devem ser agendadas para a próxima terça-feira, 24 de maio, com atos e manifestações para chamar a atenção da população sobre o descaso e a falta de compromisso do Governo Colombo com os professores e alunos da rede estadual.
Diante do quadro de descaso do Governo com o magistério e seus trabalhadores, vamos , a partir deste 18 de maio, fechar todas as escolas , lotar as assembleias regionais e realizar a greve mais forte e aguerrida que nossa categoria já realizou neste estado.
Municípios como Lages, Criciúma, Jaraguá do Sul, entre outros já têm o Piso, mostrando que com a luta é possível conquistar o Piso.
Temos tradição na luta pela conquista de direitos dos trabalhadores do serviço público de Santa Catarina; são históricas nossas marchas na defesa da educação pública de qualidade. Neste momento, precisamos fortalecer nossa luta e exigir, definitivamente, que o governo assuma seu compromisso com a Educação, respeite a lei e implante o Piso nacional do Magistério em Santa Catarina, sem alteração no Plano de Carreira.
http://www.sinte-sc.org.br/?FamilyID=SinteAcao&ler=1752011170929 - Acesso em 17/05/2011.
Marcos Bagno: o livro didático e a ignorância da grande imprensa
Marcos Bagno: o livro didático e a ignorância da grande imprensa
Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Por Marcos Bagno*, em seu site
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana.
Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito.
E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes.
Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua.
O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la TAMBÉM.
O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente.
Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?
* Marcos Bagnos é escritor, linguista e professor da Universidade de Brasília
Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Por Marcos Bagno*, em seu site
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana.
Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito.
E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes.
Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua.
O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la TAMBÉM.
O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente.
Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?
* Marcos Bagnos é escritor, linguista e professor da Universidade de Brasília
sexta-feira, 13 de maio de 2011
SOBRE O DIREITO À GREVE DOS PROFESSORES EFETIVOS E ACTS
13/5/2011 - ACTs: direito de greve
SOBRE O DIREITO À GREVE DOS PROFESSORES EFETIVOS E ACTS
Diante de algumas dúvidas, em especial dos professores ACTs, quando ao direito de greve informamos:
· De acordo com a Constituição de 1988, em seu Art.37 inciso VII, que trata do direito de greve, bem como o art 37 inciso XVI, do direito à manifestação, está assegurado que todos os servidores públicos podem se manifestar livremente, desde que cumpram os preceitos da lei que trata do percentual de serviços essenciais que devem ser oferecidos à população, abrangendo as áreas de: saúde, segurança, abastecimento de água e combustível, transporte público. Notem que a educação está excluída dos serviços essenciais.
· No mesmo sentido, o STF no mandado de Injunção 670, 708, 712 entende que os mesmos direitos dos trabalhadores do setor privado se aplicam ao setor público, o que equivale a dizer que tanto os professores efetivos quanto os ACTS tem o direito de greve e de manifestação assegurados por lei.
· Reafirmamos que os trabalhadores da educação publica, de acordo com a lei, pelo fato de a educação não se enquadrar na categoria dos serviços essenciais, tem seu direito garantido tanto pela Constituição como pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
· Quanto ao medo da demissão dos ACTs, esclarecemos que esta só pode ocorrer mediante as seguintes situações:
Ø No final do Contrato;
Ø Por pedido do interessado;
Ø No caso de três faltas injustificadas seguidas ou cinco intercaladas, o que não é o caso da greve. Como greve é direito assegurado, estas as faltas não caracterizam faltas injustificadas que possam levar à demissão;
Ø Retorno do efetivo, no caso de ACTs em vagas vinculadas.
Sabemos da apreensão dos professores, em especial dos ACTs, sobre seu direito ou não de participarem do movimento grevista e da pressão que será feita por parte do governo aos trabalhadores(as) tentando impedi-los(as). Porém neste momento de luta por ver cumprida uma lei que nos beneficia, não podemos nos pautar pelos medos para tomarmos a decisão de entrar de cabeça na busca de direitos mais que reconhecidos. Que tal nos guiarmos pela coragem de buscar um direito que a sociedade já nos conferiu e que o governo não quer nos dar? Apelamos à todos que entrem na luta, cada um dando força ao outro, num verdadeiro espírito de solidariedade e companheirismo. Participem das assembléias e manifestações da categoria.
Lembramos que a lei do Piso Nacional trará um benefício especial aos ACTs: mais vagas para concurso (por conta da ampliação da hora atividade), abrindo a oportunidade de efetivação.
“Agora é nóis”. Participação de todos é nossa arma. Quem não faz agora, chora o leite derramado depois. E adianta chorar o leite derramado?
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SINTE
http://www.sinte-sc.org.br/?FamilyID=SinteAcao&ler=1352011090801 - Acesso em 13/05/2011.
SOBRE O DIREITO À GREVE DOS PROFESSORES EFETIVOS E ACTS
Diante de algumas dúvidas, em especial dos professores ACTs, quando ao direito de greve informamos:
· De acordo com a Constituição de 1988, em seu Art.37 inciso VII, que trata do direito de greve, bem como o art 37 inciso XVI, do direito à manifestação, está assegurado que todos os servidores públicos podem se manifestar livremente, desde que cumpram os preceitos da lei que trata do percentual de serviços essenciais que devem ser oferecidos à população, abrangendo as áreas de: saúde, segurança, abastecimento de água e combustível, transporte público. Notem que a educação está excluída dos serviços essenciais.
· No mesmo sentido, o STF no mandado de Injunção 670, 708, 712 entende que os mesmos direitos dos trabalhadores do setor privado se aplicam ao setor público, o que equivale a dizer que tanto os professores efetivos quanto os ACTS tem o direito de greve e de manifestação assegurados por lei.
· Reafirmamos que os trabalhadores da educação publica, de acordo com a lei, pelo fato de a educação não se enquadrar na categoria dos serviços essenciais, tem seu direito garantido tanto pela Constituição como pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
· Quanto ao medo da demissão dos ACTs, esclarecemos que esta só pode ocorrer mediante as seguintes situações:
Ø No final do Contrato;
Ø Por pedido do interessado;
Ø No caso de três faltas injustificadas seguidas ou cinco intercaladas, o que não é o caso da greve. Como greve é direito assegurado, estas as faltas não caracterizam faltas injustificadas que possam levar à demissão;
Ø Retorno do efetivo, no caso de ACTs em vagas vinculadas.
Sabemos da apreensão dos professores, em especial dos ACTs, sobre seu direito ou não de participarem do movimento grevista e da pressão que será feita por parte do governo aos trabalhadores(as) tentando impedi-los(as). Porém neste momento de luta por ver cumprida uma lei que nos beneficia, não podemos nos pautar pelos medos para tomarmos a decisão de entrar de cabeça na busca de direitos mais que reconhecidos. Que tal nos guiarmos pela coragem de buscar um direito que a sociedade já nos conferiu e que o governo não quer nos dar? Apelamos à todos que entrem na luta, cada um dando força ao outro, num verdadeiro espírito de solidariedade e companheirismo. Participem das assembléias e manifestações da categoria.
Lembramos que a lei do Piso Nacional trará um benefício especial aos ACTs: mais vagas para concurso (por conta da ampliação da hora atividade), abrindo a oportunidade de efetivação.
“Agora é nóis”. Participação de todos é nossa arma. Quem não faz agora, chora o leite derramado depois. E adianta chorar o leite derramado?
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SINTE
http://www.sinte-sc.org.br/?FamilyID=SinteAcao&ler=1352011090801 - Acesso em 13/05/2011.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Dia 11 de maio: magistério vai parar
Carta aberta à comunidade escolar:
Dia 11 de maio: magistério vai parar
Em 6 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal julgou legal o Piso Nacional do magistério. Os trabalhadores em Educação recebem um dos piores salários do país (R$ 609,00) e têm uma exaustiva jornada de trabalho.
O Piso Salarial, garantido por lei, é de R$ 1.597,87 para um professor no início de carreira e com formação no magistério.
O cumprimento da Lei vai garantir profissionais mais valorizados e a contratação de mais trabalhadores em Educação, melhorando, assim, a qualidade das escolas.
Todos – trabalhadores, alunos, pais de alunos e comunidade escolar - sentimos no início deste ano os problemas com a falta de profissionais nas escolas para atender as crianças e os adolescentes.
Mesmo assim, o Governo catarinense não deu sinal de que irá cumprir a Lei, e, também, ainda não informou aos trabalhadores e nem ao SINTE/SC sua real intenção com o Piso.
O Governo Colombo enrola os trabalhadores em Educação e empurra com a barriga a aplicação da Lei, mesmo tendo perdido no Supremo uma ação contra o Piso.
Diante do descaso de Colombo e do secretário da Educação com os trabalhadores de escolas, chamamos os pais e a comunidade escolar para se manifestarem e apoiarem a luta dos profissionais da Educação.
Participe da luta!
Ajude os profissionais da Educação a construírem uma escola pública de qualidade em Santa Catarina!
Dia 11 de maio: magistério vai parar
Em 6 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal julgou legal o Piso Nacional do magistério. Os trabalhadores em Educação recebem um dos piores salários do país (R$ 609,00) e têm uma exaustiva jornada de trabalho.
O Piso Salarial, garantido por lei, é de R$ 1.597,87 para um professor no início de carreira e com formação no magistério.
O cumprimento da Lei vai garantir profissionais mais valorizados e a contratação de mais trabalhadores em Educação, melhorando, assim, a qualidade das escolas.
Todos – trabalhadores, alunos, pais de alunos e comunidade escolar - sentimos no início deste ano os problemas com a falta de profissionais nas escolas para atender as crianças e os adolescentes.
Mesmo assim, o Governo catarinense não deu sinal de que irá cumprir a Lei, e, também, ainda não informou aos trabalhadores e nem ao SINTE/SC sua real intenção com o Piso.
O Governo Colombo enrola os trabalhadores em Educação e empurra com a barriga a aplicação da Lei, mesmo tendo perdido no Supremo uma ação contra o Piso.
Diante do descaso de Colombo e do secretário da Educação com os trabalhadores de escolas, chamamos os pais e a comunidade escolar para se manifestarem e apoiarem a luta dos profissionais da Educação.
Participe da luta!
Ajude os profissionais da Educação a construírem uma escola pública de qualidade em Santa Catarina!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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