Revolução do magistério
25 de julho de 2011
Texto do advogado e economista Carlos Fernando Priess:
A greve dos professores, criticada por uns, elogiada por outros, nos traz uma grande lição, na qual temos que refletir. Num país, reconhecidamente, em pleno desenvolvimento, onde deputados e senadores percebem uma fortuna, impossível entender, como os professores ganha tão mal.
Os professores exercem sua atividade, depois de um longo preparo, de um saber especializado, adquirido depois de processo de aprendizagem, que permite preparar as crianças, os jovens em todas suas etapas, adultos igualmente, capacitando de forma a enfrentar a vida, o trabalho, a sobrevivência, formando também novos mestres.
A docência, o magistério, como atividade profissional exige uma formação especializada, para que os resultados sejam promissores, no entanto, são mal pagos e reconhecidos.
Pensamos, refletimos, sobre os prejuízos, em termos imediatos, sofridos pelos alunos, mas a situação dos professores em geral, é muito grave e o nível de insatisfação dos mesmos, também, dos que sabem avaliar o papel importante dos mestres, é muito grande.
O salário mínimo do professor brasileiro, segundo os acordos impostos a classe, está na ordem de R$1.187,08, para um trabalho de 40 horas, enquanto Deputados e Senadores passaram a perceber um teto de R$26.700,00.
Os parlamentares tiveram um aumento de 61,8%, os trabalhadores em geral 5,9%, elevando o salário mínimo para R$540,00 e os professores neste ano, apenas 8,5%.
Importante lembrar o desvio do dinheiro da merenda escolar, em vários municípios brasileiros, como foi divulgado pelo Fantástico, onde a criança, com fome não aprende, esbarrando na certeza de impunidade desses políticos, que, desgraçadamente como o eleitor ¿não tem memória¿, continua votando nesses corruptos.
Diante desse quadro, ficamos extremamente assustados e preocupados, pois os chamados representantes do povo, como delegados da população, não têm a mínima noção da educação.
A greve dos professores, que assistimos recentemente, precisa ser entendida como um movimento necessário, até para nós eleitores, para não cometermos o erro de reeleger os parlamentares, que nos envergonham e atentam contra a democracia.
Vivemos, quem sabe, sem qualquer exagero, uma revolução do magistério.
Importante que se compare, até, com a situação da França no século XVIII, que vivia uma extrema injustiça social, em seu antigo regime absolutista e com a sua revolução, derrubou todos os privilégios e conceitos daquela sociedade, dando ao mundo e não só aos franceses, uma nova situação social.
Foi um marco na história moderna, trazendo direitos sociais que passaram a ser respeitados, consagrando os direitos do homem e do cidadão.
Portanto, a greve dos professores, ocorrida em quase todos Estados, foi antes de tudo um movimento que, esperamos, tenha chamado a atenção da sociedade para o descontentamento da categoria, com a política governamental, que remunera de forma vergonhosa o magistério em nosso país.
Os professores precisam, antes de tudo, de salários decentes.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/07/25/revolucao-do-magisterio/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 27/07/2011.
SALVE!!!! SALVE!!!! Alegria e felicidade sempre... Sejam todas e todos bem vindos. Esta é a página para quem tem prazer em ler artigos sobre Educação, História, Filosofia, Ciências da Religião, Sociologia, Ética, Política, Antropologia, Meio Ambiente, Geografia Humana, etc. Leia, comente e divulgue entre seus contatos. Paz e luz. Abraços Serranos...
AMIGOS DO PROFESSOR ZÉ WILSON
quarta-feira, 27 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Terceirização da merenda escolar: professores improvisam cozinha no banheiro
Professores preparam suas refeições em um banheiro em construção porque estão proibidos de entrar na cozinha.
O governador Raimundo Colombo já disse que quer acabar com a terceirização da merenda nas escolas estaduais de Santa Catarina.
E se isso realmente ocorrer, acabará também o drama de professores de uma pequena cidade da região serrana.
Quando foi inaugurada a readequação da cozinha comunitária da Escola de Educação Básica Manoel Pereira de Medeiros, em Urupema, em março de 2008, professores e alunos utilizavam o espaço para as refeições diárias.
A cozinha, semi-industrial, foi construída para sediar o Programa de Educação Ambiental e Alimentar (Ambial), e poderia ser utilizada também para a realização de cursos gratuitos junto à comunidade urupemense, de 2,5 mil moradores.
Mas com a terceirização da merenda escolar, desde agosto do ano passado os professores perderam o direito à merenda e ao uso da estrutura.
Assim, como alguns são de Lages, a 50 quilômetros de Urupema, e passam o dia todo na escola, eles passaram a improvisar a sua própria cozinha em um banheiro em construção.
Os profissionais alegam que os R$ 6 por dia de vale-alimentação, ou vale-coxinha, como muitos deles dizem, não são suficientes para que possam comer três vezes por dia em restaurantes. Assim, levam comida de casa e preparam suas refeições no banheiro inacabado.
Uma “vaquinha” foi feita para comprar um fogão e um botijão de gás e uma geladeira foi emprestada para incrementar o inusitado espaço.
Andréia Berlanda Aguiar (língua portuguesa), Angela Maria Almeida (ciências e matemática), Inês Andréia Andrade (geografia), José Wilson do Prado (história, ensino religioso, filosofia e sociologia) e Vanessa Muniz (história), cinco profissionais que comem no banheiro, desabafam:
_ É desanimador e humilhante. Uma falta de respeito. Não merecemos isso!
Pablo Gomes, Urupema
http://wp.clicrbs.com.br/diariodaserra/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 19/07/2011.
O governador Raimundo Colombo já disse que quer acabar com a terceirização da merenda nas escolas estaduais de Santa Catarina.
E se isso realmente ocorrer, acabará também o drama de professores de uma pequena cidade da região serrana.
Quando foi inaugurada a readequação da cozinha comunitária da Escola de Educação Básica Manoel Pereira de Medeiros, em Urupema, em março de 2008, professores e alunos utilizavam o espaço para as refeições diárias.
A cozinha, semi-industrial, foi construída para sediar o Programa de Educação Ambiental e Alimentar (Ambial), e poderia ser utilizada também para a realização de cursos gratuitos junto à comunidade urupemense, de 2,5 mil moradores.
Mas com a terceirização da merenda escolar, desde agosto do ano passado os professores perderam o direito à merenda e ao uso da estrutura.
Assim, como alguns são de Lages, a 50 quilômetros de Urupema, e passam o dia todo na escola, eles passaram a improvisar a sua própria cozinha em um banheiro em construção.
Os profissionais alegam que os R$ 6 por dia de vale-alimentação, ou vale-coxinha, como muitos deles dizem, não são suficientes para que possam comer três vezes por dia em restaurantes. Assim, levam comida de casa e preparam suas refeições no banheiro inacabado.
Uma “vaquinha” foi feita para comprar um fogão e um botijão de gás e uma geladeira foi emprestada para incrementar o inusitado espaço.
Andréia Berlanda Aguiar (língua portuguesa), Angela Maria Almeida (ciências e matemática), Inês Andréia Andrade (geografia), José Wilson do Prado (história, ensino religioso, filosofia e sociologia) e Vanessa Muniz (história), cinco profissionais que comem no banheiro, desabafam:
_ É desanimador e humilhante. Uma falta de respeito. Não merecemos isso!
Pablo Gomes, Urupema
http://wp.clicrbs.com.br/diariodaserra/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 19/07/2011.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
LUTO
Luto
15 de julho de 2011
Texto da professora de Química e Biologia Patrícia Reis da Silva
Passei dois dias na assembleia legislativa,
Fui até lá para ver sepultados, todos os meus sonhos profissionais, minha carreira e a Educação do Estado de Santa Catarina. O que não espera era ver ser sepultada ali sobre aquele tapete vermelho toda a minha fé na justiça, na lei e na constituição.
Ali eu me senti, violentada. Vi o regimento da assembleia ser rasgado, vi ser desvalorizada, desprezada a constituição desse país, vi que deputados da oposição também não tem direitos. Foi um massacre, simplesmente burlaram e usaram de todos os artifícios pra massacrar uma minoria de deputados que ficaram ao lado dos professores. Acabaram com o plano de carreira como se estivessem assoprando uma vela, sem nem mesmo se alterar.
Dentro da assembleia e nos corredores, professores gritavam em protesto, vaiavam, choravam, batiam nos vidros, o sentimento é indescritível! E nada, ninguém se comoveu! Votaram e sepultaram a educação, sem nem mesmo ter a coragem de pedir a palavra e explicar porque nossos direitos estavam sendo suprimidos, porque se é “um avanço” para educação, havia ali 4000 professores protestando contra a aprovação?
A única atitude próxima de um ser humano normal e digno que tiveram, foi o medo! Sentiram medo e chamaram o BOPE, para nos intimidar, nos calar e nos impedir de alguma violência. Violência que tínhamos, sim, vontade de cometer, afinal, somos humanos. Mas, que jamais seria cometida, não está em nós esse tipo de atitude, a situação justificaria, mas professores são por natureza, pacíficos.
Apesar de toda dor que senti, penso: ainda bem que ainda estava em greve, que bom que fui até lá. Lá eu protestei, gritei, confesso que até bati naquele vidro e chorei, muito! Vi tudo o que tinha de professor em mim, ser sepultado. Hoje, estou de luto! Meu coração ainda dói, acho que é pra me mandar um recado de que ainda vivo! “Viver apesar de”.
Como a águia, preciso “arrancar minhas velhas penas, unhas e bico”, renovar minhas forças para voltar. Preciso me recompor, os alunos merecem um bom professor, tentarei fazer o meu melhor! Confesso, que aquele amor que parecia incondicional, o velho amor pela educação, nesse momento parece morto, assim como eu! A parte de mim que continua viva e forte lutará com todas as forças, por outro caminho que não mais a escola pública. Mas, enquanto ainda for professora irei honrar o juramento que fiz, por duas vezes nas duas licenciaturas!
E Jamais esquecerei o governo de Raimundo Colombo e o nome de todos os deputados que votaram contra a educação, anotei em um caderninho em que anoto aquilo que precisa ser sempre lembrado, repetirei como oração, em todas as oportunidades, está lá sob o título: “inimigos da Educação”.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 15/07/2011.
15 de julho de 2011
Texto da professora de Química e Biologia Patrícia Reis da Silva
Passei dois dias na assembleia legislativa,
Fui até lá para ver sepultados, todos os meus sonhos profissionais, minha carreira e a Educação do Estado de Santa Catarina. O que não espera era ver ser sepultada ali sobre aquele tapete vermelho toda a minha fé na justiça, na lei e na constituição.
Ali eu me senti, violentada. Vi o regimento da assembleia ser rasgado, vi ser desvalorizada, desprezada a constituição desse país, vi que deputados da oposição também não tem direitos. Foi um massacre, simplesmente burlaram e usaram de todos os artifícios pra massacrar uma minoria de deputados que ficaram ao lado dos professores. Acabaram com o plano de carreira como se estivessem assoprando uma vela, sem nem mesmo se alterar.
Dentro da assembleia e nos corredores, professores gritavam em protesto, vaiavam, choravam, batiam nos vidros, o sentimento é indescritível! E nada, ninguém se comoveu! Votaram e sepultaram a educação, sem nem mesmo ter a coragem de pedir a palavra e explicar porque nossos direitos estavam sendo suprimidos, porque se é “um avanço” para educação, havia ali 4000 professores protestando contra a aprovação?
A única atitude próxima de um ser humano normal e digno que tiveram, foi o medo! Sentiram medo e chamaram o BOPE, para nos intimidar, nos calar e nos impedir de alguma violência. Violência que tínhamos, sim, vontade de cometer, afinal, somos humanos. Mas, que jamais seria cometida, não está em nós esse tipo de atitude, a situação justificaria, mas professores são por natureza, pacíficos.
Apesar de toda dor que senti, penso: ainda bem que ainda estava em greve, que bom que fui até lá. Lá eu protestei, gritei, confesso que até bati naquele vidro e chorei, muito! Vi tudo o que tinha de professor em mim, ser sepultado. Hoje, estou de luto! Meu coração ainda dói, acho que é pra me mandar um recado de que ainda vivo! “Viver apesar de”.
Como a águia, preciso “arrancar minhas velhas penas, unhas e bico”, renovar minhas forças para voltar. Preciso me recompor, os alunos merecem um bom professor, tentarei fazer o meu melhor! Confesso, que aquele amor que parecia incondicional, o velho amor pela educação, nesse momento parece morto, assim como eu! A parte de mim que continua viva e forte lutará com todas as forças, por outro caminho que não mais a escola pública. Mas, enquanto ainda for professora irei honrar o juramento que fiz, por duas vezes nas duas licenciaturas!
E Jamais esquecerei o governo de Raimundo Colombo e o nome de todos os deputados que votaram contra a educação, anotei em um caderninho em que anoto aquilo que precisa ser sempre lembrado, repetirei como oração, em todas as oportunidades, está lá sob o título: “inimigos da Educação”.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 15/07/2011.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Considerações Finais
Considerações Finais
13 de julho de 2011
“Sou professora da rede estadual de ensino e fazer greve sempre foi contra meus princípios, mas minha adesão a esta greve, veio de encontro aos meus direitos e a qualidade do ensino do meu filho que estuda em escola pública. Hoje humildemente compreendo as palavras de Martin Luther King: “A greve é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O movimento é desgastante emocionalmente, mas recompensador no aprendizado. Fazer parte, contribuir e participar efetivamente das manifestações foi algo indescritível. Raiva, prazer, impotência, amor, ódio, ansiedade, indignação, são algumas gamas do sentimento humano, vivenciadas num processo como este. Sentimentos estes, que compartilhei com meus familiares, amigos e com a sociedade. Mediante diversificadas informações e atitudes, tive momentos de fragilidade… mas me fortalecia com os bons exemplos de pessoas que foram imprescindíveis nesta caminhada. Minhas considerações finais:
- Ao Governador Serrano, faço das palavras dele, título de sua obra, as minhas:
“O povo tem rosto, nome e endereço” Raimundo Colombo
E acrescento… e tem Memória!
- Aos Educadores: Categoria somos todos nós!
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin
- Aos Alunos e aos Pais:
Somos Professores, assumimos os nossos deveres, não abdicamos dos nossos direitos!
“Educar é minha vida, lutar foi minha atitude!”
- A Imprensa/Mídia: Credibilidade se conquista com imparcialidade e informações coerentes.
Aos que tiveram ética e profissionalismo meus parabéns! especialmente ao meu guru Moacir Pereira.
Mesmo contrariada, mas respeitando minhas limitações como ser humano, após 58 dias em greve, retorno de cabeça erguida para escola, por ter cumprido a árdua missão de ser coerente com a verdade e tentar requerer meus direitos como cidadã.
Quanto aos meus direitos… “Grandes Conquistas”? no meu entendimento estas faziam parte do processo. Agradeço a todos que contribuíram e tiveram o discernimento de compreender este movimento que foi em prol da EDUCAÇÃO! Meu muito obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você,(…)
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem. (….)
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída.” Mahatma Gandhi
Lages(S.C.), 13 de julho de 2011. ANA PAULA RAMOS
Professora Serrana, Grevista e Solidária!”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 13/06/2011
13 de julho de 2011
“Sou professora da rede estadual de ensino e fazer greve sempre foi contra meus princípios, mas minha adesão a esta greve, veio de encontro aos meus direitos e a qualidade do ensino do meu filho que estuda em escola pública. Hoje humildemente compreendo as palavras de Martin Luther King: “A greve é a linguagem dos que não são ouvidos”.
O movimento é desgastante emocionalmente, mas recompensador no aprendizado. Fazer parte, contribuir e participar efetivamente das manifestações foi algo indescritível. Raiva, prazer, impotência, amor, ódio, ansiedade, indignação, são algumas gamas do sentimento humano, vivenciadas num processo como este. Sentimentos estes, que compartilhei com meus familiares, amigos e com a sociedade. Mediante diversificadas informações e atitudes, tive momentos de fragilidade… mas me fortalecia com os bons exemplos de pessoas que foram imprescindíveis nesta caminhada. Minhas considerações finais:
- Ao Governador Serrano, faço das palavras dele, título de sua obra, as minhas:
“O povo tem rosto, nome e endereço” Raimundo Colombo
E acrescento… e tem Memória!
- Aos Educadores: Categoria somos todos nós!
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia. O mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. Charles Chaplin
- Aos Alunos e aos Pais:
Somos Professores, assumimos os nossos deveres, não abdicamos dos nossos direitos!
“Educar é minha vida, lutar foi minha atitude!”
- A Imprensa/Mídia: Credibilidade se conquista com imparcialidade e informações coerentes.
Aos que tiveram ética e profissionalismo meus parabéns! especialmente ao meu guru Moacir Pereira.
Mesmo contrariada, mas respeitando minhas limitações como ser humano, após 58 dias em greve, retorno de cabeça erguida para escola, por ter cumprido a árdua missão de ser coerente com a verdade e tentar requerer meus direitos como cidadã.
Quanto aos meus direitos… “Grandes Conquistas”? no meu entendimento estas faziam parte do processo. Agradeço a todos que contribuíram e tiveram o discernimento de compreender este movimento que foi em prol da EDUCAÇÃO! Meu muito obrigada!
“Se eu pudesse deixar algum presente à você,(…)
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem. (….)
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída.” Mahatma Gandhi
Lages(S.C.), 13 de julho de 2011. ANA PAULA RAMOS
Professora Serrana, Grevista e Solidária!”
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 13/06/2011
sábado, 9 de julho de 2011
NÃO DIGA QUE A CANÇÃO ESTÁ PERDIDA... TENHA FÉ EM DEUS... TENHA FÉ NA VIDA... TENTE OUTRA VEZ...
"Mesmo que coloquem o mundo contra mim. Mesmo que usem todo o poder existente. Mesmo que impeçam de divulgar a justiça. Mesmo se forem cegos ao povo. Mesmo se forem surdos ao povo. Mesmo se atarem as mãos do povo. Eu lutarei. E meu conhecimento e coragem serão a unicas armas de que precisarei. E mesmo que me tirem tudo, não me tirarão a coragem e o conhecimento." (Ernesto Che Guevara)
http://lagesnareal.blogspot.com/
RAQUEL LIMA PROFESSORA SERRANA,GREVISTA E SOLIDÁRIA..
Concordo, mas mesmo assim li e reli o velho CHÊ e encontrei:"HAY QUE ENDURECERSE, PERO SIN PERDE LA TERNURA JAMÁS."; ou seja, nossos alunos em primeiro lugar sempre...
Estou na LUTA, tu SABES, mas não esqueço dos compromissos que assumi...
PAZ E LUZ.
"Mesmo que coloquem o mundo contra mim. Mesmo que usem todo o poder existente. Mesmo que impeçam de divulgar a justiça. Mesmo se forem cegos ao povo. Mesmo se forem surdos ao povo. Mesmo se atarem as mãos do povo. Eu lutarei. E meu conhecimento e coragem serão a unicas armas de que precisarei. E mesmo que me tirem tudo, não me tirarão a coragem e o conhecimento." (Ernesto Che Guevara)
http://lagesnareal.blogspot.com/
RAQUEL LIMA PROFESSORA SERRANA,GREVISTA E SOLIDÁRIA..
Concordo, mas mesmo assim li e reli o velho CHÊ e encontrei:"HAY QUE ENDURECERSE, PERO SIN PERDE LA TERNURA JAMÁS."; ou seja, nossos alunos em primeiro lugar sempre...
Estou na LUTA, tu SABES, mas não esqueço dos compromissos que assumi...
PAZ E LUZ.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
OS ACAMPADOS DA EDUCAÇÃO
Os acampados da Educação
6 de julho de 2011
A educação pública estadual de Santa Catarina nunca mais será a mesma. Pelo menos para os 47 professores que estão acampados há dez dias ao redor do prédio da Secretaria da Educação, na rua João Pinto, em Florianópolis. Mudou, também, para os próprios diretores e servidores da Secretaria que todos os dias passam pelo amistoso corredor polonês instalado no térreo, bem naentrada. É outra, igualmente, para os comerciantes e os clientes das lojas estabelecidas nas imediações.
O acampamento da Educação é outro registro inédito nesta histórica greve do magistério que hoje define o futuro na assembléia estadual da Passarela Nego Quirido.
Os relatos de professores e professores da rede estadual são comoventes. Serenos, determinados, conscientes, saudosos de suas familias e de suas comunidades, eles ali estão para fortalecer as aspirações gerais de uma educação melhor para as crianças de Santa Catarina. Alguns conseguem se blindar na reação de seus sentimentos, preservando-os na intimidade de seus dilemas profissionais. Outros não conseguem conter a dor da ausência.
– Pai, volta prá casa! - pediu Felipe, um ano e quatro meses, ao professor Luiz Fernando Ferrari, 41 anos, de Pinhalzinho, um dos acampados. Com 12 anos de magistério, leciona em tres escolas e tem 600 alunos. Seu salário é uma vergonha, sabendo-se que tem credenciais. Professor de História com pós graduação em Ciências Sociais. Quando relata o apelo do filho explode em lágrimas, saudoso e comovido, mas com esperanças de novos dias. O abraço imediato de seus colegas é o consolo do momento.
O professor Marcos Paulo de Barros, de Pouso Redondo, é outro lutador que lamenta as noites extremamente frias,dentro de uma das 12 pequenas barracas improvisadas. Tem uma filha de 13 anos. Numa das ligações, a menina informou que professores de sua escola estavam voltando a dar aulas. Indagada por sua professora, respondeu que continuaria sem aulas, mesmo com o retorno dos mestres.
– Pai, enquanto a greve não acabar não volto para a escola – afirmou.
O regime adoado pelos 47 voluntários é semelhante ao adotado pelos militares. Há hora para recolhimento: 22,00. É proibido fumar. Bebida alcoólica, nem pensar. Discussões partidárias vedadas a todos, ainda que alguns tenham suas preferências pessoais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações – Sinteel, com sede bem na frente dos acampados, liberou o “wireless” para facilitar as comunicações pela internet. Cinco senhas foram autorizadas para ligação de notebooks. Dali, eles enviam e recebem mensagens. Estão conectados com o Estado e o mundo. Levaram máquinas fotográficas e fimadores. Tem registros impressionantes. Como o violento vento sul, geladissimo, que arrancou duas barracas na noite de sábado. Ou manifestações de voluntários e visitantes.
O dono da loja “Caçula”, bem defronte o prédio, ofereceu equipamento de som para os acampados. Eles passaram a se comunicar com os servidores da Educação e com os pedestres que por ali transitavam. O sistema virou a “Rádio Piso”
O proprietário da Panificadora São Francisco, na esquina da Tiradentes com Nunes Machado, oferece alimentação com frequência. Fica a disposição para fornecer material. E, assim, os colaboradores vão se apresentando com doces, alimentos e livros para os acampados. Aí, incluídos, servidores da própria Secretaria da Educação.
Chuva, frio, vento sul, fome, saudade da familia, dos amigos, das escolas e das cidades em que vivem são os maiores problemas. Mas eles enfrentam sem reclamar. Todos, sem exceção, com depoimentos tranquilos, mas firmes em suas posições e convicçoes, na esperança de melhores dias para a educação catarinense.
Adversidades que enfrentam antes mesmo de iniciarem o plantão. Um ônibus que trazia o grupo do oeste teve congelamento do óleo de filtro. Ficou parado horas. Temperaturas baixissimas, sem ar condiconado e o corpo exposto, sem roupa quente adequada.
Entre as motivações, a música sempre presente, as amizades conquistadas no convívio das barracas e as visitas incentivadoras. Entre elas, numa noite congelada, da ministra Ideli Salvati, uma das principais lideranças do Sinte na décadas de 1990.
E um registro que também os anima: só manifestaçòes de apoio, carinho e solidariedade. Sem registrar uma única hostilidade.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/06/2011.
6 de julho de 2011
A educação pública estadual de Santa Catarina nunca mais será a mesma. Pelo menos para os 47 professores que estão acampados há dez dias ao redor do prédio da Secretaria da Educação, na rua João Pinto, em Florianópolis. Mudou, também, para os próprios diretores e servidores da Secretaria que todos os dias passam pelo amistoso corredor polonês instalado no térreo, bem naentrada. É outra, igualmente, para os comerciantes e os clientes das lojas estabelecidas nas imediações.
O acampamento da Educação é outro registro inédito nesta histórica greve do magistério que hoje define o futuro na assembléia estadual da Passarela Nego Quirido.
Os relatos de professores e professores da rede estadual são comoventes. Serenos, determinados, conscientes, saudosos de suas familias e de suas comunidades, eles ali estão para fortalecer as aspirações gerais de uma educação melhor para as crianças de Santa Catarina. Alguns conseguem se blindar na reação de seus sentimentos, preservando-os na intimidade de seus dilemas profissionais. Outros não conseguem conter a dor da ausência.
– Pai, volta prá casa! - pediu Felipe, um ano e quatro meses, ao professor Luiz Fernando Ferrari, 41 anos, de Pinhalzinho, um dos acampados. Com 12 anos de magistério, leciona em tres escolas e tem 600 alunos. Seu salário é uma vergonha, sabendo-se que tem credenciais. Professor de História com pós graduação em Ciências Sociais. Quando relata o apelo do filho explode em lágrimas, saudoso e comovido, mas com esperanças de novos dias. O abraço imediato de seus colegas é o consolo do momento.
O professor Marcos Paulo de Barros, de Pouso Redondo, é outro lutador que lamenta as noites extremamente frias,dentro de uma das 12 pequenas barracas improvisadas. Tem uma filha de 13 anos. Numa das ligações, a menina informou que professores de sua escola estavam voltando a dar aulas. Indagada por sua professora, respondeu que continuaria sem aulas, mesmo com o retorno dos mestres.
– Pai, enquanto a greve não acabar não volto para a escola – afirmou.
O regime adoado pelos 47 voluntários é semelhante ao adotado pelos militares. Há hora para recolhimento: 22,00. É proibido fumar. Bebida alcoólica, nem pensar. Discussões partidárias vedadas a todos, ainda que alguns tenham suas preferências pessoais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações – Sinteel, com sede bem na frente dos acampados, liberou o “wireless” para facilitar as comunicações pela internet. Cinco senhas foram autorizadas para ligação de notebooks. Dali, eles enviam e recebem mensagens. Estão conectados com o Estado e o mundo. Levaram máquinas fotográficas e fimadores. Tem registros impressionantes. Como o violento vento sul, geladissimo, que arrancou duas barracas na noite de sábado. Ou manifestações de voluntários e visitantes.
O dono da loja “Caçula”, bem defronte o prédio, ofereceu equipamento de som para os acampados. Eles passaram a se comunicar com os servidores da Educação e com os pedestres que por ali transitavam. O sistema virou a “Rádio Piso”
O proprietário da Panificadora São Francisco, na esquina da Tiradentes com Nunes Machado, oferece alimentação com frequência. Fica a disposição para fornecer material. E, assim, os colaboradores vão se apresentando com doces, alimentos e livros para os acampados. Aí, incluídos, servidores da própria Secretaria da Educação.
Chuva, frio, vento sul, fome, saudade da familia, dos amigos, das escolas e das cidades em que vivem são os maiores problemas. Mas eles enfrentam sem reclamar. Todos, sem exceção, com depoimentos tranquilos, mas firmes em suas posições e convicçoes, na esperança de melhores dias para a educação catarinense.
Adversidades que enfrentam antes mesmo de iniciarem o plantão. Um ônibus que trazia o grupo do oeste teve congelamento do óleo de filtro. Ficou parado horas. Temperaturas baixissimas, sem ar condiconado e o corpo exposto, sem roupa quente adequada.
Entre as motivações, a música sempre presente, as amizades conquistadas no convívio das barracas e as visitas incentivadoras. Entre elas, numa noite congelada, da ministra Ideli Salvati, uma das principais lideranças do Sinte na décadas de 1990.
E um registro que também os anima: só manifestaçòes de apoio, carinho e solidariedade. Sem registrar uma única hostilidade.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/06/2011.
OS ACAMPADOS DA PRAÇA
Os acampados da Praça
6 de julho de 2011
Idealismo, determinação, solidariedade, vocação, renúncia e espírito corporativo são algumas das características dos professores que há três semanas estão acampados em 10 pequenas barracas na Praça Tancredo Neves, ao lado do riacho e de um quiosque e bem próximo da Assembléia Legislativa, em Florianópolis.
Situação dramática pelas precárias condições de pernoite, principalmente. As noites gélidas deste rigoroso inverno em Florianópolis agravam o sofrimento destes professores, a maioria da região de Itajaí. Chega o vento sul e a sensação térmica pode chegar a zero grau. Sem fogo para aquecer.
Antigas e novas bandeiras motivam os acampados, homens e mulheres, jovens e já próximos da terceira idade. A realização do concurso de ingresso no magistério, promessa de todos os candidatos e calote de todos os governos. O pagamento do piso salarial na carreira, definição da lei federal e ratificação do Supremo, a principal razão da luta. A manutenção da regência de classe, conquista que vem do governo Jorge Bornhausen,e que o governo Colombo acaba de reduzir, acertando um tiro no peito dos integrantes do magistério.
Energia que vem de fora. Motoristas de táxi, outros colegas que levam sopa para esquentar o corpo e o ânimo dos 20 professores. Alimentos que chegam de doadores voluntários e visitas freqüentes de desconhecidos que levam palavras de conforto e de incentivo.
A higiene pessoal é um dos problemas. Executada graças a direção do Sesc, que cedeu as instalações do Ginásio coberto, e pela liberação da Assembléia Legislativa.
Depoimentos dramáticos repetem-se na chegada de um novo visitante. Uma professora com 31 anos de magistério, mestrado, 60 horas de aula por semana (três turnos, portanto), mostra o contra-cheque: R$ 2.200,00. Trabalha em duas escolas e tem 2 mil alunos. Desumano!
Outra colega intervém para mostrar a realidade da educação pública estadual. Trabalha na Escola Vitor Meirelles, que completará 100 anos em 2012. A Secretaria da Educação comprou aparelhos de ar condicionado para viabilizar aulas no verão quente. Os “splits” com 30 mil BTUs foram fixados na parede, mas não funcionam. Ligam o aparelho, cai a energia. A rede elétrica não suporta. Só em Itajaí? Negativo, exemplos iguais se espalham pelo Estado, garantem os grevistas.
A merenda escolar foi terceirizada. Só os alunos podem ser servidos. Alegação: professores recebem vale alimentação. Valor: R$ 6,00. Apelidado de “vale coxinha”. Paga, no máximo, uma média com leite e um sanduiche de queijo.
Nos relatos tristes há casos patéticos. Numa escola, um professor serviu-se da merenda que sobrava. Quando ia se alimentar foi flagrado pela Diretora da Escola. Que determinou na hora e na frente dos alunos que os alimentos fossem depositados no lixo. Perdeu-se a merenda e o professor continuou com fome. Pior: desmoralizado, humilhado perante seus próprios alunos.
Na maioria das escolas estaduais, os professores se alimentam com marmitas que levam de casa. Filas se multiplicam para uso do micro-ondas, quando existem. Os mais pobres valem-se dos antigos fogões “jacaré”.
Os 20 acampados vão hoje para a assembléia estadual que decidirá sobre o futuro da greve. Separaram-se de seus familiares, de suas casas e de suas comunidades por acreditarem em dias melhores para a educação catarinense. Independente de resultado, seu gesto de solidariedade, seu espírito de luta, as atitudes de renúncia e o companheirismo revelados nos dias chuvosos a espalhar lama nas barracas e noites friorentas a invadir o corpo, representavam alguns dos fatos marcantes desta histórica greve dos professores de Santa Catarina.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/07/2011.
6 de julho de 2011
Idealismo, determinação, solidariedade, vocação, renúncia e espírito corporativo são algumas das características dos professores que há três semanas estão acampados em 10 pequenas barracas na Praça Tancredo Neves, ao lado do riacho e de um quiosque e bem próximo da Assembléia Legislativa, em Florianópolis.
Situação dramática pelas precárias condições de pernoite, principalmente. As noites gélidas deste rigoroso inverno em Florianópolis agravam o sofrimento destes professores, a maioria da região de Itajaí. Chega o vento sul e a sensação térmica pode chegar a zero grau. Sem fogo para aquecer.
Antigas e novas bandeiras motivam os acampados, homens e mulheres, jovens e já próximos da terceira idade. A realização do concurso de ingresso no magistério, promessa de todos os candidatos e calote de todos os governos. O pagamento do piso salarial na carreira, definição da lei federal e ratificação do Supremo, a principal razão da luta. A manutenção da regência de classe, conquista que vem do governo Jorge Bornhausen,e que o governo Colombo acaba de reduzir, acertando um tiro no peito dos integrantes do magistério.
Energia que vem de fora. Motoristas de táxi, outros colegas que levam sopa para esquentar o corpo e o ânimo dos 20 professores. Alimentos que chegam de doadores voluntários e visitas freqüentes de desconhecidos que levam palavras de conforto e de incentivo.
A higiene pessoal é um dos problemas. Executada graças a direção do Sesc, que cedeu as instalações do Ginásio coberto, e pela liberação da Assembléia Legislativa.
Depoimentos dramáticos repetem-se na chegada de um novo visitante. Uma professora com 31 anos de magistério, mestrado, 60 horas de aula por semana (três turnos, portanto), mostra o contra-cheque: R$ 2.200,00. Trabalha em duas escolas e tem 2 mil alunos. Desumano!
Outra colega intervém para mostrar a realidade da educação pública estadual. Trabalha na Escola Vitor Meirelles, que completará 100 anos em 2012. A Secretaria da Educação comprou aparelhos de ar condicionado para viabilizar aulas no verão quente. Os “splits” com 30 mil BTUs foram fixados na parede, mas não funcionam. Ligam o aparelho, cai a energia. A rede elétrica não suporta. Só em Itajaí? Negativo, exemplos iguais se espalham pelo Estado, garantem os grevistas.
A merenda escolar foi terceirizada. Só os alunos podem ser servidos. Alegação: professores recebem vale alimentação. Valor: R$ 6,00. Apelidado de “vale coxinha”. Paga, no máximo, uma média com leite e um sanduiche de queijo.
Nos relatos tristes há casos patéticos. Numa escola, um professor serviu-se da merenda que sobrava. Quando ia se alimentar foi flagrado pela Diretora da Escola. Que determinou na hora e na frente dos alunos que os alimentos fossem depositados no lixo. Perdeu-se a merenda e o professor continuou com fome. Pior: desmoralizado, humilhado perante seus próprios alunos.
Na maioria das escolas estaduais, os professores se alimentam com marmitas que levam de casa. Filas se multiplicam para uso do micro-ondas, quando existem. Os mais pobres valem-se dos antigos fogões “jacaré”.
Os 20 acampados vão hoje para a assembléia estadual que decidirá sobre o futuro da greve. Separaram-se de seus familiares, de suas casas e de suas comunidades por acreditarem em dias melhores para a educação catarinense. Independente de resultado, seu gesto de solidariedade, seu espírito de luta, as atitudes de renúncia e o companheirismo revelados nos dias chuvosos a espalhar lama nas barracas e noites friorentas a invadir o corpo, representavam alguns dos fatos marcantes desta histórica greve dos professores de Santa Catarina.
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - Acesso em 06/07/2011.
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