A modernidade centrou o uso da ciência e da técnica através da razão, tendo como suporte o sujeito, além de que colocaram em pauta os movimentos emancipatórios. Na história e nas correntes historiográficas do século XVIII, XIX e início do XX as rupturas introduzidas pelo Renascimento e Iluminismo levantaram discussões acerca inclusive da cientificidade da História (seu estatuto) e seu movimento (qual o papel da história nos projetos emancipatórios). Com base nisto, dissertaremos a respeito do contexto histórico da modernidade, a circularidade das idéias de Newton, Darwin e Kepler e sobre a história enquanto disciplina e o papel da mesma na construção do Estado-Nação.
E é nesse contexto ainda, diante dos três estados do positivismo proposto por Comte, que buscaremos a circularidade das idéias de Newton e Darwin, onde problematizaremos como esta idéia é abarcada pela história e, por fim, então, explicaremos a crítica de Machado de Assis, através do livro “O Alienista” ao método científico da época.
A modernidade é um conjunto de experiências compartilhadas por homens e mulheres, de tempo e espaço a respeito da modernização. A modernidade é ambígua, ou seja, pode ser desejada e rechaçada.
Na modernidade há uma ruptura com o mundo feudal, tendo agora um pensamento diferente, ou seja, novas idéias para política, economia, sociedade e cultura, o que poderíamos dizer que através do iluminismo surgem novos conceitos sobre a sociedade em geral.
Os pensadores da época se utilizam do conhecimento de outros para que possam desenvolver suas idéias ou aceitando-os ou refutando-os. Há uma complementação de idéias entre Newton (com sua teoria da gravidade), Kepler (estudo sobre os corpos celestiais e órbita dos planetas), Darwin (evolução das espécies) e Spencer (evolução do indivíduo).
Acreditava-se que a emancipação humana se daria através da ciência e da técnica, através do uso da razão. Há a preocupação de como se pode chegar a conhecer o objeto em estudo, separando-o do sujeito. Há a divisão das ciências, dos tipos de conhecimento, em campos de estudo separados.
Kant faz uma junção dessas correntes dizendo que só o conhecimento sensível não basta, diz que há uma razão universal que regula a natureza e a vida do homem, que define o homem, que devemos fazer uso público da razão, como sinal de conhecimento e esclarecimento, atingindo a maioridade; que é da natureza humana se utilizar da razão e é natural que existam leis que regulem os fenômenos humanos.
A razão evolui e vai chegar ao Estado; a razão instrumental é ligada ao poder e utilizada para dominar os outros; temos agora o uso público da razão.
Através de documentos vamos ter revelada a história do passado e o que faz surgir a Nação/Estado é o passado em comum de um povo; que todos teriam passado igual e o papel da história é fazer conhecer esse passado, ou seja, uma história linear.
Segundo o Positivismo, as ciências humanas têm que ter o mesmo espírito das ciências naturais da época, ou seja, as ciências humanas têm que ter leis que regem os fenômenos sociais.
Positivismo é uma lei, um método, uma filosofia extremamente conservadora. Comte imagina um mundo governado através de decretos do Executivo, ou seja, uma certa ditadura; quer que o estado intervenha na economia; que haja mudanças sociais aos poucos e que somente a indústria seria capaz de levar a modernização da sociedade; que os socialistas precisam da ordem positivista para fazer a revolução.
Auguste Comte cria uma Igreja com a crença na humanidade e na razão, na ciência e na técnica, onde se tenha liberdade humana, o que só é possível através da ordem e da razão.
Para ele, o conhecimento/humanidade passa por três estados. O primeiro, teológico, se dividindo em partes: animismo, sobrenatural, politeísmo e monoteísmo, onde a humanidade, para conhecer e explicar o mundo se utiliza de divindades em tudo que vêem e crêem. Depois passam todos para a crença em vários deuses e logo em seguida passam ao monoteísmo, que tudo acontece porque Deus quer. O segundo estado, intermediário ou Metafísico, onde as forças sobrenaturais são abandonadas e substituídas pelas forças naturais; não se usa deus, mas não se explica o mundo racionalmente; e, por fim, o terceiro estado, o positivismo, fixo e definitivo, com o uso da razão, sem procura da origem dos fatos, se utiliza da racionalidade e da observação, se usa de leis que regem as causas e fenômenos físicos, químicos, sociais, humanos, etc.
Os três estados são evolutivos e se baseiam em experiências sobre as leis naturais de Newton e Darwin sobre a evolução do universo e dos seres vivos.
A narrativa histórica é linear, porque existe uma versão única para toda a humanidade, para toda a terra e para todo o universo.
Quanto ao método científico, criticado por Machado de Assis, é porque todos aqueles que têm qualquer desvio são considerados loucos, segundo o livro “O Alienista”, ou seja, a ciência peca quando se torna um dogma a ser seguido. Precisamos ter claro o que pode ser útil em determinado tempo histórico e muitas vezes erramos por confiar demais naquilo que nos é apresentado.
Olá Professor José Wilson
ResponderExcluirAdicionei seu blog na lista do NTE São Joaquim,parabéns pelo seu comprometimento e dedicação com a educação.
Deixo aqui as palavras de Moran
O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses.
José Manuel Moran
Abraço Rita S. Bett
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ResponderExcluirAdicionei o seu blog na lista do NTE SJ, parabéns pelo seu comprometimento e dedicação com a educação. Deixo aqui as palavras de Moran
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